sábado, 26 de novembro de 2016

Moro ameaça e Maia cozinha o confronto do pacote anticorrupção


notamoro
Rodrigo Maia, ao adiar a votação do chamado “pacote de medidas contra a corrupção” resolveu cozinhar por mais alguns dias a crise que está se desenhando.
Parlamentares experientes, como Miro Teixeira – defensor do pacote – disse à CBN que não só a anistia passaria como não duvidaria nada de que só o que seria aprovado era a responsabilização civil e criminal de promotores e juízes.
É muito provável que tenha pesado na decisão de Maia a nota ameaçadora expedida pelo juiz Sérgio Moro – como se sabe o Quarto Poder da República – dizendo que a aprovação de uma suposta anistia ao caixa-2 teria “conseqüências imprevisíveis para o futuro do País”.
Está mais do que evidente que o Judiciário e o MP apuseram um veto sobre a deliberação parlamentar, deliberação que eles mesmos provocaram, ao atuar como partido político.
Como está evidente que o “assina-não assina” da delação premiada está funcionando como uma espada de Dâmocles sobre o Executivo e o Legislativo.
Porque é evidente que os executivos da empresa não negociar o que querem que se negocie e o quem entra e quem sai do listão vai ser definido pelo Ministério Público.
A temperatura estava muito alta na Câmara, com vaias estrepitosas para Onyx Lorenzzoni, relator do projeto que foi dócil às exigências do MP.  É muito provável que a ordem de abrandar o fogo tenha partido do Palácio do Planalto, onde Maia deposita suas chances de seguir Presidente da Câmara.
O que, é obvio, exige que a Câmara, no ano que vem, esteja aberta e funcionando.

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