sábado, 31 de janeiro de 2015

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"Sobre a Petrobras"

prestação de contas desastrosa da Petrobras

Os jornalões estão incorrendo em um ridículo intencional ao estimar a corrupção da Petrobras em R$ 88 bilhões. Foram auxiliados pela maneira desastrada com que a empresa está calculando e anunciando o “Impairment” no seu balanço.
A Força Tarefa do Lava Jato levantou dois números: a taxa de propina (paga pelos fornecedores) era de 3%; até agora o valor total das propinas foi de R$ 2,1 bilhões. Se aplicar os 3% sobre todos os investimentos do período Paulo Roberto Costa, chega a R$ 4,5 bilhões – quantia elevadíssima mas longe dessa ficção dos R$ 88 bilhões.
Os R$ 88 bilhões do teste do Impairment nada tem a ver com corrupção. Trata-se de um teste estimando o valor real de um ativo calculado em cima da projeção de resultados dele.
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Um exemplo:
  1. O sujeito tem uma fábrica de cueca que dá lucro de R$ 100 mil por ano.
  2. Ele define um prazo de, digamos, 10 anos, e uma taxa de juros compatível com o mercado. Digamos, de 10% ao ano.
  3. Nesse caso, o valor do ativo (a fábrica de cuecas) será de R$ 614,5 mil.
Aí ocorre uma crise qualquer e derruba em 20% o resultado da companhia. Com R$ 80 mil de lucros anuais, o valor da empresa cai para R$ 491,6.
O teste do “Impairment” consiste em adequar o valor do ativo à nova situação. Mas não se faz automaticamente. O diretor da companhia chama o auditor e pondera: o mercado caiu 20% hoje mas pode se recuperar no próximo ano. E trata de incorporar gradativamente a diferença.
A diferença entra como ativo diferido e é tratada como despesa – ajudando a abater o Imposto de Renda devido.
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O “Impairment” da Petrobras foi de R$ 88 bilhões. Significa que houve uma redução das expectativas de lucros de um grande conjunto de investimentos.
Parte dessa redução decorreu de gastos excessivos em alguns investimentos. Mas a maior parte foi decorrente da mudança do cenário econômico, com queda dos preços de petróleo, mudança no perfil de consumo etc.
Houve queda nos preços internacionais do petróleo que impactaram o pré-sal e derrubaram o valor potencial dos investimentos.
Suponha o seguinte, bem grosso modo para entender a lógica do “Impairment”.
  1. O custo de extração do barril do pré-sal é de US$ 40,00.
  2. A cotação internacional do barril está em US$ 120,00.
  3. A cotação cai para US$ 50. Nesse caso o teste do “Impairment” iria definir uma baixa de quase 88% nos ativos do pré-sal.
  4. Aí o mercado se recupera e a cotação vai para, digamos, US$ 70. Nesse caso, o teste iria exigir um aumento de 200% no valor dos ativos.
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Por isso mesmo, nenhuma grande empresa lança de uma vez todo o ajuste do “Impairment” no balanço. E nem anuncia aos quatro ventos, como fez a diretoria da Petrobras.
Simplesmente chamaria o auditor interno e o externo, discutiria com eles e definiriam em conjunto uma maneira gradativa de incorporar o “Impairment” ao balanço, levando em conta o fato de que os cenários futuros são voláteis.
O mercado torcia por um ajuste radical porque todos esses valores seriam levados à conta de despesas, reduzindo drasticamente o Imposto de Renda nos próximos balanços – e, obviamente, aumentando os lucros.
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Dilma precisa tirar o tema Petrobras do caminho para começar a governar. E não será com prestações de conta desastrosas que o tema desaparecerá do noticiário.

Humor:


"MACACUTAIS DA GLOBO"

DCM vai atrás de maracutaias da Globo no exterior

31 de janeiro de 2015 | 00:48 Autor: Miguel do Rosário
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(O “endereço” da “Empire” nas Ilhas Virgens: empresa “era só no papel”, diz advogado. Foto: DCM).
O blog Diario do Centro do Mundo está fazendo o que nenhum outro órgão de mídia, com suas centenas de jornalistas, jamais ousou fazer: investigar as maracutaias da maior corporação de mídia do Brasil.
A Globo posa de intocável, tentando esconder o seu passado de apoio à ditadura, sonegação e favorecimentos do governo.
O monopólio intimida outros órgãos, que se jactam de ser oposição ao “poder”, mas se calam covardemente quando enfrentam o verdadeiro poder no Brasil, o poder econômico, político e midiático da família mais rica do país.
Daí que o sistema de comunicação tradicional no Brasil tornou-se uma espécie de maçonaria chefiada pela Globo. Apenas as denúncias veiculadas pela Vênus ganham destaque nos milhares de tentáculos controlados pelas principais famílias. E os amigos da Globo são protegidos.
A denúncia veiculada pelo DCM levanta o véu de uma história de golpes, fraudes e sonegações.
Um dia, quando o Ministério Público se convencer que os donos da Globo não são deuses intocáveis, mas que também devem seguir a lei, então talvez tenhamos dado um passo na direção de uma democracia mais justa.
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EXCLUSIVO: Nas Ilhas Virgens, nosso enviado conta como funcionava a empresa de fachada da Globo
Postado em 30 jan 2015, por Joaquim de Carvalho no Diario do Centro do Mundo.
Em uma nova reportagem da série sobre a compra dos direitos da Copa do Mundo de 2002 pela Globo, o jornalista Joaquim de Carvalho foi às Ilhas Virgens contar in loco como funcionava a empresa de fachada. Joaquim esteve no paraíso fiscal e visitou a suposta sede. As demais matérias podem ser encontradas aqui.
O dia amanhece com galos cantando em pleno centro de Road Town, capital das Ilhas Virgens Britânicas, no Caribe, onde, em 2001, a Rede Globo comprou uma empresa por cerca de 220 milhões de dólares. O que poderia haver de tão valioso no Caribe para que a Rede Globo fizesse um investimento deste porte?
O esconderijo para um tesouro é a resposta mais apropriada. Exatamente como no tempo dos piratas, que por sinal fizeram história por aqui, como o lendário Barba Negra. E para piratas no passado, assim como para sonegadores de impostos, corruptos, traficantes de drogas e de armas no presente, o melhor lugar do mundo é onde se pode guardar a riqueza ilícita longe dos olhos das autoridades. Um paraíso. Isso é Ilhas Virgens.
Quem conhece bem os meandros deste paraíso fiscal é o advogado brasileiro Marcelo Ruiz, que desde 2011 trabalha para um escritório de recuperação de ativos instalado no centro financeiro de Road Town. Seu trabalho é descobrir quem está por trás das empresas abertas no país, que integra a Coroa Britânica, e repassar os dados para os escritórios das nações onde correm processos — Cayman, Suíça ou Brasil, por exemplo.
Ele, evidentemente, não trabalha sozinho. Além dos advogados de todos os continentes que dividem com ele um andar inteiro no edifício Fleming House, onde está uma das maiores empresas de telefonia móvel do país, a Lime, ele trabalha com a Kroll e outras empresas de investigação formada por ex-agentes da CIA, Scotland Yard e FBI.
“Essas empresas trabalham para a gente como suporte. Mas quem repatria são os advogados”, diz. Tudo com base na lei. No passado, era quase impossível chegar aos crimiminosos. Mas a justiça no mundo inteiro tem reconhecido o direito da vítima de identificar seus algozes e reparar o dano, inclusive o financeiro – caso de acionista lesado, ex-esposa passada para trás na partilha e nós, o povo, no caso da sonegação ou da corrupção.
“Havendo um processo judicial, mesmo que em outro país, a justiça reconhece o direito de quebrar o sigilo da empresa sob sua jurisdição”, explica Marcelo.
Foi assim que escritórios parceiros da banca onde Marcelo trabalha repatriaram o dinheiro da corrupção no caso do juiz Nicolau dos Santos Neto, o Lalau, e do ex-prefeito Paulo Maluf, de São Paulo.
Marcelo não entra em detalhes por conta de cláusulas de confidencialidade, mas admite que seu escritório trabalhou no caso em que Ricardo Teixeira foi acusado de receber propina para favorecer emissoras de telvisão na venda dos direitos de transmissão da Copa do Mundo. O suborno foi depositado numa conta de empresa aberta nas Ilhas Virgens Britânicas. Ricardo Teixeira fez acordo com a Justiça na Suíça, sede da Fifa, pagou multa milionária e se safou de uma condenação. Mas teve que se afastar do futebol profissional, e vive num autoexílio na Flórida, Estados Unidos.
Road Town não é a única coincidência que une a Globo a Ricardo Teixeira. Assim como o ex-presidente da CBF e dirigente da Fifa, a Globo também buscou refúgio naquele paraíso fiscal. Em junho de 1999, através de outra empresa offshore, a Globo abriu a Empire Investment Group Ltd., com capital de aproximadamente 220 milhões de dólares.
Em 2001, a Globo comprou, através de sua matriz brasileira, a mesma empresa. Informou ao Fisco que buscava expansão no mercado internscional de TV, e omitiu o fato de que a empresa já era dela. Mais tarde, quando investigou a Globo, a Receita Federal descobriu a fraude.
O auditor fiscal Alberto Zile escreveu: “As operações arroladas dão a clara ideia de que vários atos praticados pela fiscalizada estavam completamente dissociados de uma racional organização empresarial e, consequentemente, de que a aquisição da sociedade empresarial nas Ilhas Virgens Britânicas foi apenas um disfarce de uma aquisição dos direitos de transmissão, por meio de televisão, da competição desportiva de futebol internacional, com intuito de fugir da tributação”.
Continue a ler no Diario do Centro do Mundo.

SOBRE O PRÓXIMO PASSO: cortar um dedo!