domingo, 22 de maio de 2011

"A Escravidão Já Era !"

A elite – e também parte da classe média brasileira – demorou a perder uma tradição dos tempos da escravisão: a mucama, a ama que cuidava de suas crianças.

Há quase dois meses, a gente registrou aqui que a elite paulistana tinha criado um autointitulado “Grupo Anti-Terrorismo de Babás” e estava procurando babás paraguaias. Porque, pelo fato de virem de uma sociedade com menos perspectivas e por não terem uma teia de relações pessoais e familiares que as protegessem, aceitavam trabalhar por menores salários, poucas folgas e dormindo no emprego.

Ontem, registra a Folha, o NYTimes publica que ” os rendimentos dos trabalhadores domésticos no Brasil (babás e empregadas domésticas) subiram 34% entre 2003 e 2009, mais do que o dobro do aumento médio de todos os profissionais no país”.

E conta o caso da babá Andreia Soares, de 39 anos, que trabalha há dez anos como babá. Diz o Tines que, economizando, ela comprou um apartamento de dois quartos, uma casa para a mãe dela, uma parte de um terreno para o seu irmão, “além de uma bolsa Louis Vuitton”. Outra, Ieda Barreto, diz que hoje se preocupa com sua qualidade de vida: “Eu me valorizo muito mais do que antes”.

Por mais que isso possa causar desconforto e problemas para alguns, por algum tempo, é com este mundo que teremos de nos acostumar, para sermos um país desenvolvido. Trabalho doméstico será cada vez mais raro e caro. Não é assim nos Estados Unidos, que estas pessoas tanto admiram como modelo de sociedade?

A regra vale para os dois lados, não é?

SEÇÃO DE HUMOR

TÍTULO DA PIADA: COM A SOGRA NO HOSPITAL

O sujeito tinha ido ao hospital visitar a sogra, que estava em estado grave.
Na volta a esposa, muito preocupada, pergunta:
— E então, querido? Como a mamãe está?
— Está ótima! Com uma saúde de ferro! Ainda vai viver por muitos anos! Na semana que vem ela vai receber alta do hospital e vai vir morar com a gente, pra sempre!
— Nossa, que maravilha! — diz a esposa — Mas isso é muito estranho, querido... Ontem mesmo ela parecia estar no seu leito de morte, os médicos diziam que ela deveria ter poucos dias de vida!
— Bom, eu não sei como ela estava ontem — respondeu ele — Mas hoje quando eu cheguei no hospital o médico já foi logo me dizendo que a gente devia se preparar para o pior!

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"VERDADES E MENTIRAS SOBRE O VINHO"

Texto extraído do site: “dicas de saúde”

Mentiras

Vinho, quanto mais velho melhor Nem todos os vinhos são beneficiados pelo envelhecimento. O envelhecimento proporciona a evolução dos componentes do vinho, mas é necessário ter estrutura de tanino e outros componentes para que o tempo seja benéfico e nem todos os vinhos têm este requisito. Durante o envelhecimento algumas características dos vinhos jovens como aromas de frutas frescas são substituídos por aromas mais evoluídos como os de frutas em calda e frutas secas. Em geral vinhos brancos e espumantes não devem ser guardados, pois suas características mais importantes, o frescor e os aromas de frutas se perdem com o tempo. Somente vinhos brancos de regiões muito especiais, como a Bourgogne, na França, ganham com o tempo. Vinho tinto deve ser tomado em temperatura ambiente

Essa afirmação só e verdadeira quando se fala da temperatura ambiente das caves européias, onde o vinho está sempre em torno de 14ºC. Tomar vinho tinto na temperatura ambiente de nosso verão tropical fará com que a emanação alcoólica seja forte demais, impedindo que os outros aromas sejam percebidos adequadamente. Vinho bom é vinho docinho Em geral, os vinhos ao término da fermentação são secos. Todo o açúcar natural das uvas foi transformado em álcool. Os vinhos suaves recebem açúcar depois de prontos, assim como adoçamos o café ou o suco. O açúcar mascara os sabores naturais e engana o paladar. Vinhos de boa qualidade são secos, pois nenhum enólogo em sã consciência colocaria açúcar em um vinho de qualidade. Vinho branco bom é aquele de cor amarela bem forte Vinhos brancos têm coloração bastante leve, que vai do quase incolor ao amarelo claro, com reflexos esverdeados ou dourados. Eles terão cor amarela forte, dourada, em duas situações: se forem fermentados em ou se sofreram ação do calor e ou da luz direta, ou seja, está deteriorado. Quem gosta e entende de vinhos é Enólogo. Uma das confusões mais freqüentes. As pessoas que gostam de vinhos são enófilos. Enólogos são os profissionais que trabalham nas vinícolas e que são responsáveis pela elaboração do vinho.

Verdades

Vinho tinto é para carnes vermelhas e vinho branco para carnes brancas Esta afirmação é verdadeira em parte. Pratos de sabor mais forte precisam de vinho com mais estrutura, para que os sabores se completem sem que um anule o outro. Um vinho muito potente junto com um prato leve vai massacrar o prato e vice-versa. Mas existem desdobramentos desta teoria, pois a forma de preparo do prato é muito importante para o sabor final. Frango assado ou ensopado é perfeitamente acompanhado por um vinho tinto. Deve ser guardado deitado, ao abrigo da luz e com temperatura constante A garrafa deitada mantém a rolha em contato com o vinho, impedindo que ela resseque e permita a entrada do ar que azedaria o vinho. Os vinhos com rolhas sintéticas ou tampa de rosca (screw-cap), podem ser guardados em pé, sem problemas. A luz direta sobre a garrafa de vinhos é extremamente danosa ao vinho. A variação de temperatura, assim como as altas temperaturas também deterioram o vinho.

SEÇÃO DE HUMOR

TÍTULO DA PIADA: CRAQUES NO AVIÃO

Os melhores jogadores sul-americanos de todos os tempos estavam em um avião, indo para o Rio de Janeiro, mais precisamente no Maracanã, onde haveria o jogo do século.
Dentro desse avião estavam todas as estrelas latinas do futebol, e como acontece na maioria das piadas sem graça de aviões, ocorre uma pane que leva todos os atletas ao desespero.
A aeromoça avisa que o avião está perdendo altura por excesso de peso e vão ter que se livrar dos equipamentos e bagagens. Lá se vão os uniformes, bolas, chuteiras, malas, e tudo o que os jogadores levavam.
Instantes mais tarde, a aeromoça volta chorando e diz que com muita lástima, vidas humanas terão que ser sacrificadas, para que o avião não caia.
Então os jogadores, sem escolha, fazem fila para pular.
O primeiro é Solano:
- Por amor ao Peru! - e pula.
Depois vai Salas:
- Por amor ao Chile! - e pula.
Aí vai Chilavert:
- Por amor ao Paraguai - pula.
Chega a vez do Pelé:
- Por amor ao Brasil! - e empurra o Maradona.

POLÍTICA: "O Poder, quando corrompe "

Por: Mino Carta, em 20 de maio de 2011 às 10:24h

Silvio Berlusconi já não vive dias tão felizes. As eleições administrativas realizadas na Itália entre os dias 15 e 16 não favoreceram o seu partido ousadamente chamado Povo da Liberdade.

Praças importantes ficam nas mãos de prefeitos de centro-esquerda e a maior surpresa vem de Milão, a cidade do premier, onde a sua candidata, Letizia Moratti, em busca de reeleição, sai para o segundo turno em desvantagem em relação ao seu adversário, Giuliano Pisapia, esquerdista convicto.

Para tão fervoroso apaixonado pelo poder como Berlusconi, intérprete da ditadura da maioria a enxergar na oposição parlamentar e na Justiça que cumpre seu papel democrático a derradeira manifestação do comunismo, votos são combustível indispensável. Desta vez a colheita encolheu bastante ao registrar derrotas que pareciam impossíveis, de sorte a justificar quem fala de novo na antecipação das eleições políticas.

Berlusconi empenhou-se a fundo na campanha, mas sua retórica, mesmo exposta por uma rede maciça de televisão, não teve o efeito habitual junto a quantos ao elegê-lo envergonharam a Itália não menos do que ele. É lógico supor que as últimas desastradas façanhas do casanova da política italiana pesaram na balança eleitoral. Berlusconi é exemplar perfeito de quem se lambuza no poder. Porta-se como um sultão e se exibe suas fraquezas não é somente por obra de uma forma de jactância infantil, mas também, e sobretudo, porque certo de que tudo a ele é permitido.

Há nuances entre um abuso de poder e outro. O caso Strauss-Kahn, ao menos segundo meus reflexivos botões, é bem diferente. Antes de mais nada, dizem eles, como figura proeminente da política e da economia, ao contrário de Berlusconi, Strauss-Kahn é competente, e muito, e cogita de interesses bem diversos daqueles buscados pelo premier italiano. Que sempre se tratou de um sedutor era sabido, mas seus últimos lances donjuanescos chegam a revelar um traço doentio. Antes de explorar as benesses do poder, ele é vítima de si mesmo, e vai pagar caro por isso.

De outra natureza ainda é o caso do ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, de características tipicamente nativas, de uma sociedade do privilégio vocacionado para a predação. O ex-ministro da Fazenda milita em uma categoria que no Brasil apresenta dimensões e tonelagem excepcionais. Os botões, insistentes, me levam a recordar personagens que influenciaram a política econômica brasileira nas últimas décadas, e ficaram ricos, melhor, riquíssimos, depois de deixarem seus cargos. Estabelecidas sólidas cabeças de ponte dentro dos gabinetes governistas, venderam a peso de ouro conselhos abastecidos pela chamada inside information. O próprio Palocci incumbe-se de desfiar um rosário de nomes ilustres que o precederam neste gênero de atividade. Sustenta, impávido, a seguinte tese: se eles pecaram, por que não eu?

A despeito de comportamento tão desarmado, não faltam elementos de surpresa, a começar pelo fato de que este desabrido pessoal fala de centenas de milhões como se fossem bagatela em um país tão desigual quanto o nosso. Capaz, contudo, de incluir quatro ricaços na lista dos cem mais enquanto não há um sequer a representar vários países do chamado Primeiro Mundo. Mas Palocci é um ex-trotskista, militante de um partido que até hoje se pretende de esquerda. E não falta quem acredite…

O desfecho do presente enredo é até imprevisível, mesmo porque o instituto da impunidade continua em pleno vigor. Neste exato instante, o presidente do Supremo Tribunal Federal, Cesar Peluso, se empenha em busca de um caminho para agilizar a Justiça brasileira.

É esforço louvável nesta nossa terra, onde os ricos não costumam correr o risco de ir para a cadeia e onde um criminoso comum como Cesare Battisti ainda espera pelo asilo político, concedido por um Estado disposto a assinar um Tratado de Extradição com a Itália sem confiar na Justiça deste país, e até a condená-la.

Aliás, o próprio Berlusconi a ataca sem quartel. Meus botões malignamente sugerem que talvez o premier italiano tenha alguma peculiar semelhança com variados esquerdistas brasileiros.

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Mino Carta

Mino Carta é diretor de redação de CartaCapital. Fundou as revistas Quatro Rodas, Veja e CartaCapital. Foi diretor de Redação das revistas Senhor e IstoÉ. Criou a Edição de Esportes do jornal O Estado de S. Paulo, criou e dirigiu o Jornal da Tarde. redacao@cartacapital.com.br