sábado, 10 de outubro de 2009

"A Primeira Vez"

"O Puff de Yeda Crusius"

Texto de Paulo Cezar da Rosa

Artigo publicado na Revista Carta Capital em 09/10/2009 12:12:15


Nesta quinta feira 8, a comissão de deputados gaúchos que analisa o pedido de abertura de um processo de impeachment da governadora Yeda Crusius (PSDB-RS) rejeitou a solicitação. O relatório da deputada Zilá Breitenbach, do mesmo partido da governadora, recomendando o arquivamento, foi aprovado pela maioria yedista de 16 deputados. A oposição retirou-se da sessão e é praticamente certo que em plenário haverá repetição do resultado.

A decisão afrontou a opinião da maioria dos gaúchos. No final de semana anterior, uma pesquisa do instituto Ibope mostrava uma rejeição de 60% ao nome da governadora e 64% de ruim e péssimo na avaliação de seu governo. Perguntados sobre o impeachment, 62% dos entrevistados se manifestaram a favor e apenas 22% contrários.

Números arrasadores
Yeda, diante de índices tão negativos (provavelmente a pior avaliação entre todos os governadores brasileiros) preferiu negar a realidade. Numa entrevista nacional, fez uma interpretação da pergunta feita pelo Ibope no sentido de que as pessoas estavam se manifestando a favor da investigação e não do seu afastamento. A pergunta entretanto, foi feita exatamente neste sentido.

Nos bastidores, algumas interpretações especulavam sobre a intencionalidade da pesquisa, totalmente negativa para a governadora. Uns, acreditando que o ministro Tarso Genro, candidato declarado do PT a governador, estaria disposto a limpar o terreno e desbloquear o campo yedista em busca de aliados entre os partidos de centro como o PDT e PTB, estaria por trás da pesquisa. Outros, que o verdadeiro interessado nos números mortíferos para as pretensões da tucana, seria seu companheiro de partido e candidatoa presidente, José Serra. O governador paulista estaria temeroso de que os escândalos envolvendo o governo gaúcho venham a contaminar sua candidatura. Como os reiterados convites a que Yeda desista de concorrer à reeleição não vêm sendo aceitos pela tucana, Serra estaria, através da pesquisa do Ibope, tentando colocar uma pá de cal nas pretensões da governadora.

Toques e estoques
No meio da semana, enquanto a base yedista cerrava fileiras para enterrar o pedido de abertura do processo de impeachment, surgiram provas de que Yeda reformou sua casa particular e mobiliou o quarto de um neto com recursos do erário público. Conforme o governo, a operação foi legal porque existiria uma lei que prevê a possibilidade de utilizar recursos públicos para isso, devendo a governadora devolver os bens comprados ou pagar por eles no final do mandato.

A foto do puff adquirido na Tok Stok, dos móveis e a reprodução da nota fiscal foram parar nos blogues e colunas políticas. Perto das denúncias de que mais de 300 milhões teriam sido desviados dos cofres públicos nos últimos anos, sendo 44 milhões no Detran gaúcho, os 13 mil reais do puff e dos móveis parecem ninharia. Mas vamos combinar: é imoral demais. Fosse de outro partido ou outras as circunstâncias, Yeda seria defenestrada do Palácio Piratini sem dó nem piedade.

Novo jeito de governar
Yeda elegeu-se em 2006 prometendo um “novo jeito de governar”. Saiu de menos de 5% nas pesquisas para a vitória nas urnas de maneira quase mágica. Isso parece ter vitaminado a arrogância e o sentimento de impunidade da elite que a levou ao Palácio Piratini.

Não foi feito ainda um balanço do custo da crise política que vive o Rio Grande do Sul. Mas sem dúvida é enorme e desolador. Quando um governante se põe a mobiliar sua casa com o dinheiro do povo, é sinal de que inexistem limites e os gaúchos estão, de fato, diante de um novo jeito de governar que afronta a todos.

"Escova Sob Medida"



SEÇÃO: HUMOR

TÍTULO DA PIADA: "TESTE DE EMPREGO"

Um homem foi fazer um teste pra conseguir um emprego em um loja de carros. Então o empregador perguntou:
— Você está em um túnel escuro e vê dois faróis. O que é?
— É um carro! — respondeu o candidato.
— Certo, mas que carro? Uma Mercedes? Um Audi? Uma BMW?
— Não sei, não dá pra ver! Está escuro!
— Certo — respondeu o entrevistador, com cara feia, fazendo anotações — Passemos para outro teste. Você está no mesmo túnel esc#ro e vê apenas um farol. O que é?
— É uma moto.
— Certo, mas que moto? Uma Yamaha? Susuki? Honda?
— Ué! Eu não sei! Está escuro!
— Você está reprovado!
Ele ficou muito decepcionado e pediu:
— Antes de sair da sala, posso fazer uma pergunta?
— Diga! — respondeu o empregador, seco.
— O senhor está na rua da sua casa e vê uma mulher de cabelo tingido, unha pintada, salto alto, vestido vermelho e rodando a bolsinha. O que é?
— Ora. É uma prostituta.
— Sim, mais qual delas? Sua irmã? Sua mulher? Sua mãe?

"Remador Otimista"

"CANTADAS EM LOIRAS REALMENTE NÃO DÃO CERTO"


VOCÊ) - Oi gata... Qual é seu telefone?
(LOIRA) - Nokia. E o seu?
(VOCÊ) - Uau! Isso aqui é uma calçada ou uma passarela de moda?
(LOIRA) - Hum, agora você me pegou... É que eu não sou daqui. Então não sei te informar...
(VOCÊ) - Eu não tiro o olho de você!
(LOIRA) - Ainda bem, né? Senão eu fico cega!
(VOCÊ) - Nossa! Eu não sabia que boneca andava!
(LOIRA) - Sério? Nossa, você tá por fora, hein? Já tem até Barbie que anda de bicicleta!
(VOCÊ) - Que curvas, hein!
(LOIRA) - Nem me fala... Eu bati o carro 7 vezes pra chegar nessa festa!
(VOCÊ) - Esse seu vestido vai ficar lindo jogado no chão do meu quarto!
(LOIRA) - Quer comprar um igual pra fazer um tapete? Eu te indico a loja...
(VOCÊ) - Meu coração disparou quando eu te vi!
(LOIRA) - Socorro! Alguém ajude! O moço está tendo um ataque cardíaco!
(VOCÊ) - Eu quero o seu amor, gata!
(LOIRA) - Espera só um pouquinho... Amô-or! Tem um moço aqui querendo você!
(VOCÊ) - Quer beber alguma coisa?
(LOIRA) -Ai, que bom que você apareceu, garçom!
(VOCÊ) - Me dá seu telefone, vai!
(LOIRA) - Socorro! Um assalto!

SEÇÃO: HUMOR

Título da Piada: "remédio para caganeira"

Entra um senhor desesperado na farmácia e grita:

- Rápido, me dê algo para a diarréia! Urgente!
O dono da farmácia, que era novo no negócio, fica muito nervoso e lhe dá o remédio errado: um remédio para acalmar os nervos.
O senhor, com muita pressa pega o remédio e vai embora.
Horas depois, chega novamente o senhor que estava com diarréia, e o farmacêutico lhe diz:
- Mil desculpas senhor. Creio que por engano lhe dei um medicamento para os nervos, ao invés de algum remédio contra a diarréia. Como o senhor está se sentindo?
O senhor responde:
- Cagado... mas tô tranqüilo.

"Batman Ocupado"

"IRRESPONSABILIDADE TUCANA"

Texto de Mauricio Dias

Artigo publicado na Revista Carta Capital em 09/10/2009


Como já era esperado, o senador tucano Tasso Jereissati apresentou um relatório contrário à entrada da Venezuela no Mercosul, proposta em um Contrato de Adesão que tramita no Congresso desde julho de 2006.

Na reunião da Comissão de Relações Exteriores do Senado, no dia 1º de outubro, quando Jereissati leu o parecer que fez, não apanhou ninguém de surpresa. Era uma carta já marcada. O relator, por exemplo, ausentou-se das sessões em que os depoentes apresentaram argumentos e informações divergentes dos palpites dele sobre a questão.

O que representam o relatório e o comportamento de Jereissati?

“Um ato hostil a um país com quem o Brasil tem aprofundado laços não apenas econômicos, mas também culturais e científicos. Lamentavelmente, o parecer não é apenas diplomaticamente equivocado. É também irresponsável”, responde o professor Fabiano Santos, coordenador do Núcleo de Estudos Sobre o Congresso (Necon/Iuperj), que faz acompanhamentos das comissões do Parlamento que tratam de temas relevantes para a inserção internacional do Brasil.

Segundo Fabiano Santos os dados do comércio entre Brasil e Venezuela nos últimos nove anos (gráfico) mostram “o tamanho da irresponsabilidade do relator”.

A aproximação comercial com a Venezuela é francamente favorável ao Brasil. Nos últimos dez anos, as exportações para a Venezuela aumentaram 858%, passando de 536,7 milhões de dólares, em 1999, para 4,6 bilhões de dólares em 2008. No ano passado, o Brasil teve um superávit comercial com os EUA de 1,8 bilhão de dólares. Com a crise, a Venezuela passou a representar 29% de todo o saldo da balança comercial brasileira. Dos 3 bilhões de dólares do saldo da balança, neste ano, 878 milhões de dólares vieram de negócios com os venezuelanos.

“A irresponsabilidade da rejeição do Protocolo de Adesão é ainda maior no campo político. O relatório de Jereissati, que evidencia uma forte preocupação com a fragilidade da democracia naquele país, sugere, como terapia, o isolamento político, negligenciando o potencial de contenção institucional que a inclusão ao Mercosul poderia ter, em um contexto em que tanto Chávez quanto a oposição se veem enredados em estratégias de radicalização política”, explica o coordenador do Necon.

Esse ponto provocou a indignação do senador Pedro Simon, durante acalorado debate com Jereissati. Em um momento de retorno aos seus melhores desempenhos na tribuna, Simon lembrou que “com a Venezuela dentro do Mercosul” haveria condição, na avaliação dele, “de garantir a democracia naquele país”.
Simon acredita que a posição do tucano Jereissati “favorece interesses contrários à integração continental, principalmente os norte-americanos”.

Mas não seria essa a motivação do senador Jereissati?