sábado, 22 de dezembro de 2018

Um ano após reforma, recuperação do mercado de trabalho ficou na promessa

Mutirão do Sindicato dos Comerciários de São Paulo, em agosto levou milhares à procura de emprego: dura realidade (SIND COMERCIÁRIOS SP)
da Rede Brasil Atual
Ministro esperava 2 milhões de vagas em dois anos, mas até agora saldo é de 518 mil, quase tudo no setor de serviços. E quem entra continua ganhando menos que os demitidos
por Redação RBA
São Paulo – Em novembro do ano passado, o então ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, declarou esperar a criação de 2 milhões de empregos em 2018 e 2019 com a aprovação da "reforma" trabalhista. Passado um ano, os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados hoje (20), mostram que essa previsão ficou distante da realidade. Em 12 meses, até novembro, o saldo – diferença entre contratações e demissões formais – é de 517.733, crescimento de 1,36% no estoque. As vagas concentram-se no setor de serviços: 400.189, 77% do total. 

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MP do Rio fez esquema para evitar que ex-motorista de Bolsonaro apareça na imprensa

Colagem: Sul21
 
Jornal GGN - É destaque na coluna do jornalista Lauro Jardim que o Ministério Público do Rio de Janeiro fez um esquema para impedir que Fabrício Queiroz seja gravado, fotografado ou mesmo questionado pela imprensa, nesta sexta (21). Queiroz, que era motorista e segurança de Flávio Bolsonaro até outubro passado, é esperado no MP para depor sobre as movimentações suspeitas identificadas pelo Coaf em sua conta bancária, que só entre janeiro de 2016 e janeiro de 2017 somam R$ 1,2 milhão, sem que ele tenha patrimônio ou renda compatíveis com o volume de transações.
 
"Ninguém da imprensa terá acesso a Queiroz, de acordo com o script programado pelo MP fluminense. Se tudo ocorrer como as autoridades imaginam, nem mesmo imagens de Queiroz serão feitas", afirma o jornalista.

Vice da RedeTV! se gaba de ter dado espaço a Bolsonaro e diz estar "engajado" com o governo

 
Jornal GGN - Maurício Stycer destacou em sua coluna no UOL, nesta sexta (21), declarações de Marcelo de Carvalho, vice-presidente e sócio da RedeTV!, que demonstram alinhamento da emissora com Jair Bolsonaro. Numa entrevista ao empresário bolsonarista Luciano Hang, Carvalho disse que a Rede Globo não queria o capitão da reserva como presidente da República, enquanto a RedeTV! sempre deu espaço ao eleito.
 
"A Rede Globo, isso é notório, não queria ter Jair Bolsonaro presidente da República. Não queria!", afirmou Carvalho.
 
"Eu tenho muito orgulho de estar engajado", disse o vice da RedeTV! sobre o futuro governo. "Desde 2010 ele frequenta os programas da RedeTV!. Eu o considero um amigo", acrescentou.
 
 
"Nós demos espaço para o Jair Bolsonaro quando nem candidato à Presidência ele era. Em junho de 2016, depois de ter aparecido no programa da Luciana (Gimenez) muitas vezes, ele falou no meu programa que pretendia se candidatar à Presidência."

O barco de Trump afunda e a diplomacia brasileira vai atrás, por André Araújo

O barco de Trump afunda e a diplomacia brasileira vai atrás
por André Araújo
O pedido de demissão do Secretário da Defesa dos EUA, General James Mattis com a entrega a Trump de uma longa carta de críticas ao Presidente e suas decisões erráticas e improvisadas é o começo de uma nova e grande crise em Washington.
Mattis não deixou pedra sobre pedra e demoliu o que restava da reputação de Trump como politico a ponto de muitos Senadores Republicanos dizerem na TV que Mattis tem razão.
O que detonou a demissão foi Trump ter mandado as tropas americanas sairem da Siria em mensagem pelo twitter, sem falar com Mattis. A decisão fez enorme estrago estratégico, não pelo volume da tropa, apenas 2.000, mas pelo simbolismo da presença militar americana, o que garantia os curdos, protegidos dos EUA.

Mujica: Extrema-direta não fará mais que aumentar a concentração de renda

Foto: Agência Brasil
Jornal GGN - O ex-presidente do Uruguai José Mujica avaliou, em entrevista divulgada pela BBC Brasil nesta sexta (21), que os governos de esquerda ficaram reféns do desenvolvimento atrasado em países da América Latina e acabou fazendo a população pobre ascender apenas à classe consumidora, mas não a cidadãos. Ele disse que, por outro lado, "nem tudo está perdido" para a esquerda, pois a extrema-direita não fará mais que concentrar ainda mais a renda.
"Temos muita gente com fome, sem abrigo ou com casas miseráveis, e conseguimos, até certo ponto, ajudar essa gente a se tornar bons consumidores. Mas não conseguimos transformá-los em cidadãos - os processos são lentos demais, é mais fácil resolver de imediato o problema da (falta de) comida, porque é algo que fala de imediato à nossa consciência", disse Mujica.

Para ex-ministro da Justiça, MPF está sendo utilizado como instrumento político

Foto: Marcelo Camargo | Agência BrasilPosse da procuradora-geral Raquel Dodge, nomeada por Michel Temer - 12/07/2017
do Brasil de Fato 
Tarso Genro analisa a atuação do Ministério Público Federal contra decisões que poderiam libertar ex-presidente Lula
Imediatamente após a decisão liminar do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Marco Aurélio de Mello, que suspendeu os efeitos das prisões realizadas após condenação em segunda instância, os procuradores da força-tarefa da operação Lava Jato ofereceram uma coletiva de imprensa em Curitiba (PR) para criticar a decisão do magistrado, que segundo eles “consagra a impunidade no Brasil”. 

Raduan Nassar: “A Lava Jato causou prejuízo maior do que a corrupção que pretextava combater”

Raduan Nassar
do portal do Lula
por Raduan Nassar*
A destruição da soberania nacional tem um nome: Força Tarefa da Lava Jato. Em conluio com o Supremo Tribunal Federal e a Procuradoria Geral da República, a Lava Jato não só propiciou o golpe de 2016, como liquidou com a economia, quebrando inúmeras empresas, levando o desemprego às alturas, além da entrega a grupos estrangeiros das riquezas do país, como o pré-sal. A Lava Jato causou um prejuízo incomparavelmente maior à nação do que a corrupção que pretextava combater.

Artigo 9: Ninguém deve ser alvo de prisão arbitrária

Foto: ONU/Eskinder DebebeNo aniversário de 50 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH), Kofi Annan (direita) inaugura placa comemorativa, em 1998.
da Nações Unidas no Brasil - ONU BR 
A Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH) foi adotada em 10 de dezembro de 1948. Para marcar o aniversário de 70 anos, nas próximas semanas, o Escritório do Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos (ACNUDH) publicará textos informativos sobre cada um de seus artigos.
A série tentará mostrar aonde chegamos, até onde devemos ir e o que fazer para honrar aqueles que ajudaram a dar vida a tais aspirações.
Leia mais sobre o Artigo 9: Ninguém será sujeito arbitrariamente a prisão, detenção ou exílio.

Singer: Posse de Bolsonaro encerra o ciclo do golpe e da destruição promovida pela Lava Jato

 
Jornal GGN - Em 31 de dezembro o País deixa para trás a etapa que "corresponde à tentativa, com sucesso, de destruir o modelo erguido à sombra da Constituição de 1988". Essa etapa começou com o "estelionato eleitoral de Dilma", passou pelo impeachment sem razão de ser e chegou à eleição de um admirador da ditadura militar que se diz contra tudo que está aí.
 
Em janeiro de 2019, com a posse de Jair Bolsonaro, "um novo ciclo se abre. A extrema direita ganhou o direito de implementar o seu modelo por pelo menos quatro anos."

Quem anda no pântano desperta os jacarés

Todo o noticiário das pequenas imundícies praticadas pelo entorno dos Bolsonaros, a esta altura, não muda mais a natureza das falcatruas, apenas a sua quantidade.
Cada pequeno trambique que aparece, como este do tenente-coronel que assessorou Flávio Bolsonaro por um ano, dos quais seis meses viveu em Portugal, é só mais um salpico de lama num esquema de nepotismo, extorsão e coleta de dinheiro que, a rigor, nem chega a ser novidade em nossa política.
A história de que tinha “160 dias de férias acumuladas” não passa pelo que diz a Portaria 541/2013 da PM, que determina que  “fica vedada a acumulação de férias, ressalvados os casos de interesse de segurança nacional, de manutenção da ordem pública ou, excepcionalmente, de extrema necessidade do serviço.” Nenhuma novidade, também, isso está proibido desde antes deste Wellington entrar na PM< pelo Decreto 3.044/1980, que diz  que “é proibido a acumulação de férias, salvo por imperiosa necessidade de serviço e pelo máximo de dois períodos”.
São duas as questões que importam, agora.
Uma, a mácula pessoal que atinge Jair Bolsonaro – que não pode deixar o caso com a matilha de filhos – porque as suas ligações com o subtenente Fabrício são de décadas, foi ele quem o fez servidor da “família” e quem se meteu – seja lá com que razão for – com um extorsionista que achacava servidores e forjava contratações – também em seu próprio gabinete – para abastecer a “caixinha”.
Para quem se elegeu com gritos moralistas contra a “velha política” é veneno do seu próprio veneno.
A segunda é o já pouco disfarçado incômodo dos militares com as ‘escapulidas’ do cavalo que se dispuseram a montar em sua marcha para tomar o governo brasileiro. Pode apostar que, a esta altura, os serviços de inteligência militar pesquisam e avaliam o que mais pode aparecer no passado de Jair Bolsonaro e o potencial que isto terá de atingir o núcleo militar do poder.
A Globo, cujo faro é melhor do que o de qualquer cão de caça, percebeu e – dos grandes veículos de comunicação – é quem menos “alivia” a família presidencial, com matérias diárias no Jornal Nacional.
Bolsonaro acusou o golpe, mas sem saídas de melhor qualidade, diz que está disposto a “pagar” a conta pelos “erros” cometidos.
Não foram erros, foram crimes e não é possível invocar a “jurisprudência” de Sérgio Moro e deixar para lá porque, tal como Ônyx Lorenzoni, o ex-capitão “arrependeu-se”.
a

Abril sem Civitas é uma antevisão da Globo sem Marinhos

As portas continuarão sendo abertas, as revistas – nem todas – vão para as bancas, os anúncios continuarão – em menor quantidade – a ser postos em suas páginas.
Veja continuará a ter seu lugar nas salas de espera dos consultórios.
A editora, entretanto, deu seu último suspiro, encerrando uma trajetória que foi marcada por cumes e esgotos desde que a empresa, há quase 60 anos, lançou-se no campo do jornalismo, primeiro com Realidade, logo depois com a Exame e a Veja de Mino Carta.
É apenas uma questão de tempo para que seus títulos sejam encerrados ou vendidos, “avulsos” ou em lotes.
Ricos, muito ricos, os netos livram-se da carcaça da empresa que, durante os últimos 30 anos deitou regras sobre como o Brasil deveria ser dirigido e como deveriam proceder seus governantes, liquidou o império editorial criado por Victor e Roberto Civita.
Saem fazendo aquilo que dizem ser o horror dos horrores quando se trata de países, mas acham natural quando acontece com empresas: um calote de R$ 1,6 bilhões, em troca de pagarem apenas 8% do que devem, ainda assim a perder de vista, em 18 anos.
Imaginem o que aconteceria se o Brasil oferecesse aos detentores dos títulos de nossa dívida condições  apenas um décimo destas? Seria mesmo um “plano comunista” a ser enfrentado com intervenção militar, não é?
O comprador formal não importa, é um negócio entre bancos: os aventureiros do BTG Pactual de um lado e Bradesco, Itaú e Santander de outro, fazendo trocas contábeis de dívidas, fixando preços fictícios, providenciando ganhos com o calote em direitos trabalhistas e tudo o mais que se puder criar nos laboratórios de “soluções criativas” com que a picaretagem financeira hoje lida.
É bom que se observe bem este processo de esvaziamento do poder da Abril e, afinal, de sua morte.
Ele já está em curso com a Globo e os interesses representados por Edir Macedo – e estes interesses não são apenas os de sua Igreja Universal – percebem e estão bem posicionados para explorar todas as possibilidades que o novo governo lhes dá.
NATAL-MÁGICO

A “cirurgia” de Fabrício e o atestado médico mais lento do mundo

E o Fabrício Queiroz segue ‘desaparecido’.
Mandou dizer ao Ministério Público que teve  uma “inesperada crise de saúde” e ““precisou ser internado na data de hoje, para realização de um procedimento invasivo com anestesia, o que será devidamente comprovado, posteriormente, através dos respectivos laudos médicos”, informa o G1.
O que Fabrício tem, não se sabe. Onde estaria internado, muito menos.
Fabrício, como se disse hoje cedo, é um cidadão acima de qualquer suspeita.
Mas se Fabrício tem, enquanto lhe dão, o direito de calar e sumir, as autoridades públicas – sim, os ferozes e impiedosos promotores – não têm o direito de se tornarem cúmplices da “Operação Sumiço” do amigo e mutuário de Jair Bolsonaro.
Por que não foi possível aos médicos que o tratam da suposta “grave enfermidade” precisam ter até o dia 28, uma sexta-feira à qual se seguem dias mortos do final de semana e da véspera, darem um atestado médico de cinco ou seis linhas, dizendo que ele está sendo operado de, por exemplo, amígdalas?
Ou algo assim, que justificasse a sua mudez prolongada.
Vai ficando cada vez mais claro que Fabrício só aparecerá depois da posse de Jair Bolsonaro na Presidência.
Tá OK?

sábado, 11 de agosto de 2018

Lula ganhou o debate. Opinião, acredite, de Miriam Leitão

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Na análise que faz do debate entre os candidatos a Presidente, hoje,  a coluna de Miriam Leitão, imagina-se com que dor no coração, admite que, “Lula venceu o debate por uma espécie de W.O. às avessas“, por não ter sido apontado como responsável pelas desgraças que vive o país.
Faltou chamar, diretamente, de incompetentes aos outros candidatos, o que se explica, talvez,  pela crista lhe ande baixa, depois do vexame a que foi submetida por seus patrões ao ler, repetindo o que lhe ditavam ao ouvido pelo “ponto” eletrônico, sobre as relações entre a Globo e a ditadura, após a entrevista de Jair Bolsonaro.
Fechado numa cela em Curitiba, mantido pelo PT como o candidato ficcional, [Lula] não teve seu legado atacado.
Como disse José Serra em 2010: que bobagem, Miriam!
Certamente acostumados às conversas em salões de restaurantes e salas de embarque de aeroportos, onde Lula é considerado algo como um demônio, D. Miriam e seus auxiliares, julgando-se mais inteligentes que todos ali, não conseguem entender o óbvio: não citaram Lula porque a única forma de “matá-lo”, politicamente, é o silêncio.
Evocar Lula, fora daqueles ambientes de classe média insuflada de ódio, é evocar a lembrança da população de que este pode ser um país menos injusto e mais próspero, exatamente o contrário do que a ele fizeram rezando pela cartilha dos “Cabos Daciolo do Mercado”, que proclama que a salvação virá da livre iniciativa, apenas.
Como são “candidatos de faz-de-conta”, que só têm alguma chance eleitoral com a exclusão de Lula da disputa, o lógico e o natural é que esmerem-se em fazer de conta que Lula não existe.
Não é por outra razão que Lula teve de dar uma clarinada, lá de Curitiba, para que Haddad e Manuela D’Avila se exponham mais. Quer e precisa frustrar o plano de excluí-lo da polêmica pelo silêncio, pelo isolamento na Sibéria de Curitiba.
Os altos estrategistas da direita brasileira sabem disso, mas têm dificuldades em conter o ódio e o ressentimento com que seus porta-vozes crocitam e que os torna obtusos ao ponto de reconhecer-lhe apenas um mérito, o de “não destruir, no primeiro mandato, a herança que recebeu” de Fernando Henrique Cardoso.
E, ao contrário do que fizeram os microcandidatos no debate, não entende que, para o sistema, eles são a mais perfeita tradução do que disse Fernando Henrique Cardoso: “é o que temos”.
Depois D. Miriam não reclame se, de novo, forem lhe dizer o que falar pelo ponto eletrônico.