terça-feira, 21 de junho de 2016

ONDE FICA O PORTUGUÊS ?

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Empresa de fachada recebeu da OAS e pagou por jato para Campos e Marina

camaravasconcelos
Informações preliminares da Polícia Federal dão conta que foram descobertas transferências da empreiteira OAS para a Camara & Vasconcelos, empresa de fachada  do município de Nazaré da Mata que, por sua vez, pagou R$ 160 mil como parte da aquisição do jato Cessna que servia à campanha da dupla Eduardo Campos-Marina Silva e acabou por matar o ex-governador de Pernambuco.
Fernando Molica, em seu blog, lembra que as contas da campanha de Marina ainda está em aberto.
No fim de março, frisei, no ‘Informe do DIA’, que comprovantes relacionados aos voos no PR-AFA ainda não haviam sido entregues à Justiça Eleitoral.
Na época, a assessoria de imprensa do TSE afirmou que as contas de candidatos a presidente e a vice eram analisadas de forma conjunta.
Comprovado o pagamento – seja para compra, seja para afretamento – por uma operação encoberta de transferência de dinheiro pela OAS, vai sobrar muito pouco daquele discurso da – lembram-se? – “nova política”.

HUMOR:

“Roubação premiada”: a estranha “ética” de fazer do delator o herói da Justiça

delatorzinho
Reportagem de Cristiane Lucchesi, Sabrina Valle e Blake Schmidt, da Bloomberg, publicada ontem pela Exame traz uma indagação que deixaria qualquer investigação séria interessadíssima.
É que Sérgio Firmeza Machado, avalista de parte do pagamento da tal multa de R$ 70 milhões imposta ao pai, Sérgio Machado, pelas roubalheiras confessadas na Petrobras, ganhou, ano passado como remuneração – legal e declarada – do Banco Credit Suisse, onde era diretor, R$ 48,4 milhões (US$ 14 milhões).
É quase o dobro do mais bem pago executivo do banco em todo o mundo.
Não é a única informação intrigante: em 2013, o Credit Suisse  fez um empréstimo ao Governo Antonio Anastasia, em Minas, no valor de US$ 1,27 bilhão e um mês depois vendeu o crédito a investidores com um lucro de US$ 116 milhões.
“Serginho”, claro, diz que seus negócio no banco nada tinham a ver com as falcatruas do pai, que, inclusive, seriam o motivo do afastamento entre ambos.
Edificante, não?
Hoje, na Folha, Bernardo de Mello Franco narra a vida confortável do “Sérgio Pai” em sua mansão na Praia do Futuro e a de outros “heróis da Lava Jato”, cujas delações são a base de todo o processo que Curitiba, com alguns pedaços no STF:
Não passou um único dia na cadeia e foi autorizado a se recolher ao conforto do lar, onde poderá matar o tempo entre a piscina, a quadra poliesportiva e a churrasqueira. Ele ainda terá autorização para sair de casa em ao menos oito datas até 2018, quando se livrará da tornozeleira eletrônica.
(…)Paulo Roberto Costa, o ex-diretor da Petrobras, habita um condomínio exclusivo em Itaipava, na região serrana do Rio. É vizinho de altos executivos e de um ministro do Supremo, que acumulou patrimônio como advogado de renome.
Pedro Barusco, o ex-gerente da estatal que organizava planilhas de propina, aproveita o mar em Angra dos Reis. No ano passado, foi fotografado à vontade numa cadeira de praia, dando baforadas num charuto e tomando cerveja. Ele cumpre pena em regime aberto, que dispensa a companhia da tornozeleira.
Estranhos valores morais da “moralização” em curso no Brasil.
Roubar é pecado não apenas perdoado, mas premiado, quando seguido da “deduragem” dos cúmplices, ou de supostos cúmplices.
Verdade que os denunciados foram, em geral, cúmplices ou mandantes da roubalheira. Em geral, mas todos são tratados como se fossem, exceto aqueles que, a critério da Polícia Federal, do MP e do Judiciário, “não vêm ao caso”.
E o corolário deste triunfo da moralização, que justifica jogar no lixo a vontade eleitoral do povo brasileiro,  será a imolação pública de uma mulher contra a qual, nem mesmo com dezenas de delações e todos os prêmios oferecidos, não se arranjou sequer um ato em benefício próprio.

HUMOR:

VERDADES

Agora não tem mais problema: viva o rombo!

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Sim, é isso mesmo.
Você ouviu durante anos que o importante é não gastar mais do que se arrecadava, este era “o dever de casa” dos governantes.
Superávit, superávit, superávit: fora do tripé não há salvação.
Mas agora, R$ 70 bilhões de reajuste à nata dos servidores, R$ 50 bilhões de renúncia a dívidas dos Estados e ainda vem um pouco mais, porque falta o “evita mico” do Rio Olímpico e “vamos acertar isso” do Olimpo de São Paulo. Uns R$ 50 bilhões, no barato, só este ano.
O “rombo” deste 2016, R$ 170 bilhões, é saudável, coisa tão boa que já se fala em repetir no ano que vem…
Do nada esquerdista blog do Fernando Dantas, do Estadão:
Subitamente, parece que o risco político encolheu-se para o fundo do palco, e o mercado passou a tolerar bastante bem fatos que provocariam choro e ranger de dentes no governo anterior: um déficit fiscal imenso no ano, com perspectivas de se replicar em boa medida em 2017, reforçado pelos aumentos acertados com o funcionalismo, em geral, e o Judiciário, em particular, e tudo isso tendo como contrapartida duas iniciativas – o limite do gasto e a reforma da Previdência – que têm todos os ingredientes que nas últimas décadas provocaram resistência e rejeição ferozes por parte dos parlamentares.
Imagina Dilma espalhando aumentos e dando moratórias a dívidas com a União, justo no momento em que a arrecadação afunda!
Mas agora pode, não tem problema, como se o dinheiro fosse brotar do nada, cair do céu, feito chuva…
É óbvio que não.
Já se viu o porque de a equipe econômica ter “descoberto” que o “rombo” seria bem maior do que o previsto na gestão Dilma, nas contas do então ministro Nélson Barbosa: não era, mas passaria a ser.
O tamanho da “folga” com que as finanças públicas estão sendo tratadas é diretamente proporcional ao arrocho que sofrerão depois de consumado o objetivo de entronizar definitivamente Michel Temer no Palácio do Planalto.
Isso é cristalino e todos eles – e a imprensa – o sabem.
Até porque não há condições políticas de aumentar impostos e muito menos qualquer sinal que a ponta da arrecadação vá ajudar, crescendo junto com a atividade econômica. Ao contrário, ainda vai continuar caindo, embora já tenha caído tanto que as taxas serão menores, porque estamos na parte baixa da curva, mas bem longe de sua viragem.
Ou alguém acha que em seis meses ou pouco mais os Estados recuperarão suas finanças sem promoverem massacres funcionais e nos serviços que prestam à população? E, no plano federal, nem mesmo do teto de aumento zero dos gastos se chagará. Será redução real, mesmo, impiedosa, dos gastos sociais.
A frase da qual tanto gostam os neoliberais, popularizada por seu guru Milton Friedman, de que que não há almoço grátis, aqui vai se refletir no preço do jantar em que o Brasil será servido pelo governo Temer.

"CUNHA PINÓQUIO"

Sarney forever…Filho nomeia irmão do cunhado no Meio Ambiente

tutankaney
O achado é do Marcelo Auler.
Na partilha promovida por Michel Temer, coube ao clã Sarney o Ministério do Meio Ambiente, que ficou com  José Sarney Filho.
E o Filho não demorou.
Já nomeou Samir Jorge Murad, irmão do Cunhado Ricardo Jorge Murad, o marido da Filha, a ex-governadora do Maranhão.
Não se discute as qualidades profissionais do Dr. Samir.
Mas que é chocante ver como a dinastia Sarney vai completando seis décadas de poder, é.
Democracia, ditadura, chuva, sol, não tem tempo ruim para eles.
É caso para egiptólogos.

PARA REFLEXÃO:

Violência e prisão de jornalistas vira rotina. Mais uma, em MG. É assim nas ditaduras

veronica
Do Facebook do Sindicato dos Jornalistas de Minas Gerais:
– PM: “Ele está dando uma ordem pra você” (e desliga à força o microfone da repórter)
– Repórter: “Por que você tirou isso aqui?” (o cabo do microfone)
– PM: “Pra você sair do local” (em seguida a repórter é cercada por policiais e é presa)”
Assista ao vídeo com o flagrante da violência da Polícia Militar de Minas Gerais contra o livre trabalho da imprensa. A repórter Verônica Pimenta, da rádio Inconfidência e diretora do Sindicato dos Jornalistas, foi presa na manhã de hoje em Belo Horizonte, em situação de abuso de poder policial, enquanto cobria a retirada das famílias das ocupações Maria Vitória e Maria Guerreira. Atentar contra a liberdade de imprensa é uma grave violação ao estado democrático de direito e aos Direitos Humanos. O Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais está neste momento na delegacia em que Verônica está presa, tomando as devidas providências.
No vídeo você vê que a repórter não fez qualquer provocação ou tomou qualquer atitude que pudesse interferir no trabalho policial. Ao contrário, expressava-se com calma e ponderação.
Nenhuma razão, nem mesmo pretensa razão, para ser afastada. Menos ainda para ser presa.
De “não acontece nada” em “não acontece nada”, daqui a pouco acontece tudo.
Os governadores, quando não açulam os policiais, se acovardam.
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QUEM SERÁ O PRÓXIMO MINISTRO A CAIR ?

Pauta mastigada para a história do “ex-delator” de Temer e do dono da “fazenda do Temer”


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O coleguinha Fernando Molica, sujeito mais tranquilo que água de poço, como dizem os gaúchos, dá em seu Facebook o roteirinho básico do que deveria ser – se quiserem – um dos caminhos da apuração da história do “delator que delatou e agora não delata mais” o vice presidente Michel Temer como beneficiário de dinheiro vindo da empreiteira Engevix .
Para recordar:  [Temer] estava acompanhado de um dos donos da empresa Argeplan, o coronel da Polícia Militar João Baptista Lima Filho, tratado por ele como “pessoa de total confiança de Michel Temer”. Por meio de uma parceria com um fornecedor internacional, a AF Consult, Lima conseguiu, em 2012, um contrato de R$ 162 milhões na estatal e subcontratou a Engevix para realizar a obra.
Então Molica, pacientemente, traça o roteiro para quem quiser ligar os pontinhos:
“Como no caso daquele sítio frequentado pelo Lula e que recebeu minos da OAS e da Odebrecht, seria interessante investigar as ligações do presidente em exercício com a Argeplan e a Fazenda Esmeralda. Em maio, a ‘Folha’ registrou ( http://www1.folha.uol.com.br/…/1769501-mst-diz-achar-corres…) que o MST dissera ter encontrado na fazenda correspondência da Prefeitura da cidade endereçada a Temer.”
Eu também ajudo, reproduzindo o trecho a que Molica se refere:
A reportagem da Folha entrou na fazenda no final da tarde desta segunda. Lá, o MST mostrou a correspondência. Trata-se de um envelope tamanho ofício, com timbre da prefeitura local. Nele está escrito a caneta: ao “Dr Michel Temer”. Há ainda a inscrição “Enio (prefeito)” –Duartina é governada por Enio Simão (PSDB).
O documento contido no envelope é um pedido de reexame de contas da prefeitura no TCE (Tribunal de Contas do Estado).
Para chegar ao local, a reportagem perguntou a moradores da cidade onde era a fazenda Esmeralda. Eles explicaram o caminho para aFolha e citavam o local como “a fazenda do Temer”.
Foi o caso do motorista João Carlos de Oliveira, que acrescentou: “Se perguntar para qualquer um, vão dizer que a fazenda é do Michel Temer. É assim que as pessoas daqui conhecem o local”.
licitaMas tem mais, para quem quiser se aprofundar nas relações entre a Argeplan e a Engevix. Pelo menos uma vez, em 2014, as duas se associaram para formar oConsórcio Aeroportos do Brasil e disputaram licitação na Secretaria de Aviação Civil, no período em que Moreira Franco, braço direito de Temer, era Ministro.
Disputaram e ganharam!
Mas acabaram tendo o contrato não assinado, quando já se comentava na imprensa o fato de a Engevix já estar às voltas com a Lava Jato. A concorrência foi anulada.
Vê-se, então, que a ligação Engevix-Argeplan não se restringiu à Eletronuclear.
Ou enganar-me-ei?

PARA REFLEXÃO:

Vender o Brasil sem metáforas. É vender “o terreno”, mesmo, aos gringos

banana
Quando você ler matérias como esta Governo quer vender terras para estrangeiros, em que o Estadão anuncia que o Ministro da Agricultura Blairo Maggi vai propor mudanças na legislação fundiária não fique pensando que há no Brasil algum tipo de xenofobia, que impede empreendedores estrangeiros ou mesmo simples investidores de apostarem no potencial agrícola do país.
Não há, tanto que um cidadão ou uma empresa estrangeira, numa definição simplificada, pode comprar até 10% do território de cada município. Nas áreas remotas do interior, onde os municípios são imensos, 10% da área fignifica que podem ter propriedade de milhões – é isso mesmo, milhões – de quilômetros quadrados.
Aumentar isso – ou pior, eliminar qualquer limite, como sugere Maggi,  significa permitir a criação verdadeiros enclaves estrangeiros em território nacional.
E ninguém pense que será para plantar inocentes pés de soja ou cana de açúcar que vão avançar sobre a terra – terra física, mesmo – do país. Qualquer criança sabe que o sensoriamento remoto, por satélite, há muito permite a identificação, sem cavar uma pá de terra, de jazidas minerais de grande porte.
naoresidenteTemos dezenas de municípios  muito maiores que países inteiros da Europa, como a Bélgica.
E é bom também não achar que os gringos vão chegar para ajudar as áreas miseráveis do Nordeste a desenvolver a produção agropecuária.
O que querem – e em boa parte já têm, como você vê no gráfico ao lado, que não inclui, claro, os imigrantes que vieram para cá para trabalhar, mas só os “investidores” – são as áreas mais produtivas  do Sudeste, Sul e Centro Oeste, aquelas onde o nosso “agronegócio” não tem um pingo de dificuldade em competir no mercado mundial.
Mas que, no fundo, como acontece com a elite empresarial brasileira, pensa sempre em “transformar em dinheiro”, por a os juros obscenos do país e ficar deitando falação de que o povo brasileiro, sem terra e apoio para plantar ou fixar seus filhos á terra, não gosta de trabalhar.

HUMOR COM REFLEXÃO: