segunda-feira, 25 de abril de 2011

SEÇÃO: OPINIÃO

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AS VANTAGENS DO VOTO EM LISTA

Por: José Augusto

Há vários motivos, começamos com um exemplo:

Nas eleições de 2010, no Rio de Janeiro, o cantor Elymar Santos saiu candidato pelo PP. Ele sempre foi ativista e engajado contra o preconceito a portadores do HIV, e em campanhas de prevenção da AIDS. É claramente contra a homofobia. Mas como candidato "marinheiro de primeira viagem", teve 26 mil votos e não se elegeu. Seus votos ajudaram a eleger Jair Bolsonaro, mais bem votado no seu partido, o PP.

Devem ser poucos eleitores de Elymar Santos que votariam em Bolsonaro como segunda opção (e devem ser poucos eleitores de Bolsonaro que votariam em Elymar Santos). Se o voto fosse em lista, o eleitor teria clareza de estar votando na lista que conteria Bolsonaro e Elymar.

Talvez nem Elymar ingressasse no PP para ser candidato, se soubesse disso.

Outros motivos:

Quem decide as votações no parlamento são as bancadas coletivas e não indivíduos, por isso o eleitor é muito melhor representado em seus interesses se votar para eleger uma bancada, ou seja, votar em uma lista.

Deputados isolados, como franco atiradores, só servem ao egocentrismo dos que se acham paladinos da política, ou aos fisiológicos, que negociam seu voto através liberação de emendas ou nomeações.

É exagero dizer que os dirigentes dos partidos terão poderes excessivos para controlar a lista. A situação não é muito diferente da atual. A direção do partido é eleita. A direção do partido dá mais suporte às campanhas dos caciques que tem mais poder dentro do partido. Quem vence eleição para "cacique" de um partido, também obteria vitória na lista.

Mas a tendência é os partidos montarem a lista ou por consenso, ou por eleições internas quando não há consenso. Qualquer outra solução autoritária dentro do partido levaria os preteridos na lista a racharem o partido e não fazerem campanha para os cabeças da lista (muitos apoiariam adversários de outros partidos).

É aquela história: partido que não for democrático, a direção ganha, mas não leva, porque desmobiliza metade ou mais do partido.

Se um político não tem capacidade de articulação em um partido, também não terá boa atuação no Congresso, onde o bom desempenho depende de sua capacidade de articular na bancada a que pertence.

O voto em lista obriga as verdadeiras lideranças a se formarem primeiro dentro dos partidos, antes de se apresentarem aos eleitores. Torna mais difícil a eleição de aventureiros, que se elegem por poder econômico ou por mera fama, sem ser um líder consistente de fato.

Hoje, os candidatos disputam contra colegas do mesmo partido, se acotovelando, para chegar na frente do colega, durante a campanha eleitoral. O vale-tudo inclui alianças informais com deputados estaduais, prefeitos e vereadores até de partidos adversários. O voto em lista, leva essa disputa interna para dentro do partido na prévia para montar a lista, antes da campanha eleitoral, tornando a campanha em si mais limpa, mais propositiva, mais consciente, mais barata e menos poluída.

A maioria dos eleitores não se lembram em quem votou para deputado. Portanto há um exagero em defender o voto nominal como se fosse algo de grande interesse da maioria dos eleitores.

Só 30% dos eleitores vêem seu candidato a deputado eleito. Os 70% dos votos dos demais eleitores ajudam a eleger o candidato "do outro" (o caso de quem votou no Elymar Santos e elegeu Bolsonaro). Na prática, esses 70% dos eleitores já estão votando em lista sem querer, mas numa lista aleatória que só fica clara após a abertura das urnas, porque o eleitor não tem idéia de para quem seu voto vai. Com o voto em lista ele teria idéia clara de para quem vai seu voto.

O eleitor que faz questão de influir no voto nominal, pode e deve filiar-se ao partido do candidato de sua preferência e votar internamente na montagem prévia da lista do partido. Por isso é errado dizer que a lista tira o eleitor do processo de escolha. Quem acha importante se engajar por alguém, deve fazê-lo de verdade, frequentando as instância partidárias.

Voto em lista é pensar no coletivo, em pessoas que se juntam para reunir forças transformadoras da sociedade, pelo bem comum, e não pensar no individualismo de falsos paladinos.

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SEÇÃO: EDUCAÇÃO

PÉROLAS DA UFRJ

As redações do vestibular da UFRJ acabam de ser corrigidas.
Eis as pérolas deste ano:

1)-A Sobrevivência de um Aborto Vivo (título);
2)-O Brasil é um País abastardo com um futuro promissório;
3)-O maior matrimônio do País é a educação;
4)-Precisamos tirar as fendas dos olhos para enxergar com clareza o número de famigerados que almenta (sic);
5)-Os analfabetos nunca tiveram chance de voltar à escola;
6)-O bem star (sic) dos abtantes endependente (sic) de roça, religião, sexo e vegetarianos, está preocupan-do-nos;
7)-É preciso melhorar as indiferenças sociais e promover o saneamento de muitas pessoas;
8)-Também preoculpa (sic) o avanço regessivo da violência;
9)-Segundo Darcy Gonçalves (Darcy Ribeiro) e o juiz Nicolau de Melo Neto (Nicolau dos Santos Neto)...;
10)-E o presidente onde está? Certamente em sua cadeira fumando baseado e conversando com o presidente dos EUA.


SEÇÃO: POLÍTICA

Carta Maior: Entre o bombom de cupuaçu e o bafômetro


O excelente Quanto Tempo Dura? brincou: e se fosse o Lula? E se o Lula tivesse se recusado a passar pelo teste do bafômetro? E se o Lula tivesse levado sete pontos na carteira e tomado a multa — que equivale a de alguém que dirige alcoolizado?


por Luiz Carlos Azenha


A Carta Maior levou o desafio ao pé da letra e foi buscar um exemplo de como a Folha de S. Paulo se comportou em uma situação muito menos grave que envolveu Lula: o caso do bombom de cupuaçu.


Escreveu a Carta, em texto que se tornou viral na rede:


Sem dúvida o aspecto mais chocante no episódio da blitz da Lei Seca, no Rio, que flagrou Aécio Neves dirigindo com habilitação vencida e metabolicamente impossibilitado de soprar o bafômetro, não foi o fato em si , mas o comportamento da mídia demotucana. Os blindados da ‘isenção’ entraram em cena para filtrar o simbolismo do incidente, ‘um episódio menor’, na genuflexão de um desses animadores da Pág 2 da Folha. Menor? Não, nos próprios termos dele e de outros comentaristas do diário em questão. Recordemos. Em 24 de novembro de 2004, Lula participou da cerimônia de inauguração de turbinas da Usina de Tucuruí, no Pará. No palanque, sentado, espremido entre convidados, o presidente comeu um bombom de cupuaçu, jogou o papel no chão. Fotos da cena captada por Luiz Carlos Murauskas, da Folha, saturaram o jornalismo isento ao longo de dias e dias. Ou melhor , anos e anos. Sim, em 2007, por exemplo, dois colunistas do jornal recorreriam às fotos de Tucuruí para refrescar o anti-petismo flácido do eleitor que acabara de dar um novo mandato a Lula. O papel do bombom foi arrolado por um deles como evidencia de que o país caminhava a passos resolutos para a barbárie: “Só falta o osso no nariz’, arrematava Fernando Canzian (23-07-2007) do alto de sofisticada antropologia social. Sem deixar por menos, Fernando Rodrigues pontificaria em 09-04-2007: “…Respira-se em Brasília o ar da impunidade. Valores republicanos estão em falta. Há exemplos em profusão (…) em 2004, Lula recebeu um bombom. … O doce foi desembrulhado e saboreado. O papel, amassado. Da mão do petista, caiu ao chão. Lula seguramente não viu nada de muito errado nesse ato. Deve considerá-lo assunto quase irrelevante. …Não é. No Brasil é rara a punição -se é que existe- para pequenas infrações como jogar papel no chão. Delitos milionários também ficam nos escaninhos do Judiciário anos a fio (…) Aí está parte da gênese do inconformismo de alguns, até ingênuos, defensores de uma solução extrema como a pena de morte. Gente que talvez também jogue na calçada a embalagem do bombom de maneira irrefletida. São “milhões de Lulas”, martelava o jingle do petista. São todos a cara do Brasil…” (Carta Maior; Domingo, 24/04/2011)


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Leia a íntegra no excelente blog do Azenha:


http://www.viomundo.com.br/opiniao-do-blog/a-radiografia-da-carta-maior-sobre-a-midia-brasileira.html

segunda-feira, 11 de abril de 2011

SEÇÃO DE HUMOR

Propaganda original: CERVEJÃO NOVA SKIN (Vetada pela Skin)

"Escuta aqui você:
Eu tô na casa de um amigão,
eu tô jogando um pokerzão,
eu tô bebendo um cervejão,
e não vou agora não!!!".


Resposta da mulher:


Há é?!
Pois eu tô aqui no seu camão,
Com o Ricardão,
Bebendo um cervejão,
E não venha mesmo NÃO!!.
Vacilãoooooooooooo.


Resposta do Homem:
Então tá Bão,
Vou terminar de jogar meu pokerzão,
Vou tomar mais um cervejão,
Depois eu vou pro Bailão,
Vou Pegar um mulherão,
Vou levar pro MOtelzão,
E não vou agora mesmo NÃO!!!!!


Resposta da Mulher:
Pode ir pro motelzão,
Pode levar qualquer putão,
Eu vou pedir a separação,
E vc não vai mais tocar neste corpão,
E ainda vai ter que pagar pensão...


Resposta do Homem:
Desculpa coração
te peço perdão
te quero paixão
foi tudo ilusão
te amo de montão


Reposta final da mulher:
não desculpo não!
te troquei pelo ricardão!
não quero vc mais não!
zerei o seu cartão !
e trata de pagar a pensão
senão vai ser outro vacilão
dormindo na prisão!



Resposta do Homem:

NÃO SABE BRINCAR..NÃO?

TEXTO PARA REFLEXÃO:

Nascidos antes de 1980
(Autor Desconhecido)


Pensando bem, é difícil acreditar que estejamos vivos até hoje!

Quando éramos pequenos, viajávamos de carro sem cintos de segurança, sem ABS e sem air-bags.

Os vidros de remédios ou as garrafas de refrigerantes não tinham nenhum tipo de tampinha especial, nem data de validade.

E tinham também aquelas bolinhas de gude, que vinham embaladas sem instruções de uso.

A gente bebia água da chuva, da torneira e nem conhecia água engarrafada. Que horror!

Andávamos de bicicleta sem usar nenhum tipo de proteção e passávamos as tardes construindo nossas pipas ou nossos carrinhos de rolimã...

A gente se jogava nas ladeiras e esquecia que não tinha freios, até que déssemos de cara com a calçada ou com uma árvore e, depois de muitos acidentes de percurso, aprendíamos a resolver o problema, sozinhos!

Nas férias, saíamos de casa de manhã e brincávamos o dia todo; nossos pais, às vezes não sabiam exatamente onde estávamos, mas sabiam que não estávamos em perigo.


Não existiam os celulares. Incrível!

A gente procurava encrenca. Quantos machucados, ossos quebrados e alguns dentes moles dos tombos.

Ninguém denunciava ninguém. Eram só 'acidentes' de moleques; na verdade, nunca encontrávamos um culpado.

Você lembra destes incidentes? Janelas quebradas, jardins destruídos, as bolas que caíam no terreno do vizinho... Existiam as brigas e, às vezes, muitos pontos roxos. Mesmo que nos machucássemos e chorássemos,

passava rápido; na maioria das vezes, nem mesmo nossos pais vinham a descobrir.

A gente comia muito doce, pão com muita manteiga, mas ninguém era obeso. No máximo, um gordinho saudável. Nem se falava em colesterol.

A gente dividia uma garrafa de suco, refrigerante ou até uma cerveja escondida, em três ou quatro moleques, e ninguém morreu por causa de vermes!

Não existia o Playstation, nem o Nintendo.

Não tinha TV a cabo, nem videocassete, nem Computador, nem Internet...

Tínhamos, simplesmente, amigos!

A gente andava de bicicleta ou à pé. Íamos à casa dos amigos, tocávamos a campainha, entrávamos e conversávamos.

Sozinhos, num mundo frio e cruel, sem nenhum controle.

Como sobrevivemos?

Inventávamos jogos: com pedras, feijões ou cartas.

Brincávamos com pequenos monstros: lesmas, caramujos, e outros animaizinhos, mesmo se nossos pais nos dissessem para não fazer isso!

Os nossos estômagos nunca se encheram de bichos estranhos!

No máximo, tomamos algum tipo de xarope contra vermes e outros monstros destruidores, um tal de óleo de rícino!

Alguns estudantes não eram tão inteligentes quanto os outros e tiveram que refazer a segunda série.

Que horror!

Não se mudavam as notas e ninguém passava de ano, mesmo passando. As professoras eram insuportáveis! Não davam moleza.

Os maiores problemas na escola eram: chegar atrasado, mastigar chicletes na classe ou mandar bilhetinhos falando mal da professora. Correr demais no recreio ou matar aula, só para ficar jogando bola no campinho.

As nossas iniciativas eram 'nossas' mas, as conseqüências também. Ninguém se escondia atrás do outro.

Os nossos pais eram sempre do lado da Lei quando transgredíamos a regras.

Se nos comportávamos mal, nossos pais nos colocavam de castigo e, por incrível que pareça, nenhum deles foi preso por isso.

Sabíamos que, quando os pais diziam 'não', era 'não'.

A gente ganhava brinquedos no Natal ou no aniversário, não todas as vezes que ia ao supermercado.

Nossos pais nos davam presentes por amor, nunca por culpa.

Nossas vidas não se arruinaram porque não ganhamos tudo o que gostaríamos, que queríamos...

Esta geração produziu muitos inventores, artistas, amantes do risco e ótimos 'solucionadores' de problemas.

Nos últimos 50 anos, houve uma desmedida explosão de inovações, tendências.

Tínhamos liberdade, sucessos, algumas vezes problemas e desilusões, mas tínhamos muita responsabilidade.


Não é que aprendemos a resolver tudo, e sozinhos?

Se você é um destes sobreviventes, parabéns.

Você curtiu os anos mais felizes de sua vida.

É isso............

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TEXTO PARA REFLEXÃO:

"NENHUMA ESCOLA É UMA ILHA"

A tragédia no Realengo, a meu ver, pode e deve ser início de um debate importante sobre a nossa sociedade.


A tragédia na escola do Rio de Janeiro acontece num contexto bastante relevante. Em outubro de 2009, Geyse Arruda foi hostilizada por seus colegas de faculdade porque, segundo eles, ela não sabia se vestir de modo “apropriado” para freqüentar as aulas. Em junho de 2010, Bruno, goleiro do Flamengo, é suspeito de matar a ex-namorada, Elisa Samudio, por não querer pagar pensão ao filho. Suposta garota de programa, Samudio foi hostilizada na opinião de muitos brasileiros. Após rompimento, Mizael Bispo, inconformado, mata sua ex-namorada Mércia Nakashima em maio de 2010. Em novembro de 2010, grupos de jovens agridem homossexuais na Avenida Paulista, enquanto Mayara Petruso incita o assassinato de nordestinos pelo Twitter. E mais recentemente, em cadeia nacional, Jair Bolsonaro faz discurso de ódio contra homossexuais e negros. Tudo isso instigado e complementado pelo discurso intolerante, preconceituoso, conservador e mentiroso do candidato José Serra à presidência da República. A mídia? Estava ao lado de Serra, corroborando em suas artimanhas, reforçando preconceitos contra Dilma, contra as mulheres e contra os tantos mais “adversários” do candidato tucano.


Wellington matou mais meninas na escola carioca. Se, por um lado, jamais saberemos as reais razões que o fizeram agir dessa forma, por outro sabemos o quanto a sociedade brasileira tem sido, no mínimo, indulgente com atos de intolerância, machismo, ódio e preconceito contra mulheres, negros e homossexuais. Se não há uma ligação direta entre esses diversos acontecimentos, eles pelo menos nos fazem pensar o quanto vale a vida de alguém em um contexto de tantos ódios? Quantas mulheres morrerão hoje vítimas do machismo? Quantos gays sofreram violência física? Quantos negros sentirão declaradamente o ódio racial que impregna o nosso país? O que é o bullying se não o prolongamento para a escola desse tipo de mentalidade? Quantas pessoas apoiaram as declarações de ódio de Bolsonaro via Facebook? Aquilo que acontece no ambiente escolar nada mais é do que um microcosmo do que a sociedade elege como valores primordiais. E o Brasil, que por tanto tempo negou a “pecha” de racista e preconceituoso, vê sua máscara cair.


Não adianta culpar o bullying, achando que ele é um problema de jovens, um problema das escolas. Não adiante grades e detectores de metal nas entradas ou a proibição da venda de armas. Como professora, sei que o que os alunos reproduzem em sala nada mais é do que ouviram da boca de seus pais ou na mídia. Não adianta pedir paz e tolerância no colégio enquanto a mídia e a sociedade fazem outra coisa. Na escola, o problema do bullying é tratado como algo independente da realidade política, econômica e social do país. Mas dá pra separar tudo isso? Dá pra colocar a questão só em “valores” dos adolescentes, da influência do malvado do computador ou dos videogames? Ou é suficiente chamar o ato de Wellington de uma “violência pós-moderna” sem explicação? Das muitas agressões cotidianas, a da escola do Realengo é apenas uma demonstração da potencialidade de nossos ódios. A única coisa que me pergunto é: teremos a coragem de fazer esse tipo de discussão?


Ana Flávia C. Ramos é professora, historiadora pela Unicamp

SEÇÃO DE HUMOR

Título da Piada: "O Último Romântico"

Num barzinho, o sujeito resolve abordar uma loira de uma maneira pouco natural:

— Como você é bela! Case-se comigo e eu te farei a mulher mais feliz do mundo! Por você, atravessarei oceanos, escalarei montanhas, cruzarei fronteiras, descerei despenhadeiros, nadarei através das correntezas...

A loira se levanta e vai mudando de lugar, quando o cara a interpela:

— Ei! Moça, o que foi? Não quer se casar comigo?

E ela responde:

— Eu, hein? Pra que eu vou querer um marido que não pára em casa?