quinta-feira, 5 de junho de 2014

HUMOR:

romantismo-testosterona

O "SUBMUNDO DE AÉCIO NEVES"

Por: KIKO NOGUEIRA
(TEXTO EXTRAÍDO DO:  Diário do Centro do Mundo:)

O “SUBMUNDO” DE AÉCIO NEVES



O submundo a que gosta de se referir Aécio Neves — responsável, segundo ele, pela disseminação de boatos acerca de sua pessoa — é uma resposta padrão a tudo o que ele não controla.

Não que Aécio não esteja acostumado a operar num submundo. O fogo cruzado entre ele e Serra, através de dossiês, tráfico de influência e outras práticas, gerou alguns dos capítulos mais sujos da vida pública nacional.

O hoje clássico artigo “Pó pará, governador”, publicado no Estadão por um jornalista ligado a Serra, e uma coluna do próprio José Serra na Folha, no dia em que Aécio anunciou sua pré-candidatura, são lembretes eloquentes desse tipo de operação. O texto foi citado por Fernando Barros e Silva no Roda Vida. “O debate sobre o consumo de cocaína no Brasil pode e deve ser uma pauta em 2014”, escreveu JS, o Profeta da Mooca.

A inabilidade e o desconforto de Aécio em lidar com questões incômodas fez com que adotasse essa tática de 1) atribuir os “ataques” a uma entidade fantasiosa, mas com apelo populista; e 2) desqualificar e intimidar quem ouse tocar em assuntos fora da pauta combinada.

Funcionou por um tempo. Aécio sempre teve a imprensa mineira na mão e não achou, provavelmente, que teria maiores problemas.

Há um interessante documentário de Marcelo Baeta sobre as pressões e acordos de seu governo com a mídia local. Uma das histórias é a de Marco Nascimento, ex-diretor da Globo em MG, que produziu uma reportagem sobre o crack no bairro de Lagoinha, em Belo Horizonte. A matéria passou no Jornal Nacional.

A repercussão foi enorme. Nascimento conta que passou a receber telefonemas de Andrea Neves, uma espécie de Golbery do irmão, braços direito e esquerdo, aliada e eminência parda. Para resumir: Nascimento foi demitido pouco depois, evidentemente que sob uma alegação técnica.

(Há vários outros casos — alguns, eventualmente, pândegos. Um jornalista mineiro me contou que Aécio, depois de uma briga com a namorada, mandou avisar o jornal O Estado de Minas que preparasse um “flagrante” da reconciliação numa praça. A foto do pseudopaparazzo foi feita e saiu na primeira página. Houve uma crise porque o retrato deveria ter sido publicado na coluna social, o que daria menos bandeira de que foi encomenda).

O vídeo de Baeta foi acusado pelo pessoal de Aécio de — surpresa — “coisa difundida pelo PT na internet”. Desde 2006, portanto, é basicamente o mesmo subterfúgio. Quando você tem tudo sob controle, num estado em que sua família manda e desmanda há décadas, fica mais fácil.

Mas a fila andou. Não é apenas em suas propostas que Aécio não viu o tempo passar. É um erro de cálculo brutal achar que o Brasil é uma extensão de sua fazenda. É muita arrogância, inépcia — ou a mistura de ambos — pensar que questões como a das drogas ficariam restritas a uma noite no Mineirão com o estádio fazendo coro (infelizmente, pegaria mal dar sumiço naquele povo todo).

A noção de submundo de Aécio Neves terá de passar a incluir, obrigatoriamente, seus “amigos”, colegas de partido e, principalmente, ele mesmo e sua turma.

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"BARBOSA DEIXOU O STF PARA NÃO DESCER DO PEDESTAL"

Sugerido por Maria Carvalho
Da Carta Maior
Barbosa deixou o STF para não descer do pedestal. Sem o mensalão, sua vida na Suprema Corte acabou. Não tem mais razão de ser. É ladeira abaixo.
 
Antonio Lassance
A pergunta mais importante sobre Joaquim Barbosa é a mesma que Marx expressou em "O 18 Brumário de Luís Bonaparte": é preciso refletir sobre as circunstâncias e condições que possibilitaram a um personagem medíocre e grotesco desempenhar um papel de herói.
Joaquim Barbosa tem muito em comum com o ex-presidente Jânio Quadros.
Ambos renunciaram aos cargos que eram o ponto máximo que cada qual almejou em sua carreira. Jânio largou a Presidência da República. Barbosa abdicou de seu trono no Supremo.
Jânio fez sucesso falando em acabar com a corrupção e tratando os políticos, genericamente, como bandidos - a principal vítima foi o presidente Juscelino Kubitschek. Barbosa fez algo muito parecido. Só não empunhou a vassourinha.
Jânio isolou-se politicamente. Depois que renunciou, só se falava de quem assumiria em seu lugar. No caso, era João Goulart, tratado como um perigo.
Barbosa saiu e seu futuro substituto na presidência do STF, Ricardo Lewandowski, é alvo de mil e uma hostilidades.
Barbosa deixou o STF para não descer do pedestal. Sem o mensalão, sua vida na Suprema Corte acabou. Não tem mais razão de ser. É ladeira abaixo.
Barbosa brigou e isolou-se de praticamente todos os seus pares e de todos os seus apoiadores.
A ojeriza é seu principal currículo. A desmoralização de tudo e de todos foi seu principal discurso e uma maneira fácil de conseguir muitos adeptos.
Nunca alguém em uma posição tão qualificada foi tão bom martelo para os golpes dos que se interessam não em mudar a política, mas simplesmente em desqualificá-la.
Para juízes, advogados e membros do Ministério Público, Barbosa começou como uma boa promessa e terminou como uma grande decepção.
Eles o consideravam sangue novo no Supremo. Era alguém que poderia levar adiante causas importantes e, muitas vezes, esquecidas.
Barbosa saiu do STF virando as costas para essas grandes causas. Nem mesmo aquelas que seriam óbvias para alguém com sua origem tiveram seu entusiasmo.
A demarcação de terras quilombolas e indígenas, por exemplo, continua intocada. É uma obra inacabada sobre a qual Barbosa não moveu uma palha.
A demarcação da reserva Raposa Serra do Sol, objeto de uma decisão do STF em 2009, só teve seu acórdão publicado quatro anos depois - mesmo assim, sem que fosse considerada como regra geral a ser aplicada a outros casos.
Tribunais de todo o país aguardam, há anos, decisões sobre um número recorde de processos que dependem do STF. Um legado da gestão Barbosa foi o de transformar o STF no gargalo supremo da Justiça brasileira.
A AP 470, considerada por alguns como seu "grande legado" e, por ele mesmo, como ponto alto da história do STF, sequer estabeleceu critérios para se tratar casos homólogos, como o mensalão do PSDB e o do DEM.
O legado da AP 470 se resume a meia dúzia de presos, e não a qualquer avanço no combate à corrupção. Sequer firmou-se um critério de julgamento para casos futuros. Portanto, não é exemplo de nada.
Barbosa tratou seus pares a pontapés; generalizou acusações contra advogados e juízes, como se todos fossem maçãs podres; mandou jornalistas chafurdarem no lixo.
Tudo isso atraiu a atenção e até o entusiasmo de quem não gosta de advogados, juízes, jornalistas e políticos. Mas o que trouxe de construtivo para o País? O que gerou de mudança? Absolutamente nada.
Barbosa é tão importante para a história do País quanto um Jânio Quadros. Arrogância, destempero verbal e o gosto por tratar quem quer que seja como corrupto podem até angariar simpatia, mas até hoje não trouxeram qualquer contribuição efetiva para mudar a política.
Pouco importa o destino de Barbosa. A única dúvida relevante que fica é a mesma que Marx expressou em "O 18 Brumário de Luís Bonaparte": é preciso refletir sobre as "circunstâncias e condições que possibilitaram a um personagem medíocre e grotesco desempenhar um papel de herói”.

(*) Antonio Lassance é cientista político.

HUMOR:"RECEITA PARA O CORAÇÃO PARTIDO"

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PARA OS QUE TÊM COMPLEXO DE "VIRA-LATAS" AMBIENTAL NO BRASIL

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Texto escrito por FERNANDO BRITO (extraído do site TIJOLAÇO, em 05/06/2014) 
É pouco.
Ninguém é idiota de achar que não se atenta, e muito, contra o meio-ambiente no Brasil.
E que é só dar uma cochilada que a turma da motosserra volta.
Mas que não é lúcido dar conversa ao pessoal que lá do mundo desenvolvido – e devastado – grita querendo que o Brasil não use racionalmente suas riquezas.
E que acha que deveríamos ser o “parque ecológico” de quem destruiu sua própria natureza para se tornar rico e, sobretudo, perdulário emrecursos naturais.
Devemos preservá-los  para nosso povo poder viver melhor e usá-los por mais e mais tempo.
Deu no caderno especial da Folha, sem direito sequer à primeira página e com muito menos destaque que as críticas “marinistas”.
“(…) a redução do desmatamento da Amazônia já trouxe uma grande contribuição no combate à mudança climática, mais do que qualquer outro país na Terra. Graças a esse feito, o Brasil pode estar certamente muito orgulhoso”.
Não foi a Dilma quem disse.
Foi a Union of Concerned Scientists (União de Cientistas Preocupados, numa tradução livre), uma respeitadíssima instituição americana.
E sem economizar elogios ao governo brasileiro.
No release que acompanha o relatório sobre casos de sucesso no combate ao desmatamento lançado ontem, as razões ficam claríssimas.
” Dois dos mais fortes apoiantes iniciais do conceito ( de redução deemissão de gases ) foram a Noruega, que prometeu US $ 2,5 bilhões para o esforço, e do Brasil, que anunciou um plano nacional para reduzir a sua taxa de desmatamento de 80 por cento até 2020 (em comparação com a taxa média ao longo da década 1996-2005) e mais tarde fez parte deste compromisso de seu direito interno. 
Entre 2005 e 2010, o Brasil quase atingiu o seu objetivo, uma década antes do previsto. Dados de 2009-2010 mostrou que a área do Brasil do desmatamento, que em média 19.508 quilômetros quadrados (km2) por ano durante a década de base de 1996-2005, caiu 67 por cento, para apenas 6.451 km2. 
Análise da UCS dessa mudança, através de uma fórmula para a conversão de área desmatada para as emissões de CO2 com base no trabalho do instituto de pesquisa Imazon, estima uma redução na poluição do aquecimento global no Brasil de cerca de 1 bilhão de toneladas. 
Noruega comprometeu US $ 1 bilhão para compensar o Brasil por sua reduções de emissões; o primeiro pagamento de US $ 110 milhões, foi feita em 2009.
(…) Assim, a cooperação dos dois países já atingiu uma redução na poluição do aquecimento global comparável às reduções que tanto os Estados Unidos ea Europa União só se comprometeram a atingir até 2020.
(…)o que é ainda mais impressionante é que o Brasil tem alcançado este sucesso, aumentando simultaneamente a produção agrícola e reduzir significativamente a fome e a pobreza.
Marina Silva não precisa ficar com ciúmes, pois o relatório também a elogia e traz até uma simpática fotografia dela e também menciona as reservas criadas por FHC.
Mas credita “ao apoio político de Lula” a ferramenta essencial na política de combate ao desmatamento e à decisão governamental de assumir compromisso espontâneos com a redução de emissão gases-estufa, anunciada por Dilma Rousseff na Conferência Mundial do Clima em Copenhague, a COP-15, em 2009.
Aliás, criticada por Marina Silva e José Serra, que queriam mais, naquela linha de que o ótimo é o melhor inimigo do bom.