sábado, 28 de abril de 2018

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Os golpistas estão levando o Brasil ao abismo, por Professora Bebel

Os golpistas estão levando o Brasil ao abismo
por Professora Bebel
A manchete do jornal O Estado de S. Paulo desta sexta-feira, 27/4, ("Investimento público atinge o menor nível em 5 décadas") é a melhor e mais chocante demonstração de que o impeachment inconstitucional da Presidenta Dilma Rousseff representou um golpe contra o nosso país e contra o povo brasileiro.
Esse brutal desinvestimento é consequência direta da chamada PEC da morte, a Emenda Constitucional 95, que congela os gastos públicos por 20 anos aos níveis de 2016, provocando a redução real do papel do Estado na economia e na vida do País, desviando recursos para a geração de superávit primário e pagamento de dívidas especuladores financeiros e, ao mesmo tempo, abrindo caminho para terceirizações e privatização dos serviços públicos.
A reportagem do "Estadão" diz que "o investimento público no Brasil chegou ao fundo do poço em 2017, quando União, Estados e municípios investiram o equivalente a 1,17% do Produto Interno Bruto (PIB) – o menor nível em quase 50 anos.A situação é tão grave que, no ano passado, o dinheiro aplicado pelos três níveis de governo não foi suficiente sequer para garantir a conservação de estradas, prédios e equipamentos que pertencem ao poder público."
Diz ainda o jornal que "o chamado "investimento líquido negativo" já aparece nas contas do Tesouro em 2016, mas se agrava em 2017. A série histórica dos investimentos construída pelos economistas Rodrigo Orair e Sergio Gobetti, do Ipea, indica que, antes de 2017, os episódios de menor investimento público foram registrados em 1999 e 2003, quando atingiram cerca de 1,5% do PIB, mas logo voltaram a crescer."
Os números acima são incontestáveis. Os golpistas estão levando o Brasil a um limite insustentável do ponto de vista econômico e social, cujas consequências podem ser observadas nas ruas das nossas cidades. Há cortes profundos e progressivos nos programas sociais, o desemprego atingiu mais de 13 milhões de pessoas em março de 2018 (12,6% da população economicamente ativa). Em 2017 a pobreza extrema se elevou em 11%. Conforme os números publicados pelo jornal Valor Econômico, 14,8 milhões de brasileiros são miseráveis —considerando uma linha de R$ 136 mensais. Neste quesito, o Brasil retrocedeu 10 anos desde que o golpe foi consolidado, em agosto de 2016. 
O desinvestimento público provoca um círculo vicioso que trará ainda mais retração da atividade econômica, consequentemente menor arrecadação para o Estado, em todos os seus níveis e, novamente, menores taxas de investimento público. Com isso, perde o Estado capacidade de suprir os serviços sob sua responsabilidade, gerando piora nas condições de vida da população mais pobre, mais doenças, menor disponibilidade de atendimento médico-hospitalar, extinção das políticas de saúde preventiva e outras consequências em série.
As consequências na educação pública também se fazem sentir. As escolas estão cada vez mais abandonadas e os profissionais da educação são desvalorizados. São Paulo, o mais rico estado da Federação, pela primeira vez está pagando salários-base abaixo do piso salarial profissional nacional, que foi uma grande conquista da nossa categoria. Temer não apenas revogou a lei que destinava 75% dos royalties do petróleo para a educação e 25% para a saúde como vetou no orçamento de 2018 a prioridade para o financiamento da implementação do Plano Nacional de Educação (PNE).
Não há outro caminho se quisermos impedir a continuidade desse processo de destruição da economia do nosso país: intensificar a mobilização, denunciar a natureza do golpe em curso, esclarecer a população, lutar pelo restabelecimento da democracia no país, para que o Brasil possa retomar o caminho do desenvolvimento econômico, com distribuição de renda e justiça social.
Nós, da APEOESP, temos este compromisso e estamos firmes na trincheira da luta juntamente com toda a classe trabalhadora brasileira.
Professora Bebel - Presidenta da APEOESP
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Agora o “barbeta” já não para mais, doutores

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É de dar risada na nota  da Folha, hoje, dizendo que o Supremo Tribunal Federal cogita em abrir uma ação contra o  procurador Carlos Fernando dos Santos Lima, o guru “barbeta” da Lava Jato (a expressão é “roubada” da que Brizola usava sobre um cidadão de hábitos parecidos, o “Fonsequinha”).
Ministros da corte acreditam que ele passou dos limites com as reiteradas críticas que faz ao tribunal –elas se enquadrariam nos crimes de injúria e difamação, punidos com detenção e multa.
Os magistrados esperam que providências sejam tomadas pela própria PGR (Procuradoria-Geral da República) ou pelo CNMP (Conselho Nacional do Ministério Público). Caso isso não ocorra, a corte abriria inquérito. Procurado, Santos Lima não se manifestou.
Não consigo deixar de lembrar de um professor dos tempos do Ginásio Luís de Camões, no Grajau, nas aulas de quem grassava uma guerra de bolinhas de papel daquelas de José Serra nenhum botar defeito. Quando já considerávamos instalar ogivas nucleares no papel amassado, o cidadão virava-se de frente e dizia: “se pegar em mim ponho para fora de sala”. É óbvio que o coitado já tinha sido atingido por vários dos nossos projéteis juvenis.
Na sala de aula ou no Judiciário, isso não vai parar mais, porque o professor e o Supremo deixaram a coisa ir longe demais.
Carlos Fernando, Deltan Dallagnol, Sérgio Moro e outros vão seguir nesta trilha, porque sabem que se formou uma ensandecida base midiática para que procedam desta maneira, que acaba por enquadrar qualquer um que, discordando deles, limite-se a advertências suaves, quando muito.
Mas é de duvidar que nossos valentes juízes supremos consigam ir além dos arroubos de Gilmar Mendes e do gaguejar dos demais.
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Brasil tem o menor número de carteiras de trabalho assinadas em 6 anos, diz IBGE

SOBREDESEMP
O Brasil atingiu o menor número de trabalhadores de carteira assinada dos últimos seis anos, revelou hoje o IBGE, em sua pesquisa trimestral por amostra domiciliar.
Pela primeira vez no período o número foi inferior a 33 milhões de pessoas, num total de 90,5 milhões de pessoas consideradas ocupadas no trimestre janeiro-fevereiro-março deste ano.
O total de pessoas desocupadas (sem emprego ou “bico”) chegou a 13,7 milhões, num impressionante salto de 1,5 milhão de pessoas sem ocupação a mais em relação ao trimeste anterior.
Falta pouco para que se iguale o pico histórico do desemprego – 14,2 milhões -, o que não aconteceu porque mais pessoas passaram a trabalhar sem carteira ou a  viver “por conta própria” – leia-se, na maioria dos casos, de “bicos”. Nem estes contingentes, porém, escaparam neste trimestre, amargando quedas de 3,6% e 1,1%, respectivamente.
A coisa está tão esquisita que até a grande imprensa parece ter aposentado a expressão “retomada da economia”, que parecia chiclete na boca de comentaristas da economia.
Que, aliás, andam mais preocupados com Lula do que com qualquer outra coisa.
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A rocambolesca história do desespero da PF (e da PGR) com Palocci

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O vazamento da delação de Antonio Palocci, negociado com o jornal O Globo é rocambolesco.
História para fazer um “filme B” de Hollywood.
Palocci diz  que “foi pessoalmente levar pacotes de dinheiro vivo ao ex-presidente e relacionou datas e valores entregues por um de seus principais assessores, Branislav Kontic, na sede do Instituto Lula”.
Lula devia andar meio “por baixo” porque segundo Palocci, “chegavam a somar R$ 50 mil”  ou dez por cento do que Rodrigo Rocha Loures pegava a cada mala da JBS.
Segundo o jornal, Palocci teria como provas o depoimento de motoristas que o levavam ao Insituto Lula e o rastreamento de antenas de celular mostrando que ele ia se encontrar com Lula.
Palocci listou datas e horários das entregas de dinheiro a Lula como parte do conteúdo probatório. A partir dessas informações, investigadores teriam condições de atestar encontros, por meio de ligações telefônicas entre Lula e Palocci, e pela posição dos aparelhos celulares no mapa de antenas.
Ora, está evidente que Palocci não tem nada para incriminar Lula e, não tendo, quer apelar para histórias sem nenhum conteúdo de prova.
Ir ao encontro de Lula é crime.
Ligar, a caminho, do celular, para ele, é prova de que estava levando dinheiro?
Alguém acredita que o homem que governava com poder sobre dezenas de bilhões de reais ia receber um “paco” de R$ 50 mil numa complicada operação logística, quando podia receber cinco ou sete vezes mais por uma palestra, sem qualquer problema?
As tratativas de Antonio Palocci com o Ministério Público  esbarraram na falta de provas do que dizia.
Agora, a meganhagem da Polícia Federal, pega o bagaço do ex-todo-poderoso e usa  para tentar desfazer a onda pró-Lula que se forma no país.
Palocci é só um destes desqualificados que sempre faz aquilo que os outros pedem dele, sejam o “mercado” sejam os policiais.
Dele, só vem marola.

Acampamento por Lula sofre ataque a bala, diz Gleisi. Assista

acamp
Em vídeo publicado minutos atrás no Facebook, a senadora Gleisi Hofmann informa que o acampamento “Lula Livre” foi
atacado a tiros, esta madrugada, por homens que passavam em veículos palas ruas do bairro Santa Cândida, onde os manifestantes passam as noites.
Duas pessoas foram feridas, uma delas com gravidade: Jefferson Lima de Menezes, com um tiro no pescoço.
Os agressores, claro, serão tão identificados e punidos quanto foram os que dispararam contra os ônibus da caravana de Lula ou os que executasram a vereadora Mareille Franco.

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SE IDENTIFICANDO COM A NATUREZA:

O “efeito Lula”

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O Brasil da classe média que aparece nos jornais é algo bem diferente do Brasil real do povão, onde as dificuldades, que nunca se atenuaram de forma significativa nos últimos anos, voltaram a crescer de forma vertiginosa.
Nos jornais, basta a sua própria observações, anuncia-se a toda hora “fatos positivos”: queda dos juros, índice de inflação mais baixo deste “X” anos, crescimento nas vendas de automóveis e disto e mais aquilo.
Na vida real, a história é outra e quem convive e conversa com trabalhadores cuja atividade depende da renda disponível a quem os contrata (faxineiras, pedreiros, pintores, serventes etc…) percebe que  “o serviço”, que já era pouco, minguou dramaticamente nos últimos meses.
A queda no emprego formal e, consequentemente, da manutenção da renda de subsistência, fora de qualquer dúvida, abalaram a única forma de crescimento da ocupação laboral que vinha apresentando crescimento, embora tímido: o trabalho informal, que está situado exatamente neste “nicho” que representa a contratação por assalariados ou microempresários que se valem destes profissionais sem vínculo permanente e que são um contingente imenso no Brasil.
O país “oficial”, entretanto e os jornais ainda mais “oficiais” do “mercado”, costumam ignorar solenemente o drama destas pessoas.
O problema é que, mesmo invisíveis, estas pessoas existem. Existem e votam.
Será que os 1,5 milhão de pessoas que perderam seu meio de vida desde janeiro pretendem votar em Geraldo Alckmin, Henrique Meirelles ou qualquer outro candidato que proclame que “o mercado” lhes dará o que comer?
Naturalmente que não, mesmo com a expressão curiosa dos jornais dizendo que o desastre no emprego se origina da “retomada lenta” da economia. Ora, é possível falar em retomada com 500 mil pessoas perdendo os meios de subsistência a cada mês?
Nada indica que essa “retomada para baixo” vá se revertar, ao contrário.
Não há ninguém que seja capaz de manter expectativas sólidas para o país, que sejam capazes de injetar confiança (a de verdade, não a declaratória, para repetir o discurso oficial, claro). Os candidatos da direita estão empacado e, sob o olhar dos donos do dinheiro, a única novidade que surgiu neste campo, Joaquim Barbosa, é mais arriscada que um jogo de roleta.