sábado, 27 de fevereiro de 2016

PARECE ATÉ PIADA!

CLIMAO

Ajudando os tucanos e Gilmar: vejam o portfólio da empresa que dizem ser “fachada” do PT

marianapromocional
Este Google é mesmo um “caça-hipocrisia”.
O PSDB pediu e Gilmar Mendes pressurosamente atendeu, a abertura de investigações sobre “empresas [que] aparentam ser ‘de fachada’” contratadas para fornecer produtos e serviços na campanha de Dilma Roussef.
O pedido foi feito dentro da prestação de contas do PT, da qual Mendes é relator. As empresas citadas pelo PSDB são: Mariana Produtos Promocionais Ltda, Rede Seg Gráfica e Editora, Vitor H G de Souza Design Gráfico ME, Marte Ind. e Com. de Artefatos de Papéis Ltda, Francisco Carlos de Souza Eirelli e Door2Door Serviços Ltda e DCO Informática.
Como os leitores do Tijolaço estão seguindo nossa disposição de ajudar a esclarecer a verdade – como estamos fazendo com a mansão de os Marinho dizem não ser deles – um dos amigos deste blog já partiu para procurar indícios da “fraude” apontada pelos tucanos, à qual Gilmar Mendes usa para mandar fuçar as contas da campanha.
E olhem o que encontrou no site de agregação de informações de empresas Trade Nosis: um mostruário de produtos da Mariana Produtos Promocionais Ltda, contendo uma bandeirinha do Lula e…um avental do PSDB!
Será que isso vem ao caso, Dr. Gilmar?

NÃO SABIA DESSA NOVA DESCOBERTA!

TV-AO-VIVO

Inquérito vai apurar o caso “Fernando Brasif Cardoso”

brasifcardoso
Surpreendentemente, o Ministério da Justiça anuncia que a Polícia Federal abrirá inquérito sobre as supostas remessas de dinheiro de Fernando Henrique Cardoso para empresa tão amiga que mereceria incorporar-se a seu nome: Fernando Brasif Cardoso.
Não haveria nada de errado – muito ao contrário –  em que FHC enviasse dinheiro ao exterior para manter seu até então suposto filho.
É só fazer uma ordem de pagamento internacional, operação legítima e acessível a qualquer pessoa que tenha conta bancária.
Portanto, se Fernando Henrique o fez, nada mais fácil de comprovar: bastam os registros bancários pessoais.
Só que nestes não existem as transferências e o contrato furreco de prestação de serviços de Mirian à Brasif não resiste a um peteleco.
Em si, uma mixórdia.
Mas um tapa na hipocrisia reinante que quer incriminar um ex-presidente por uma churrasqueira e um par de pedalinhos.
Bem ao nível em que colocaram este país: o de fofocas moralistas, com trocadilho.
Lembrem-se, porém, que a Al Capone se fisgou pelo Imposto de Renda.
Francamente, pelos precedentes do nosso ministro da justiça (assim, sem maiúsculas)  mais parece que se trata de uma “cobertura” para um “republicanismo” farisaico.
Mas, estes processos, quando se põem em marcha, são imprevisíveis.
Nunca pensei que o jornalismo político fosse virar redação da “Caras”.
E foi a elite – fina, culta, engomadinha – que nos levou a este clima de vila de subúrbio, que conheci de viver.
Garanto que se houver alguém com coragem de dizer “chega!” a esta lameira, será ouvido.
O povo brasileiro, em meio a suas carências, problemas e dificuldades, está louco para que alguém reaja a isso.

RECADO PARA UMA CANTORA IDIOTA

LUDMILLA

A resposta do Tijolaço à Globo


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Enviei o seguinte e-mail à Globo, da mesma forma que recebi sua notificação.
Senhor João Roberto Marinho.
Recebi com atraso, por ter sido feita por e-mail “fale conosco” e se desviado para a caixa de “spam”, a comunicação de Vossa Senhoria. Com o noticiário sobre a notificação a outros blogs, pedi para verificar e a mesma, encontrada, foi imediatamente publicada, a guisa de direito de resposta que este blog não se recusou, não se recusa e não se recusará a conceder, de plano, a qualquer pessoa.
Assim, creio ter sido atendido o “pedido de retificação” feito por V. Sa. e, a seguir, como solicitado, em cada matéria, será colocado um link para a publicação integral da missiva enviada.
Bem assim, fica desde já o blog à disposição para qualquer esclarecimento que deseje o senhor oferecer à opinião pública, embora com microscópico alcance perto do império de comunicação que V.Sa. dirige.
Quanto à relação entre a mansão citada e a Família Marinho, certamente não há de desconhecer V. Sa. que foi noticiada pela prestigiosa Bloomberg, em 7 de março de 2012, sob o título “Brazil’s Rich Show No Shame Building Homes in Nature Preservese nos seguintes termos:
Heirs to Roberto Marinho, who created Organizacoes Globo, South America’s biggest media group, built a 1,300-square-meter (14,000-square-foot) home, helipad and swimming pool in part of the Atlantic coastal forest that by law is supposed to be untouched because of its ecology.
E, a seguir, na mesma reportagem:
Modernist Home
That’s the case with the Marinho media family. The Marinhos broke environmental laws by building a 1,300-square-meter mansion just off Santa Rita beach, near Paraty, says Graziela Moraes Barros, an inspector at ICMBio.
Without permits, the family in 2008 built a modernist home between two wide, independent concrete blocks sheathed in glass, Barros says. The Marinho home has won several architectural honors, including the 2010 Wallpaper Design Award.
The Marinhos added a swimming pool on the public beach and cleared protected jungle to make room for a helipad, says Barros, who participated in a raid of the property as part of the federal prosecutors office’s lawsuit against construction on the land.
“This one house provides examples of some of the most serious environmental crimes we see in the region,” Barros says. “A lot of people say the Marinhos rule Brazil. The beach house shows the family certainly thinks they are above the law.”
Ao que se tenha notícia, o referido texto, em publicação internacional de renome e alcance não mereceu a preocupação que, como é de seu direito, foi manifestada sobre este blog, de representar ” ofensa ao notificante e aos demais integrantes da família Marinho”.
Assim como nas inúmeras republicações que tal texto recebeu, total ou parcialmente, no UOL/Folha (Revista acusa família Marinho e Camargo Correa de construir mansões em áreas de preservação, em 18 de março do mesmo ano) ou a CartaCapital, de 15 de março, (RJ: Milionários destroem mata nativa com mansões).
As demais conexões partiram, claro, da razoável compreensão, ante a inação descrita (mormente de uma imensa empresa de comunicação, que monitora continuamente sua imagem pública)  de que a ligação entre a proprietária formal da casa – a Agropecuária Veine e de sua controladora Vaincre LCC – seria, de fato, uma ligação com quem lhe foi apontado como proprietário real e, mesmo dispondo de todos os meios para fazê-lo, não esclareceu que, como afirma em seu texto, que “a casa em questão e as empresas citadas na matéria não pertencem, direta ou indiretamente, ao notificante ou a qualquer um dos demais integrantes da família Marinho”.
Aliás, se me permite tratá-lo como colega jornalista  – e foi em O Globo que dei meus primeiros passos na profissão, em 1978 – tomo a liberdade – quem sabe a ousadia – de sugerir que as emissoras de TV, rádio, sites e jornais de suas Organizações, então, produzam, com os meios abundantes e o profissionalismo que reconheço em seus colaboradores, uma apuração sobre quem, afinal, é o proprietário ou usufrutuário daquela joia arquitetônica que, desafortunadamente, invadiu área de preservação ambiental e privatizou uma praia antes pública, em  que pese ser remota.
Sei que o tema ambiental é caro às suas Organizações e cito como exemplo a reportagem Construções irregulares avançam em 25 ilhas de Paraty, em O Globo, quando a referida construção já havia sido repetidamente multada e tinha ordem até de demolição mas que, certamente num lapso, não foi uma das irregularidades abordadas.
É uma imperdível oportunidade de sanear aquela omissão, naturalmente involuntária.
Creio que se estará, assim,  prestando um serviço público de alta relevância ao revelar quem, afinal, se oculta sob uma agropecuária para empreender uma edificação de altíssimo luxo. Este blog se comprazerá de aplaudir a ação cidadã das Organizações Globo em mostrar ao povo brasileiro quem, de fato, se aproveita daquele templo no paraíso.
Sempre à disposição para qualquer pedido de esclarecimento, fica um e-mail onde se poderá fazer de imediato qualquer contato que, com prazer e interesse público, será aqui imediatamente atendido. 
Permita-me, à guisa de conclusão, citar um ditado gaúcho – convivi muito com um deles e absorvi seus traços de honra e dignidade: “a luta não nos quita a fidalguia”.

AVISO:

aviso

Investigação na Gerdau é terreno minado para Aécio, FHC e tucanos

gerdau
Dou um doce se não acabar em dias a ideia de que a Operação Zelotes possa ser uma “Lava Jato 2- A sonegação“.
Mesmo com a “boca-torta” da imprensa, hoje,  insinuando-quase-afirmando ligações entre Jorge Gerdau Johannpeter e o Governo Dilma.
Verdade, mas verdade também que Gerdau tem ligações – e bem mais fortes e antigas – com o PSDB e não teve nenhum problema em comparecer a eventos promovidos para apoiar Aécio Neves  em 2014, além de abrir as burras ao candidato tucano, como aliás é sua tradição há décadas.
Não é a primeira vez que fazem isso e o Tijolaço já desmontou a armação  provando que Aécio recebeu exatamente o mesmo que a campanha de Dilma ( R$ 5 milhões) e Eduardo Campos/Marina Silva apenas um pouco menos (R$ 4 milhões).
O “Dr. Jorge”, como é reverencialmente chamado pelos políticos, irriga praticamente todos os partidos. Era seu direito, quando as doações privadas eram permitidas.
Mas tem suas preferências pessoais, assim como as tinham e não esconderam Marcelo Odebrecht e André Esteves.
E esta preferência era claríssima, manifestada em encontros de empresários peso-pesado em favor de Aécio Neves e  Geraldo Alckmin, sob a “presidência” de Fernando Brasif Cardoso e tendo como animador João Dória Júnior, o candidato do Celebridade, seu cabo eleitoral remunerado para ensinar-lhe onde fica Guaianazes.
Idem no fato de ser co-fundador (e financiador) do Instituto FHC e do Millenium.
É, portanto, manobra de altíssimo risco mexer com o “Doutor Jorge”.
Como ex-praticante de hipismo – como seu filho, André, medalhista olímpico neste  esporte e ontem levado a depor na PF – sabe bem o que usar  quando a montaria não lhe é dócil às rédeas.

DICA

BELADICA

Os “especialistas” da mídia erraram, de novo, na tarifa de energia. Vale dinheiro…



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No dia 24 de janeiro, O Globo publicou matéria dizendo que Mesmo com chuvas, bandeira vermelha deve vigorar até abril, prevendo que o excedente tarifário de energia nem tão cedo fosse ser abolido.
No mesmo dia, postou-se aqui que a “Bandeira tarifária da eletricidade pode baixar no final da semana“,  texto que afirmava que haveria redução da taxa extra, sucessivamente, em fevereiro e março.
Dias depois, houve o rebaixamento do valor extra e, a seguir, nova baixa, para a “bandeira amarela”.
Hoje, anuncia-se a abolição da cobrança de qualquer excedente, a partir de abril.
Houve algo que justificasse a “bola fora” da grande imprensa na sua previsão sombria?
Não, absolutamente, não. As chuvas de fevereiro, embora constantes, não foram fartas.
O nível de precipitação ficou abaixo da média em todas as bacias do Sudeste e Centro-Oeste. Próximo à média (80% dela) só na Bacia do Rio Tietê. Bacias importantes, como a do Rio Grande, ficaram, até anteontem, em 50% da precipitação normal.
A quantidade de água que chegou às barragens, na região, ficou um pouco acima disso, pelo fato de os rios terem começado o mês com fluxos mais altos: estava, até hoje, em 84% da média histórica.
Ainda assim, como qualquer repórter poderia ter ouvido de pessoas do setor elétrico,  os reservatórios subiriam em fevereiro, porque para baixarem em fevereiro não basta que haja chuvas fracas, é necessário uma seca desastrosa.
A imprensa é um fator fundamental para que se limite o lobby das empresas do setor, sempre prontas cobrar mais alegando “crise hídrica”.
Quando as águas baixavam, você ouvia os seus “especialistas” apontando o erro de terem sido rebaixadas as tarifas de energia.
Você está ouvido algum deles, agora que a água sobe, gritando para que as tarifas baixem?
Nada, silêncio.
As empresas do setor  se entupiram de dinheiro em nome do “realismo tarifário”  no ano passado.
Só que, agora, não querem nem ouvir falar nisso.
PS. Atualizei o post com a tabela nos níveis acumulados em 25 de fevereiro, desde 2012. É possível ver que há mais de três anos eles não estavam tão cheios na Região Sudeste, a mais importante do parque gerador brasileiro.

HUMOR:

KL REVISTA

O jogo é no campo do inimigo; as regras, não

fruto
A jornalista Teresa Cruvinel, em artigo publicado terça-feira, vai o ponto do que volta e meia tento dizer aqui: quem quer ser diferente precisa romper com “o que todo mundo faz”, porque ao cordeiro não se permite beber a mesma água do lobo.
E o que “todo mundo faz” – sempre fez, desde sempre  – é perder a noção de que campanha política se compõe, essencialmente, de um monte de dinheiro e um marketing luxuoso.
Collor, o cavaleiro da moral em 1989, inaugurou a prática, em 1989.
Fiz, neste ano, a campanha de Brizola.
E posso, honestamente, assegurar que não foi essencialmente a pobreza da campanha ( pouco mais de  US$ 1 milhão, menos do que custam hoje algumas campanhas de deputado federal, nos grandes centros), o que nos derrotou.
Foi a política, que abriu espaço para o PT crescer à sua esquerda e São Paulo, onde 1932 nunca acabou.
Hoje, porém, quem quiser participar, pra valer, do jogo, não pense em um cacife – miseravelmente – cem vezes maior.
É uma quantidade de dinheiro que, não há maneira de evitar, aqui ou ali gera lambanças.
E as lambanças, claro, são algo que só será visto nos adversários do sistema.
É claro que não houve roubalheira na Vale, na CSN, nas empresas de telefonia, na venda de 30% das ações da Petrobras.
Nem, claro, traficou-se influência no jantar de gala promovido por FHC no Alvorada, um exercício de pobreza que colheu R$ 7 milhões (hoje, corrigidos pelo IGP-M, R$  16,73  milhões), na narrativa insuspeita de Gerson Camarotti, na Época:
Foi uma noite de gala. Na segunda-feira, o presidente Fernando Henrique Cardoso reuniu 12 dos maiores empresários do país para um jantar no Palácio da Alvorada, regado a vinho francês Château Pavie, de Saint Émilion (US$ 150 a garrafa, nos restaurantes de Brasília). Durante as quase três horas em que saborearam o cardápio preparado pela chef Roberta Sudbrack – ravióli de aspargos, seguido de foie gras, perdiz acompanhada de penne e alcachofra e rabanada de frutas vermelhas -, FHC aproveitou para passar o chapéu. Após uma rápida discussão sobre valores, os 12 comensais do presidente se comprometeram a fazer uma doação conjunta de R$ 7 milhões à ONG que Fernando Henrique Cardoso passará a presidir assim que deixar o Planalto em janeiro e levará seu nome: Instituto Fernando Henrique Cardoso (IFHC).
O dinheiro fará parte de um fundo que financiará palestras, cursos, viagens ao Exterior do futuro ex-presidente e servirá também para trazer ao Brasil convidados estrangeiros ilustres. O instituto seguirá o modelo da ONG criada pelo ex-presidente americano Bill Clinton. Os empresários foram selecionados pelo velho e leal amigo, Jovelino Mineiro, sócio dos filhos do presidente na fazenda de Buritis, em Minas Gerais, e boa parte deles termina a era FHC melhor do que começou. Entre outros, estavam lá Jorge Gerdau (Grupo Gerdau), David Feffer (Suzano), Emílio Odebrecht (Odebrecht), Luiz Nascimento (Camargo Corrêa), Pedro Piva (Klabin), Lázaro Brandão e Márcio Cypriano (Bradesco), Benjamin Steinbruch (CSN), Kati de Almeida Braga (Icatu), Ricardo do Espírito Santo (grupo Espírito Santo). Em troca da doação, cada um dos convidados terá o título de co-fundador do IFHC.
Tudo muito bacana, diferente de se tivessem decidido reformar um telhado, fazer uma churrasqueira, comprar um barco de lata.
Não esperem justiça, equilíbrio, “republicanismos”. Muito menos as tais “mudanças”  na política que prometem.
Cruvinel acerta em cheio na “mudança” que haverá:
“O que vai mudar é o ambiente, com o restabelecimento daquela paz que antes permitia a outros partidos fazer uso farto dos dois recursos sem ser incomodados. Quando o PT deixar o poder, não haverá nem mídia, nem procuradores, nem Polícia Federal interessados em descobrir como as campanhas dos vitoriosos foram financiadas, nem como foram pagos seus marqueteiros. Quando o PT deixar o poder, todos estes agentes da turbulência atual vão descansar. A mídia voltará a plantar abobrinhas, a Polícia Federal a perseguir traficantes e outros meliantes, os procuradores a defender os direitos difusos da sociedade.  Lula já será um leão sem dentes, talvez esteja até preso, e Dilma terá ido para o vale dos caídos, terminando ou não o mandato.  E esquecidos também serão os do andar de baixo que galgaram alguns degraus nos governo do PT, que para se manter neles, aderiu ao que só era permitido aos outros.
Não é uma escolha ser diferente. É uma necessidade vital.

PEDIDO:

TWITTER

O governo escolheu ser um molambo?

diferente
O resumo da ópera do acordo – o nome correto é capitulação – entre Dilma Rousseff , a oposição e o chantagista Renan Calheiros, que é quem detém o poder de brecar o impeachment empurrado por Eduardo Cunha: no meu governo, o pré-sal não será entregue; depois, seja o que Deus quiser.
Não se pode deixar de considerar que, se estivesse havendo um combate, poderia ser explicado que estamos dando um passo atrás para dar outros à frente.
Só que não há um combate, há uma deserção ao combate, com a esperança de que, em algum momento, a máquina irá se apiedar e parar seu processo de esmagamento de qualquer projeto, político e econômico, de afirmação soberana do Brasil.
Não vai, é claro.
Embora, por milagres, até os incréus como eu torçam.
O resultado prático é que o Governo (e o PT, malgrado a reação de muitos de seus integrantes) vai se desmilinguindo, se derretendo ainda mais.
E paralisando a reação do povo brasileiro à entrega de sua Petrobras que, admitem, estava mesmo cheia de irregularidades. Veja se algum governo fez isso com a Exxon ou a Shell, ou a BP, que distribuíram dinheiro e fizeram guerras?
Desde quando – isso nas raríssimas vezes que o fizeram – deixaram que a punição pessoal transbordasse para a empresa, que era o braço de seus interesses?
Ainda não é, infelizmente, o corolário de um processo que desprezou, desde há muito tempo e progressivamente, a ideia de que sem o povo como agente político, a história não caminha adiante.
Desde o início do Governo Dilma – não é justo dizer que tenha se inciado com ela, tem raízes muito anteriores – resolveu-se assumir como verdade o discurso do inimigo.
A faxina, desculpem, não foi ideia de Moro.
Mas isso é lá atrás.
Fiquemos nos últimos dois anos: “não vai sobrar pedra sobre pedra”.
Também não é frase do Moro.
Há dois anos este sujeito avança sobre a República. Hoje, tem a República a seus pés.
E o povo brasileiro, depois de passar meses, anos, tentando descobrir onde estão seus líderes, Lula e aquela a quem ele delegou sua continuidade. Não o culpem pelo fato de que se seduza por guizos falsos.
Aprendi, das profundezas gaúchas do Brizola, a expressão “boi sinuelo”, isto mesmo, aquele que tem um sino ao pescoço e sinaliza ao rebanho os perigos, os riscos e  as trilhas. Ou, se domesticadíssimo, ao matadouro.
Sinais, não há coletivo animal ou humano que os dispense. Perguntem aos militares antigos o que é “tocar reunir”
O Governo, o PT, Dilma, Lula parecem ter inventado o toque de  “dispersar”, que aliás não existe no conjunto de toques militares, porque às suas forças nunca se dispersa.
É que o povo brasileiro, como naquelas profundezas, sente o cheiro de raposas e lobos e muitos, ainda, empacam e procuram o sinuelo.
E não encontram o que o compositor gaúcho Leopoldo Raissier, descreveu: E ao contemplar o agora dos seus campos/O lugar onde seu porte ainda fulgura/O velho taura dá de rédeas no seu eu/E esporeia o futuro com bravura…