segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

SEÇÃO: CURIOSIDADES

EXPRESSÕES EXPLICADAS...



NAS COXAS
As primeiras telhas do Brasil eram feitas de argila moldada nas coxas
dos escravos.
Como os escravos variavam de tamanho e porte físico, as telhas ficavam
desiguais.
Daí a expressão fazendo nas coxas, ou seja, de qualquer jeito.

VOTO DE MINERVA
Na Mitologia Grega, Orestes, filho de Clitemnestra, foi acusado de a ter
assassinato.
No julgamento havia empate entre os jurados, cabendo à deusa Minerva, da
Sabedoria, o voto decisivo. O réu foi absolvido, e Voto de Minerva é,
portanto, o voto decisivo.

CASA DA MÃE JOANA
Na época do Brasil Império, mais especificamente durante a menoridade do
Dom Pedro II, os homens que realmente mandavam no país costumavam se
encontrar num prostíbulo do Rio de Janeiro cuja proprietária se chamava
Joana.
Como, fora dali, esses homens mandavam e desmandavam no país, a expressão
casa da mãe Joana ficou conhecida como sinônimo de lugar em que ninguém
manda.

CONTO DO VIGÁRIO
Duas igrejas de Ouro Preto receberam, como presente, uma única imagem de
determinada santa, e, para decidir qual das duas ficaria com a escultura,
os vigários apelaram à decisão de um burrico.
Colocaram-no entre as duas paróquias e esperaram o animalzinho caminhar
até uma delas.
A escolhida pelo quadrúpede ficaria com a santa.
E o burrico caminhou direto para uma delas... Só que, mais tarde,
descobriram que um dos vigários havia treinado o burrico, e conto do
vigário passou a ser sinônimo de falcatrua e malandragem.

A VER NAVIOS
Dom Sebastião, jovem e querido rei de Portugal (sec XVI), desapareceu na
batalha de Alcácer-Quibir, no Marrocos. Provavelmente morreu, mas seu
corpo nunca foi encontrado. Por isso o povo português se recusava a acreditar
na morte do monarca, e era comum pessoas subirem ao Alto de Santa Catarina,
em Lisboa, na esperança de ver o Rei regressando à Pátria.
Como ele não regressou, o povo ficava a ver navios.

NÃO ENTENDO PATAVINAS
Os portugueses tinham enorme dificuldade em entender o que falavam os
frades italianos patavinos, originários de Pádua, ou Padova. Daí que não entender patavina significa não entender nada.

DOURAR A PÍLULA
Antigamente as farmácias embrulhavam as pílulas amargas em papel dourado
para melhorar o aspecto do remedinho.
A expressão dourar a pílula significa melhorar a aparência de algo ruim.

SEM EIRA NEM BEIRA
Os telhados de antigamente possuíam eira e beira, detalhes que conferiam
status ao dono do imóvel.
Possuir eira e beira era sinal de riqueza e de cultura. Estar sem eira
nem beira significa que a pessoa é pobre e não tem sustentáculo no
raciocínio.

CANTO DO CISNE
Dizia-se que o cisne emitia um belíssimo canto pouco antes de morrer. A
expressão canto do cisne representa as últimas realizações de alguém.

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TEXTO PARA REFLEXÃO:

Título do Texto: "RESSONÂNCIA SCHUMANN"
Por: Leonardo Boff


Não apenas as pessoas mais idosas mas também jovens fazem a experiência de que tudo está se acelerando excessivamente. Ontem foi Carnaval, dentro de pouco será Páscoa, mais um pouco, Natal. Esse sentimento é ilusório ou tem base real?

Pela ressonância Schumann se procura dar uma explicação. O físico alemão W.O. Schumann constatou em 1952 que a Terra é cercada por um campo eletromagnético poderoso que se forma entre o solo e a parte inferior da ionosfera, cerca de 100 km acima de nós. Esse campo possui uma ressonância (dai chamar-se ressonância Schumann), mais ou menos constante, da ordem de 7, 83 pulsações por segundo.

Funciona como uma espécie de marca-passo, responsável pelo equilíbrio da biosfera, condição comum de todas as formas de vida. Verificou-se também que todos os vertebrados e o nosso cérebro são dotados da mesma frequência de 7,83 hertz.

Empiricamente fez-se a constatação de que não podemos ser saudáveis fora dessa frequência biológica natural. Sempre que os astronautas, em razão das viagens espaciais, ficavam fora da ressonância Schumann, adoeciam. Mas submetidos à ação de um simulador Schumann recuperavam o equilíbrio e a saúde. Por milhares de anos as batidas do coração da Terra tinham essa freqüência de pulsações e a vida se desenrolava em relativo equilíbrio ecológico. Ocorre que a partir dos anos 80, e de forma mais acentuada a partir dos anos 90, a freqüência passou de 7,83 para 11 e para 13 hertz por segundo.

O coração da Terra disparou. Coincidentemente, desequilíbrios ecológicos se fizeram sentir: perturbações climáticas, maior atividade dos vulcões, crescimento de tensões e conflitos no mundo e aumento geral de comportamentos desviantes nas pessoas, entre outros. Devido à aceleração geral, a jornada de 24 horas, na verdade, é somente de 16 horas. Portanto, a percepção de que tudo está passando rápido demais não é ilusória, mas teria base real nesse transtorno da ressonância Schumann.

Gaia, esse superorganismo vivo que é a Mãe Terra, deverá estar buscando formas de retornar a seu equilíbrio natural. E vai consegui-lo, mas não sabemos a que preço a ser pago pela biosfera e pelos seres humanos. Aqui abre-se o espaço para grupos esotéricos e outros futuristas projetarem cenários, ora dramáticos, com catástrofes terríveis, ora esperançosos, como a irrupção da quarta dimensão, pela qual todos seremos mais intuitivos, mais espirituais e mais sintonizados com o biorritmo da Terra.

Não pretendo reforçar esse tipo de leitura. Apenas enfatizo a tese recorrente entre grandes cosmólogos e biólogos de que a Terra é, efetivamente, um super-organismo vivo, de que Terra e humanidade formamos uma única entidade, como os astronautas testemunham de suas naves espaciais. Nós, seres humanos, somos Terra que sente, pensa, ama e venera. Porque somos isso, possuímos a mesma natureza bioelétrica e estamos envoltos pelas mesmas ondas ressonantes Schumann.

Se queremos que a Terra reencontre seu equilíbrio, devemos começar por nós mesmos: fazer tudo sem estresse, com mais serenidade, com mais harmonia, com mais amor, que é uma energia essencialmente harmonizadora. Para isso importa termos coragem de ser anti-cultura dominante, que nos obriga a ser cada vez mais competitivos e efetivos. Precisamos respirar juntos com a Terra, para conspirar com ela pela paz.

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SEÇÃO: SAÚDE

"OBESIDADE AUMENTA A CHANCE DE CÂNCER"

Dados divulgados pelo Ministério da Saúde no relatório Saúde Brasil de 2010 apontam para um dado alarmante: 46,6% da população brasileira esta acima do peso. O excesso de gordura no corpo pode acarretar em doenças como diabetes, problemas cardíacos e surgimentos de cânceres.

O câncer é a segunda maior causa de mortes no mundo. Só no Brasil, o Instituto Nacional do Câncer (INCA) estima que a doença deva atingir cerca de um milhão de pessoas em 2011. Em 2010 o INCA, em parceria com o Fundo Mundial para Pesquisa contra o Câncer (WCRF), publicou o documentoPolítcas e Ações para prevenção do Câncer no Brasil: Alimentação, Nutrição e Atividade Física, que concluiu que parte considerável desses casos poderiam ser evitados com o combate à obesidade.

A alimentação balanceada, rica em frutas, verduras, cereais e carnes magras, associadas à atividades físicas, pode ajudar na prevenção do câncer. Por outro lado, uma alimentação rica em gorduras, alimentos industrializados, sal e álcool aumentam os riscos de desenvolver tumores.

Fonte: Link Comunicação Empresarial

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Seção: POLÍTICA

Título do Texto: "Os males do serrismo"

Texto originalmente publicado em Carta Capital

Não há partidos ou movimentos políticos exclusivamente bons ou unicamente ruins, se os considerarmos em seu tempo e lugar. Na vida real das sociedades, eles são uma mistura de coisas boas e más, de acertos e erros (salvo, é claro, exceções como o nazismo).

Tudo é uma questão de proporção, do peso que o lado ruim tem em relação ao bom. São bons os movimentos políticos e os partidos (bem como as tendências que existem no interior de alguns), cuja atuação tende a ser mais positiva para o País, seus cidadãos e instituições. São os opostos aqueles que fazem o inverso, que agem, na maior parte das vezes, de maneira negativa.

Tome-se o serrismo, um fenômeno pequeno, do ponto de vista de sua inserção popular, mas relevante no plano político. Afinal, não se pode subestimar uma tendência tucana que conseguiu aprisionar o conjunto de seus correligionários, mesmo aqueles que não concordavam com ela (e que eram maioria), e os levou a uma aventura tão fadada ao insucesso quanto a recente candidatura presidencial do ex-governador José Serra. E que tem, além disso, tamanha super-representação na mídia, com simpatizantes espalhados nas redações de nossos maiores veículos.
Por menor que seja sua base social e inexpressiva sua bancada parlamentar, o serrismo existe. E atrapalha. Muito mais atrapalha que ajuda.

Neste começo de governo Dilma, recém-completada sua primeira quinzena, o serrismo já mostra o que é e como se comportará nos próximos anos. Os sinais são de que será um problema para todos, seja no governo, seja na própria oposição.

Vem da grande imprensa paulista (uma insuspeita fonte na matéria) a informação de que seus integrantes estão revoltados com a trégua que outras correntes do PSDB estariam dispostas a oferecer à presidenta. Em vez da “colaboração federativa” buscada pelos governadores tucanos e as bancadas afinadas com eles, os serristas querem “partir para o pau”.

O senador Aloysio Nunes (PSDB-SP), expoente máximo da tropa de elite serrista, dá o mote, ao afirmar que o PSDB deveria ser duro contra Dilma desde já, de forma a ser uma referência oposicionista no futuro. O pano de fundo do que propõe, percebe-se com facilidade, é posicionar o serrismo (de novo!) para a sucessão de Dilma.

Segundo as informações disponíveis, a primeira meta do grupo de José Serra (cujo tamanho, diga-se de passagem, é ignorado) é aproveitar-se da tragédia das chuvas na região serrana do Rio para golpear a presidenta, responsabilizando-a pela ocupação caótica de encostas e outras áreas de risco nas cidades atingidas. Para esses personagens, seria a incompetência de Dilma, à frente do PAC, a causa de tantas mortes e sofrimento. Ou seja, vão tentar vender a versão de que, se ela fosse melhor gerente, nada teria acontecido.

Em nossa permissiva cultura política, não há surpresa no oportunismo da proposta. Ninguém se espanta que alguém faça um jogo como esse, que queira tirar dividendos de uma catástrofe e que, para isso, torça fatos e procure enganar os incautos. Todos nos acostumamos com essa falta de seriedade.

Mas até os mais céticos ficam perplexos com o contraste entre o que dizem agora os serristas e o que foi a campanha que fizeram na eleição de 2010.

Ou será que ninguém ouviu José Serra se apresentar como “verdadeiro continuador” de Lula? Que não viu Serra evitar qualquer crítica ao ex-presidente, dizendo que concordava com ele e que nada mudaria em seu governo (a não ser aumentar o salário mínimo para 600 reais e conceder uma 13ª parcela do Bolsa Família aos beneficiários)?

Derrotado, o serrismo virou oposição intransigente, e quer levar os grupos vitoriosos de seu partido com ele. Enquanto esteve à frente do governo de São Paulo, buscou a boa convivência e a colaboração com o Planalto, avaliando que, ao agir dessa maneira, aumentava suas chances na sucessão de Lula. Agora que não tem escolha, se exime de qualquer compromisso e parte para o pau.

É pouco provável, no entanto, que consiga arrastar o restante do PSDB e os demais partidos de oposição para a radicalização anti-Dilma. No fundo, o serrismo apenas tenta preservar algum espaço em um cenário cada vez mais desfavorável para seus propósitos.

É só se tudo der errado, seja para a presidenta, seja para as novas forças oposicionistas, que o serrismo tem sobrevida. Sua aposta é o fracasso de todos.


Marcos Coimbra é sociólogo e presidente do Instituto Vox Populi.

SEÇÃO: SAÚDE

"PESSOAS OTIMISTAS VIVEM MELHOR"

Um artigo publicado recentemente no periódico Current Directions in Psychological Science revisou diversas pesquisas para determinar se é verdade que o otimismo é benéfico para a saúde.

O pesquisador Anthony Ong, da Universidade de Cornell (EUA) sugere a partir da sua pesquisa que emoções positivas podem ser antídotos poderosos contra estresse, dores e doenças. Ele especula que as pessoas mais felizes são aquelas que têm uma atitude pró-ativa em relação ao envelhecimento ou que evitam comportamentos pouco saudáveis. São indivíduos que fazem exercícios regularmente, não fumam e praticam sexo seguro.

Atitudes como essas se tornam cada vez mais importantes à medida que a idade avança e as doenças se tornam mais freqüentes. Além disso, pessoas mais positivas têm níveis menores de estresse. Ong diz que “Todos nós envelhecemos. É como nós envelhecemos, entretanto, que determina a qualidade das nossas vidas”.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

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SEÇÃO DE HUMOR: Piada

Título da Piada: "O dentista, a mulher e a dúvida"

No consultório uma mulher conversa com o seu dentista:

-Pois é, doutor...dizem que arrancar um dente

dói tanto quanto ter um filho...

Eu não sei o que vou fazer primeiro:

ter um filho ou arrancar um dente...

O Dentista , então, lhe fala:

-Pois então decida logo,

para eu saber em que posição vou botar a cadeira...

SEÇÃO DE HUMOR: Piada

Título da Piada: "O Guarda e o Infrator de Trânsito"

Escrito por Jose Reinaldo

Dom, 16 de Janeiro de 2011 22:26

Ao ver que um guarda de trânsito estava no seu encalço

o camarada acelerou o carro ...

O guarda então acelerou também e deu início a uma

grande perseguição, até que finalmente conseguiu alcançar

o infrator...

Mandou que ele encostasse o carro,

pediu seus documentos e perguntou:

-Porque que ao tentar abordá-lo o senhor pisou no acelerador

em vez de parar?

O sujeito então lhe explicou:

-Sabe o que é, sue guarda?

O ano passado minha mulher fugiu com um guarda de trânsito...

Eu pensei que o senhor fosse ele querendo devolvê-la...

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Seção: Comentários

Extraído do blog Os Amigos do Presidente Lula:

Comentários pelas ruas de São Paulo


- Depois de tanta chuva, Alckmim anunciou a construção da hidroelétrica do Anhangabaú.

- Em SP não se fala mais direita e esquerda… agora é bombordo e estibordo!

- Se a São Silvestre fosse em janeiro, o Cesar Cielo ia humilhar!

- Depois do Airbag, os coletes salva vidas são os opcionais mais importantes nos carros de Sao Paulo.

- O melhor serviço de entrega em SP é do Submarino.

- Ninguém passa fome em São Paulo, Bolinho de Chuva é o que não falta.

- Vamos assistir a chuva lá em casa hoje??

- Quem acha que a água do mundo está acabando não mora em SP.

- Meu passeio ciclístico de hoje fiz de pedalinho.

- Agora, todo paulistano tem casa com vista para o mar.

- Tem carioca morrendo de inveja, agora São Paulo tem dois mares: Mar ginal Tiete e Mar ginal Pinheiros.

- A Dilma está lançando o BALSA-familia pra ajudar São Paulo

- Pelo menos a SABESP cumpriu o prometido: água e esgoto na casa de todo mundo.

- O Alckmim tá trocando o bilhete Único pelo bilhete ÚMIDO!!

- A Marta disse para o Alckmim: Relaxa e bóia!!!

Do leitor – João Batista

SEÇÃO DE HUMOR: Piada

Título da Piada: "O BÊBADO NO A.A."
Um bêbado, já bem alcoolizado, entrou numa sala, onde, na porta, estava escrito: AA, e pediu:
- Ô, balconista, me vê uma pinga cheia aí, com um pouquinho de fernet. Pra começar.
Um homem, muito sério, pegou-o gentilmente pelo braço e lhe sussurrou:
- Meu amigo, aqui não tem bebida nenhuma, pelo contrário, somos os Alcoólicos Anônimos. Se você quiser pode se juntar a nós.
E o bêbado:
- Alcoólicos Anônimos? Puxa vida, então eu me enganei, eu pensava que vocês eram os Alcoólicos Assumidos.

Autor: João Batista dos Santos

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Seção: Comentários

A fúria do clima e a conta

Coluna do Leitor

Texto publicado na Revista Carta Capital em 18 de Janeiro de 2011 às 16:56h

As tragédias no Rio de Janeiro pegaram todos de surpresa, mas não deveriam. O leitor Saulo Rodrigues Filho enumera algumas medidas que devem ser tomadas que isso não aconteça novamente

A inesperada magnitude da catástrofe climática que se abateu sobre a região Serrana do Rio de Janeiro, sem precedentes nos registros históricos, pegou a todos de surpresa, inclusive aqueles que se dedicam a estudar os fenômenos climáticos ao redor do mundo. Por isso, como especialista nesse tema, quero apresentar minha leitura sobre o que ocorreu e minha angústia com o que pode vir a ocorrer num futuro muito próximo.

O dilúvio do dia 11 de janeiro de 2011 trouxe mais de 600 mortes, podendo chegar a 700, apenas na região Serrana, com perdas materiais que somam algo como 1% do PIB nacional, considerando os prejuízos causados nos três estados mais atingidos, Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais.

A pior notícia? A de que isso ainda é pouco mediante o potencial de destruição desse tipo de extremo climático, onde as encostas, preservadas ou não, simplesmente se liquefazem, deixando os canais fluviais subitamente entulhados, espraiando a destruição até para áreas relativamente afastadas das suas margens. Nenhum mapa de risco climático teria sido capaz de prognosticar aquilo que estamos assistindo, estupefatos.

Imaginem se dilúvio semelhante tivesse sido despejado a poucos quilômetros de distância, nas regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, São Paulo ou Belo Horizonte. A densidade populacional, e as precárias condições de ocupação das encostas nessas cidades, teriam levado não às centenas de vítimas de agora, mas a dezenas de milhares de mortes, talvez centenas de milhares de uma só vez. E a população atingida seria quase exclusivamente formada pelos estratos inferiores da pirâmide social, num perverso e brutal mecanismo de “desocupação” das favelas. Economicamente, os prejuízos poderiam atingir a casa dos dois dígitos percentuais do PIB.

Esse fenômeno tecnicamente conhecido como solifluxão, quando o solo flui, também chamado de deslizamento de encostas, até hoje, podia ser observado em pontos isolados, preferencialmente onde o desmatamento e a ocupação irregular favorecem esse tipo de evento. A partir de agora, não mais. Verificamos que trata-se de uma escalada progressiva ao longo dos últimos anos, que pode atingir indistintamente qualquer território da Serra do Mar e da Mantiqueira, do Espírito Santo a Santa Catarina, onde vivem cerca de 100 milhões de brasileiros.

A regularidade alarmante dos extremos de chuva que vêm assolando a região Sudeste do Brasil exige medidas urgentes de adaptação às novas condições climáticas. Desde 2008, houve os desastres do Reveillon de Angra dos Reis, de menor magnitude, passando pelo do Morro do Bumba, em Niterói e arredores, numa escala muito maior, chegando à catástrofe de dimensões bíblicas que assistimos consternados em Nova Friburgo e Teresópolis, em 2011.

Para quem acompanha o debate cientifico sobre mudanças climáticas, fica claro que esse evento de 2011 será lembrado como uma das evidências mais eloquentes de que o clima global está mudando de forma assustadora, por seu ineditismo e magnitude. A partir de agora, não há mais espaço para o ceticismo dos poucos que ainda resistiam em admitir a existência do fenômeno global. Chega de “brincar com fogo”, que nesse caso é a água destruidora!

As medidas de adaptação às mudanças climáticas estão previstas nos relatórios do IPCC (Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas) da ONU desde 1990. Sabe-se também que os países mais vulneráveis são, perversamente, aqueles que menos contribuíram com as emissões de gases de efeito estufa, os países em desenvolvimento. Vulneráveis não apenas por sua menor capacidade econômica e conjuntural de enfrentar os novos desafios climáticos, mas também por estarem concentrados nas regiões mais quentes e climaticamente instáveis do globo.

Por isso, na última reunião realizada em Cancún, no México, em dezembro de 2010, a 15a Conferência do Clima aprovou a constituição de um fundo internacional de 100 bilhões de dólares para o financiamento de medidas de adaptação nos países mais pobres. Pode não parecer, mas trata-se de uma migalha diante dos investimentos necessários nesses países.

Para se ter uma idéia, apenas o Brasil absorveria um montante como esse para implantar as necessárias medidas de redução de sua vulnerabilidade ao clima: constituição de sistemas de monitoramento e alerta eficientes; construção de redes de drenagem pluvial nas inúmeras encostas da região Sudeste, devidamente redimensionadas à nova realidade climática; programas de reflorestamento de encostas e de saneamento; programas de treinamento e capacitação das instituições de governo responsáveis por áreas tais como: infra-estrutura, defesa civil, agricultura, transporte, habitação, saúde pública e educação. Isso sem falar nas outras regiões do país, que também exigem investimentos para a prevenção de catástrofes climáticas, como as secas no Semi-Árido do Nordeste que devem se agravar, os incêndios florestais que aumentam sua freqüência com o aquecimento na Amazônia e no Cerrado, e as inundações onde há rios caudalosos país afora.

Por fim, diante de um evento climático dessa magnitude não basta apontar o descaso das autoridades (ir)responsáveis pelo planejamento urbano e territorial, que historicamente têm contribuído para o agravamento da situação. Também a população que trata com total desrespeito o ambiente onde vive, desmatando encostas e entulhando lixo nos próprios quintais deve ser responsabilizada e chamada a uma urgente mudança de atitude.

A partir de agora, mais do que nunca, podemos advogar nos fóruns internacionais que parcela majoritária da conta para cobrir os custos desse imenso trabalho de prevenção de desastres climáticos deve ser apresentada aos verdadeiros responsáveis pela mudança do clima global, os países desenvolvidos, que por séculos vêm entulhando a atmosfera com gases de efeito estufa pela queima de combustíveis fósseis.

Saulo Rodrigues Filho é doutor em Ciências Ambientais pela Universidade de Heidelberg, Alemanha, geólogo e professor do Centro de Desenvolvimento Sustentável da Universidade de Brasília

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SEÇÃO DE HUMOR: PIADA

Título da Piada: "AMOR, SUBLIME AMOR"
- Benhê, você me ama mesmo?
- Amo, claro.
- Mesmo eu sendo mais velha do que você?
- Isso não tem nada demais, ué.
- É mesmo?
- Claro.
- Você me ama acima de qualquer coisa, de qualquer pessoa?
- Amo, acima de qualquer coisa e de qualquer pessoa.
- Você me ama acima de Deus?
- Amo.
- Você me ama... hum... acima até da sua própria vida?
- Eu daria a minha vida por você, minha santa.
- Hum... Você me amaria mesmo se eu perdesse todo o meu dinheiro?
- Com certeza, benzinho. Mas por que tanta pergunta assim?
- Bom... Você promete que não vai ficar brabo?
- Prometo.
- No duro?
- No duro.
- Bom, é que eu... perdi tudo o que tinha, amor. Minhas empresas faliram. Todas. Só me restaram dívidas.
- É?
- É, meu lindo. Mas isso não tem importância, né? Já que você me ama acima de tudo, até da minha grana...
- Amor...
- Hã?
- Pode deixar que eu te gosto de qualquer jeito mesmo.
- Jura?
- Juro. E é por isso que hoje mesmo eu vou pros Estados Unidos ganhar bastante dinheiro pra gente poder se casar e viver com todo o conforto que você está acostumada.
- Sério, bem?
- Opa.
- Você vai hoje mesmo?
- Vou. Estou indo agorinha mesmo pro aeroporto comprar passagem pro primeiro avião.
- Nossa, bem, que legal! Eu sabia que você me amava mesmo. Eu sabia que o fato de eu ter sessenta anos e você, vinte e um, não tinha importância nenhuma. Mas você volta, né, amor?
- Volto, sim. Com certeza.
- Quando, bem?
- Bom, pelos meus cálculos, daqui a uns cinqüenta anos, minha santa... Adiós, old woman...

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quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

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SEÇÃO: EDUCAÇÃO

Texto publicado no blog: luisnassif, quata-feira, 12/01/2011 - 11:36

Por: Stanley Burburinho

Do UOL

USP perde candidatos para novas universidades federais

São Paulo - A ampliação da oferta de vagas em universidades federais no Estado é apontada por especialistas como uma das principais causas das abstenções recordes na segunda fase do vestibular da Fuvest, que seleciona para a Universidade de São Paulo (USP) e a Santa Casa. Ontem, o índice chegou a 9%. Anteontem, 8,33%. O padrão era em torno de 5% a 6%.

Neste ano, as três universidades federais em São Paulo ofereceram 5.118 vagas. Em 2005, eram 1.403, já que a Universidade Federal do ABC começou a funcionar em 2007, com 1,5 mil vagas. Há quatro anos, eram duas federais no Estado: Unifesp, com câmpus na capital, e os de São Carlos e Araras da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). A partir de 2008, foram abertos, além da federal do ABC, o câmpus de Sorocaba da UFSCar e outros quatro da Unifesp (Baixada Santista, Diadema, Guarulhos e São José dos Campos).

Seção: POLÍTICA

Texto publicado no Jornal "Valor"

Discrição marca os primeiros dias de Dilma

Por: Cristiano Romero e Rosângela Bittar | De Brasília
12/01/2011

Há dez dias no cargo, a presidente Dilma Rousseff começa a mostrar um estilo de governar inteiramente distinto ao de seu antecessor, Luiz Inácio Lula da Silva. A começar pelos horários. Dilma chega um pouco mais tarde que Lula ao Palácio do Planalto - entre 9h e 9h30 -, mas, geralmente, sai mais tarde - em média, entre 21h30 e 22h. Ao contrário do ex-presidente, começa as reuniões no horário e não tolera atrasos.

Em apenas uma semana e meia, a presidente demonstrou estar muito à vontade no cargo. Seu interesse pela gestão é primordial. Ontem, ela decidiu de última hora participar de uma reunião interministerial, na Casa Civil, agendada para debater o problema da dengue. Ao chegar lá, solicitou, como é de praxe em seus encontros com ministros, um diagnóstico detalhado da situação da doença em todo o país. Depois, cobrou ações, fez raciocínios junto com os presentes e tomou uma decisão: propor um pacto contra a dengue aos Estados mais afetados pela epidemia.

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É Presidenta mesmo ! com "a"

Por: Marcos Bagno


O Brasil ainda está longe da feminização da lín-gua ocorrida em outros lugares. Dilma Rousseff adotou a forma “presidenta”, que assim seja chamada.

Se uma mulher e seu cachorro estão atraves-sando a rua e um motorista embriagado atinge essa senhora e seu cão, o que vamos encontrar no noticiário é o seguinte: “Mulher e cachorro são atropelados por motorista bêbado”. Não é impressionante? Basta um cachorro para fazer sumir a especificidade feminina de uma mulher e jogá-la dentro da forma supostamente “neutra” do masculino. Se alguém tem um filho e oito filhas, vai dizer que tem nove filhos. Quer dizer que a língua é machista? Não, a língua não é machista, porque a língua não existe: o que existe são falantes da língua, gente de carne e osso que determina os destinos do idioma. E como os destinos do idioma, e da sociedade, têm sido determinados desde a pré-história pelos homens, não admira que a marca desse predomínio masculino tenha sido inscrustada na gramática das línguas.

Somente no século 20 as mulheres puderam começar a lutar por seus direitos e a exigir, inclusive, que fossem adotadas formas novas em diferentes línguas para acabar com a discriminação multimilenar. Em francês, as profissões, que sempre tiveram forma exclusivamente masculina, passaram a ter seu correspondente feminino, principalmente no francês do Canadá, país incomparavelmente mais democrático e moderno do que a França. Em muitas sociedades desapareceu a distinção entre “senhorita” e “senhora”, já que nunca houve forma específica para o homem não casado, como se o casamento fosse o destino único e possível para todas as mulheres. É claro que isso não aconteceu em todo o mundo, e muitos judeus continuam hoje em dia a rezar a oração que diz “obrigado, Senhor, por eu não ter nascido mulher”.

Agora que temos uma mulher na Presidência da República, e não o tucano com cara de vampiro que se tornou o apóstolo da direita mais conservadora, vemos que o Brasil ainda está longe da feminização da língua ocorrida em outros lugares. Dilma Rousseff adotou a forma presidenta, oficializou essa forma em todas as instâncias do governo e deixou claro que é assim que deseja ser chamada. Mas o que faz a nossa “grande imprensa”? Por decisão própria, com raríssimas exceções, como CartaCapital, decide usar única e exclusivamente presidente. E chovem as perguntas das pessoas que têm preguiça de abrir um dicionário ou uma boa gramática: é certo ou é errado? Os dicionários e as gramáticas trazem, preto no branco, a forma presidenta. Mas ainda que não trouxessem, ela estaria perfeitamente de acordo com as regras de formação de palavras da língua.

Assim procederam os chilenos com a presidenta Bachelet, os nicaraguenses com a presidenta Violeta Chamorro, assim procedem os argentinos com a presidenta Cristina K. e os costarricenses com a presidenta Laura Chinchilla Miranda. Mas aqui no Brasil, a “grande mídia” se recusa terminantemente a reconhecer que uma mulher na Presidência é um fato extraordinário e que, justamente por isso, merece ser designado por uma forma marcadamente distinta, que é presidenta. O bobo-alegre que desorienta a Folha de S.Paulo em questões de língua declarou que a forma presidenta ia causar “estranheza nos leitores”. Desde quando ele conhece a opinião de todos os leitores do jornal? E por que causaria estranheza aos leitores se aos eleitores não causou estranheza votar na presidenta?

Como diria nosso herói Macunaíma: “Ai, que preguiça…” Mas de uma coisa eu tenho sérias desconfianças: se fosse uma candidata do PSDB que tivesse sido eleita e pedisse para ser chamada de presidenta, a nossa “grande mídia” conservadora decerto não hesitaria em atender a essa solicitação. Ou quem sabe até mesmo a candidata verde por fora e azul por dentro, defensora de tantas ideias retrógradas, seria agraciada com esse obséquio se o pedisse. Estranheza? Nenhuma, diante do que essa mesma imprensa fez durante a campanha. É a exasperação da mídia, umbilicalmente ligada às camadas dominantes, que tenta, nem que seja por um simples – e no lugar de um –a, continuar sua torpe missão de desinformação e distorção da opinião pública.

Marcos Bagno é professor de Linguística na Universidade de Brasília.

Via Carta Capital

"O Caso da primeira cidade do Brasil a levar internet para todos"

texto publicado no blog: luisnassif, quarta-feira, 12/01/2011 - 18:02


Por Lilian Milena

A pequena Sud Mennucci driblou a situação nacional de baixo acesso a internet. Situada a 614 km da capital de São Paulo, e com pouco mais de 7.900 habitantes, é considerada a primeira cidade brasileira a levar acesso à internet a todas as residências do município.

Hoje, 70% das residências contam com equipamentos necessários para captar o sinal wi-fi oferecido pela prefeitura, enquanto em nível nacional, apenas 21% das residências contam com esse serviço, segundo dados da Pesquisa Nacional da Amostra de Domicílios (PNAD), do IBGE.