sábado, 19 de setembro de 2015

HUMOR ÁCIDO:

enquanto-whats

E A PANELA QUE É CULPADA ?

feijoes

SEÇÃO: OPINIÃO


17/09/2015 - Copyleft

O Globo e as meias verdades que viram mentiras completas

Quem consome produtos como Época, G1, O Globo, Globo News, CBN e o Jornal da Globo, é contaminado por mentiras que beiram a irresponsabilidade.


Amauri Chamorro*
reprodução
No dia 30 de agosto O Globo publicou uma reportagem de página inteira com a manchete “Resistência Sufocada. Com reeleição sem limites de Correa em jogo, Equador reforça repressão a manifestantes”. A matéria é, na verdade, uma soma de mentiras, desinformação e demonstra a linha editorial das Organizações Globo, habitualmente preconceituosa e sempre contrária aos governos progressistas na América Latina.


A Globo nasceu como um projeto da ditadura militar. Não é à toa que tem entre seus porta-vozes Alexandre Garcia, que foi empregado dos ditadores, e Arnaldo Jabor, cuja economia privada se resolveu depois que os Marinhos lhe deram um microfone giratório. Assim, quem consome produtos globais como Época, G1, O Globo, Globo News, CBN e o Jornal da Globo, não é contaminado apenas por parcialidade disfarçada de “independência”, mas por mentiras que beiram a irresponsabilidade.


As marchas, no Equador, na realidade são resultado de uma lei que cria o imposto da herança que castigaria principalmente as fortunas administradas por falsas fundações sediadas em paraísos fiscais. A fúria da direita foi imediata e a sua reação se deu poucos dias depois do anúncio presidencial. Imagina se essa boa moda pega e Dilma propõe isso no Brasil?


Para seguir a cartilha de acusação contra o governo do Equador, onde uma bem sucedida revolução democrática serve de exemplo ao resto do continente, O Globo se sustenta no fato de uma franco-brasileira ter sido detida numa violenta marcha que tentava invadir o palácio presidencial para justificar uma inexistente reação violenta do governo equatoriano. O jornal afirma que manifestantes apenas querem impedir a aprovação de uma emenda constitucional que permitiria ao Presidente Correa ser novamente candidato em 2017, mas o faz a partir de três fontes explicitamente contrárias o governo, o que faz com que o texto não pare em pé.


Por fim, buscando esquentar seus argumentos, o jornal publicou uma micro-entrevista totalmente mutilada do Ministro do Interior, dados muito relevantes para a compreensão não só dos fatos, mas da conjuntura que vive o país. Por isso, eu me sinto na obrigação de contrastar a publicação.


Distorção jornalística


A franco-brasileira Manuela Picq, detida enquanto participava da violenta marcha que buscava cercar e tomar o palácio presidencial, é uma papagaia-de-pirata que procurava um lugar ao sol midiático. Diferentemente do que afirma O Globo, ela nunca foi presa, e nem obrigada a sair do país. Basta ler a entrevista da Ministra de Justiça, Direitos Humanos e Cultos do Equador, na Folha, para entender realmente o que aconteceu. No momento em que ela foi abordada junto com outros manifestantes, ela se apresentou como estrangeira, e por não estar em posse dos seus documentos, ela foi retida. Depois de passar pelo atendimento médico, fora levada para um hotel onde se encontram estrangeiros sem a posse de seus documentos. Depois de uma decisão judicial, ela foi colocada em liberdade e não foi deportada. Apesar de seu visto não permitir atividades políticas no Equador, ela saiu do hotel em uma nova marcha, iniciando uma sequência de entrevistas aos meios opositores. Após alguns dias, se confirma a revogação o visto, já que ela infringiu a lei equatoriana por participar de uma manifestação violenta. Além disso ela se diz jornalista, o que é totalmente falso.  A outra fonte utilizada pelo O Globo é Carlos Peréz Guartambel, namorado de Picq, que se autodenomina líder indígena e defensor do meio ambiente. O Globo omite que este sujeitofoi representante de mineradoras e outras empresas autuadas por contaminação ao lençol freátic. Ele não diz que apoiava o governo e que quando seus clientes foram prejudicados e afetaram sua situação financeira, ele passou a ser de oposição. O Globo dá espaço para Guartambel afirmar que a polícia reagiu de maneira violenta contra os manifestantes, mas não aponta que o semi-indígena liderava a tentativa de cercar e tomar o Palácio (confira neste link).
 
Vale lembrar que Correa tem 61% de aprovação da sua gestão, comprovando assim que ampla maioria da população o apoia. Esta marcha apenas buscava gerar factóides com violência para ter o que mostrar aos meios internacionais.


A outra fonte do jornal é a ONG Fundamedios, que se apresenta como defensora da livre expressão, mas que representa apenas as empresas de comunicação é financiada pelaUsaid, Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional, que não passa do mecanismo de financiamento da desestabilização política em diversos países. Em 2012, o embaixador dos EUA admitiu que a Usaid pagava 25 mil dólares mensais para Fundamedios. Apesar de indicar a suposta violência do Estado contra a oposição, nem O Globo, nem Fundamedios falaram sobre as bombas que explodiram contra meios públicos de comunicação e a sede do partido do Presidente Correa durante as “legitimas” manifestações.


A intencionalidade de O Globo em enganar se mistura à de Fundamedios, e fica absolutamente evidente quando afirmam que a declaração do “Estado de exceção” seria para permitir a repressão contra os manifestantes e não, como de fato o é, devido à erupção do Cotopaxi, maior vulcão ativo do mundo, que ocorreu dia 14 de agosto. Vale saber que o vulcão fica a apenas 50 km de Quito e suas cinzas já chegam em praticamente todo o país. Correa assinou este decreto com o intuito de poder mobilizar todos os recursos necessários para a assistência dos mais de 350 mil afetados. Ainda que absurdo, a oposição, alinhada com a oposição equatoriana e com a narrativa do Globo, chegou a afirmar que o Presidente teria dinamitado o vulcão.


O jornal carioca cumpriu seu papel como empresa de comunicação responsável pela desinformação da imensa classe média do continente. Como parte de um processo estritamente de inclusão ao mercado de consumo, e sem uma formação educacional e cultural que permitissem uma leitura crítica do seu novo papel na sociedade, esses milhões de incluídos no mercado de consumo estão à mercê das análises de Jabores, Leitões e Sarderbergs.


A matéria não traz à luz o fato de que a oposição dispõe de um mecanismo constitucional chamada de “Revocatória de Mandato”, que após recolher as assinaturas necessárias, imediatamente tem que ser convocadas novas eleições. A questão é que eles sabem que não vencerão. Correa arrasa nas urnas desde que se apresentou pela primeira vez. Pelas vias democráticas e constitucionais a oposição não tem chance, então o caminho é buscar eco nos meios de comunicação por meio de violência para fazer crer de que o Estado é opressor. Para se ter dimensão da realidade, há 133 policiais feridos e apenas 60 manifestantes foram detidos, e todos já estão em liberdade. Se fosse um Estado opressor, os números seriam totalmente distintos.


Revolução cidadã


Este pequenino país sul americano vive há 8 anos um processo de mudanças estruturais tão profundas, que podemos considerar que o país foi refundado. Algumas das metas atingidas pela Revolução Cidadã, são parte dos anseios da sociedade brasileira, inclusive da conservadora classe média e alta. No Equador, foi criada uma nova constituição que permitiu a reforma política, judiciaria, tributária e do executivo.


Rafael Correa conseguiu, a partir dessa lógica, mudar os índices de desenvolvimento equatorianos, que até então eram iguais aos dos piores países africanos. Assim, o Equador se transformou num modelo de desenvolvimento sustentável, segundo a ONU.


Desde que Correa chegou à presidência, a direção do país saiu das mãos das elites econômicas e políticas que desde a independência definiram o futuro do país. Nunca fora perdoado por isso. Antes, a situação era tão miserável, que até os indígenas que viviam nos grandes latifúndios eram contabilizados como parte da propriedade: “vendo uma fazenda de 30 alqueires e com 14 indígenas”. Era muito comum que as empregadas domésticas não ganhassem salários, num regime de escravidão tolerado socialmente. Elas trabalhavam apenas por comida e moradia e seus filhos, desde muito pequenos, também trabalhavam. Lavavam os carros, cortavam a grama. Ambos apanhavam no caso de quebrar um prato ou não cumprir com suas atividades. Ninguém me contou que era assim. Eu presenciei esses fatos. Hoje essas mães têm carteira assinada, previdência, pelo menos recebem um salario mínimo, e seus filhos estudam gratuitamente nas melhores do mundo com bolsas do governo. Já são mais de 10 mil estudantes.


Correa tem uma característica visceral em sua gestão, impensável para quem espera um protocolar estadista. A dureza da defesa de suas posições criou um estilo odiado por todos aqueles que não o admiram. Esse temperamento difícil e muito carismático já deu ao presidente 79% de aprovação do seu mandato. Por isso, nas manifestações de agosto estavam lado a lado as forças de oposição, Guartambel e Manuela Picq. Uma aliança pra lá de suspeita. Isso O Globo não comenta.


*Amauri Chamorro é Comunicador Social, formado pela Universidade de Sorocaba, cursando Mestrado em Comunicação Política pela Universidade Autónoma de Barcelona. Mais de 20 anos de experiência em estratégias comunicacionais, trabalha com governos, partidos e organizações sociais progressistas na América Latina.

DEVE SER A CRISE !

20150914192258

SEÇÃO: POLÍTICA

Tucanos propõem “ajuste” que faz Levy parecer um “socialista radical”

arminio
A  coluna de Ilimar Franco, em O Globo, revela as receitas propostas ontem para o ” no caso de uma vitória de Aécio Neves à Presidência, do seu ministro da Fazenda, Armínio Fraga”.

(Curioso, eu devo ser muito distraído, mesmo: pensei que as eleições tivessem sido em outubro passado e que, agora, só em 2018)

O cardápio é aterrorizante:

– idade(mínima) de 65 anos para a aposentadoria;
– fim da estabilidade  para o servidor público;
– no setor privado, acordo prevalecendo (claro, imposto pelo patronato a ferro e fogo, nos tempos bicudos de uma crise) sobre aquilo previsto em lei;
– fim das vinculações obrigatórias das verbas destinadas à Saúde e  à Educação, para que possam ser reduzidas
Isso, claro, sem eliminar as medidas de do atual “pacote” e acrescentando a desvinculação da aposentadoria do salário-mínimo.

É de fazer Joaquim Levy parecer um bolchevique.

Será que os nossos leais tucanos, que vivem acusando Dilma de não ter falado a verdade na campanha, vão aproveitar seu programa de televisão, agora no dia 28?

O valentão Neves vai ser capaz de dizer isso em público?

Alguém vai convocar um panelaço?

Não?

Ah, eu sou muito distraído, mesmo.

PENSE NUMA FRASE FILOSÓFICA ?

grande-pensadora

SEÇÃO: OPINIÃO

Você está aqui: Página Inicial Política STF 8 a 3: a maior reforma política

STF 8 a 3: a maior reforma política

publicado 18/09/2015
Por isso o Gilmar ateou fogo às vestes ...
bessinha lisura
A decisão Suprema e irrevogável de interditar o acesso de grana das empresas na eleição é a maior das reformas políticas que o Congresso - supostamente - precisa aprovar para atender às supostas demandas dos marchadeiras de 2013.

Aqueles que eram incentivados pela Globo e as suaves apresentadoras da GloboNews: "a ponte Rio-Niteroi é em frente à direita", dizia a âncora em êxtase orgasmático.

A reforma é essa do Supremo.

Que o Gilmar tentou impedir por mais de um ano.

Agora, quem quiser contribuir vai ter que ser na pessoa física.

Isso vai democratizar e baratear a eleição.

A eleição brasileira não será mais como a americana, em que os candidatos não disputam voto mas a preferência de cinco mega-financiadora.

Ou seja, vai reduzir a maquiagem dos candidatos no horário eleitoral.

Vai aproximar o candidato pobre do partido pobre do bilionário Eduardo Cunha.

Como demonstrou o Julio Camargo, o Cunha precisava desesperadamente de dinheiro para azeitar a campanha de sua bancada de 146 heróis da grana na política.

E vai ferrar o PSDB - daí o desespero do ministro (sic) Gilmar - , porque o PSDB vive de grana de empresa.

E vai beneficiar partidos - PT, PCdoB, PDT - que tem base, raiz popular.

A eleição será mais democrática, mais autêntica, vai depender menos da grana.

Por isso o ministerial destempero.

Vai depender mais das contribuições de baixo valor unitário, na internet, no corpo-a-corpo.

Porque a Direita não gosta de Democracia nem de eleição.

Gosta do Poder.

Paulo Henrique Amorim

AINDA VAI CONTRATAR ?

5

VÍDEO MUITO INTERESSANTE:

SEÇÃO: POLÍTICA

Mino Carta: FHC comprou votos, comandou as privatizações, praticou estelionato eleitoral, quebrou o Brasil três vezes

publicado em 18 de setembro de 2015 às 12:47
FHC
Eterno golpismo
Miúda reflexão sobre impeachment, democracia e Estado de Direito no país da casa-grande
Na esteira do Cruzado 1, em outubro de 1986 José Sarney  cometeu estelionato eleitoral logo após a vitória peemedebista nas eleições para os governos estaduais, Congresso e Assembleias, ao lançar o Cruzado 2 e arrastar o País para uma crise econômica de grande porte. A situação, complicada pelo fracasso da moratória do começo de 87, perdurou até o fim do mandato de Sarney.
Nem por isso se cogitou, em momento algum, do impeachment do ex-vice-presidente tornado presidente pela morte de Tancredo Neves,  em claro desrespeito a qualquer regra do jogo pretensamente democrático.
Ao lançar o olhar além-fronteiras, temos o exemplo recente de Barack Obama, atingido em cheio pela explosão da bolha financeira de 2008, a mergulhar os Estados Unidos em uma crise de imponentes proporções. Obrigado a enfrentar a queda progressiva do valor do dólar, assoberbado pelas habituais pressões e ameaças das agências de rating, vítima de índices de aprovação cada vez mais rasos, Obama acabou sem o apoio da maioria parlamentar. Nem por isso sofreu o mais pálido risco de impeachment, mesmo porque hipóteses a respeito seriam simplesmente impensáveis aos olhos dos parlamentares americanos, mesmo republicanos.
Se a ideia já teve no Brasil razão de vingar, ao menos de ser aventada, foi em relação a Fernando Henrique Cardoso: comprou votos para se reeleger e comandou privatizações que assumem as feições inequívocas das maiores bandalheiras-roubalheiras da história pátria, realizadas às escâncaras na certeza da impunidade. Praticante emérito do estelionato eleitoral, fez campanha para a reeleição à sombra da bandeira da estabilidade para desvalorizar o real 12 dias depois da posse para o segundo mandato.
FHC é recordista, conseguiu quebrar o Brasil três vezes. Ao cabo, entregou a Lula um país endividado até a raiz dos cabelos e de burras vazias. Ao longo da sua trajetória presidencial, jamais se imaginou a possibilidade do seu impeachment.
O príncipe dos sociólogos, outrora encarado como elemento perigoso por quantos hoje o veneram, tornou-se xodó da mídia nativa e dos senhores da casa-grande. Favor irrestrito e justificado: nunca houve alguém tão capacitado para a defesa dos interesses do reacionarismo na sua acepção mais primitiva.
Hoje em dia, FHC arca com o papel de oráculo da política brasileira com invulgar destemor. Tudo dentro dos conformes, a desfaçatez, a hipocrisia e o oportunismo tucanos não têm limites. O enredo é típico, assim como já é clássico o caso de Fernando Collor,  que se retirou antes de sofrer impeachment. Exemplar entrecho, de todos os pontos de vista, que vivi de perto por mais de dois anos, quando dirigia a redação de IstoÉ.
Para mim a história começa 25 anos atrás. O então repórter da IstoÉ Bob Fernandes tocaia por dois meses o operador do presidente, PC Farias. Chega a hospedar-se por algum tempo no apart-hotel, onde em São Paulo vive o tocaiado. Enfim a revista publica uma reportagem de capa sobre as façanhas do PC, em que se relata tudo aquilo que o irmão de Collor diria a Veja um ano e meio depois, com exceção dos supositórios de cocaína.
Eis aí, neste roteiro, um aspecto ineludivelmente brasileiro. Quando da reportagem, a mídia cuidou de não lhe dar eco e seguimento, ao contrário do que se daria em qualquer país democrático e civilizado.
Até então, a casa-grande suportava que o presidente cobrasse pedágios elevadíssimos em relação a obras feitas e ainda assim o imaginava adequado ao cargo de propiciador de benesses. Fora a Veja, aliás, que popularizara a definição de Collor como “caçador de marajás”.
Com o tempo, a cobrança collorida passou a ser considerada insuportável e se entendeu que valeria submeter o cobrador a um aperto sério, embora comedido. Foi a hora da entrevista do irmão, esta sim imediatamente repercutida.
A CPI convocada para cuidar do caso moeu meses de sessões inúteis à falta de provas. Não fosse IstoÉ, daria em nada. A sucursal de Brasília da revista, dirigida por João Santana, foi capaz de demonstrar a ligação entre a Casa da Dinda e o Palácio do Planalto, e o encaminhamento do impeachment foi inevitável.
A Globo prontificou-se a chamar para as praças manifestações bastantes parecidas àquelas que pipocam de dois anos para cá, frequentadas, sobretudo, por burguesotes festeiros, enquanto a Veja ganhava o Prêmio Esso de Jornalismo, remota invenção alienígena destinada a consagrar o jogo corporativo, festival do compadrio da mídia nativa.
Há quem diga que estamos a transitar por uma conjuntura similar àquela, e se engana, está claro, por hipocrisia ou ignorância. O impeachment de Dilma Rousseff é totalmente impossível à luz da Constituição. Se quiserem mandar as aparências às favas, seria golpe mesmo, conforme conhecimento até do mundo mineral. Mas golpismo é inerente ao país da casa-grande. Editoriais, colunas, artigos e reportagens dos jornalões recordam, cada vez mais, os textos de 51 anos atrás.

E O PORTUGUÊS ?

7

SEÇÃO: POLÍTICA

O “puxa-saquismo” de O Globo ao MP da Lava-Jato

bajula
Tem gente sem um pingo de, dizia a minha mãe, simancol.

O Globo dá uma chamada na primeira página do seu site que é um primor de bajulação aos procuradores da Operação Lava-Jato:


É?

A ação foi apresentada em setembro de 2011, três anos antes da deflagração da Lava Jato, com a prisão de Alberto Yousseff e, dias depois, de Paulo Roberto Costa, em março de 2014.

Prisões que ocorreram quatro meses depois de ter começado o julgamento,  em  11 de dezembro de 2013, quando o relator Luís Fux e o ex-presidente do Supremo, Joaquim Barbosa, deram seus votos acolhendo a posição da Ordem dos Advogados.

No dia seguinte, 12 de dezembro, Luís Roberto Barroso e Dias Tóffoli votaram no mesmo sentido e o julgamento foi paralisado por um pedido de vistas de Teori Zavascki.

Quatro a zero.

Em 2 de abril de 2014, quando a Lava Jato ainda era um zumbido, Zavascki libera seu voto contrário e votam com a OAB os ministros Ricardo Lewandowski e Marco Aurélio Mello, fazendo seis a um e formando maioria na corte.

No mesmo dia, Gilmar Mendes pede vistas e, aí sim, senta-se durante um ano e cinco meses sobre o processo, impedindo sua eficácia nas eleições de 2014.

Então onde é que a decisão do Supremo foi “conquista da Lava-Jato”? Aliás, nem isso é  sequer  dito na matéria, mas serve de pretexto para algum editor “malandro” enganar leitores incautos.

E para colocar os ministros do Supremo de cordeirinhos da turma do Paraná, como se muito constrangidamente, pela repercussão do caso, tenham abolido a grana de empresas da campanha.

É justamente o contrário e que pegou carona na Lava-Jato foi Gilmar Mendes, num voto-panfleto, para tentar manter as doações empresariais na legalidade.

Não é só mau jornalismo, não. É mau caráter na edição de um jornal.

AINDA VAI ?

2

VÍDEO DE MAIS UM EXPLORADOR DA FÉ

HUMOR:

Pombo

SEÇÃO: POLÍTICA

Obra da Camargo Correia com “taxa” ao governo paulista tem irregularidade de 148%

relatorio
A revelação pela Carta Capital – e só por ela, até agora – que o relatório da Polícia Federal aponta uma “taxa” de 5,6% para a “administração central” em uma obra de rebaixamento da calha do Rio Tietê realizada pela Camargo Correia começa a apontar para um escândalo de grandes dimensões também nesta área do governo paulista.

Em junho de 2006, a Folha publicou reportagem sobre os aumentos de preço considerados “absurdos” pelo Tribunal de Contas de São Paulo – habitualmente dócil aos governos tucanos”.

A “festa”começou com uma majoração de 148% no contrato de gerenciamento da obra, que envolve, entre outras atividades, as medições pelas quais as empreiteiras são pagas, isso aceitando-se a explicação de Alckmin sobre os valores:

“O consórcio Enger-CKC, contratado pelo DAEE (Departamento de Águas e Energia Elétrica do Estado de São Paulo), deveria receber R$ 18,6 milhões pelo trabalho de consultoria para apoio ao gerenciamento geral da implantação das obras de rebaixamento da calha do Tietê –que envolve, entre outras coisas, a realização de medições dos serviços feitos.O montante triplicou e subiu para R$ 59,3 milhões (219% a mais), segundo auditoria do TCE. O governo Alckmin, porém, diz que os aditivos foram de R$ 27,6 milhões –sendo os R$ 13,1 milhões da diferença apenas reajustes já previstos em contrato, com base em indicadores da Fipe “.
O contrato foi julgado irregular e há, desde 2005, um decreto legislativo –  que o anula –  dormindo nas gavetas da Assembleia paulista.

Há ainda uma pendência de R$ 153 milhões, segundo se publica no Diário Oficial de São Paulo, envolvendo as empreiteiras , o  Processo Arbitral 16577/JRF :

” Fazendo uso do direito que lhe é dado através da cláusula XXIII do contrato nº 2002/22/00042.5 assinado com o DAEE em 28/02/2002, o Consórcio Camargo Corrêa/Enterpa/Serveng, responsável pela execução das obras no trecho do rio Tietê denominado Lote 4, interpôs em 31/08/09, junto ao Tribunal Arbitral da ICC – International Chamber of Commerce – processo arbitral para solução de controvérsias que se desenvolveram ao longo da execução do contrato, e que já haviam sido discutidas administrativamente no decorrer dos fatos, sem que se tenha chegado a acordo. O valor da reclamação é da ordem de R$ 44.000.000,00 (quarenta e quatro milhões de reais).”

A Serveng, integrante do consórcio, doou  R$ 2,8 milhões para a última campanha de Alckmin, em 2014. Em 2010, foi a própria Camargo Correia que doou R$ 2,5 milhões. Ou 5,6% da diferença de R$ 44 milhões.

Isso, claro, não faz de Alckmin automaticamente “culpado” de receber propinas em troca de acordos em obras, mas a mesma regra vale para todos.

Mas torna obrigatório que o principal executivo da Camargo Correia seja interrogado sobre o que significa a “taxa” para a “administração central”de São Paulo.

Ou será que isso não vem ao caso?