sábado, 8 de fevereiro de 2020

Produção de veículos cai 3,9%. Máquinas agrícolas, 5,9%. Importações preocupam

Para ilustrar o que disse no post anterior sobre os sinais fracos da economia que não repercutem no mundo ilusório da especulação: a fabricação de veículos em janeiro de 2020 ficou 3,9% menor que em janeiro de 19, enquanto as vendas caíram 3,2%.
A de máquinas agrícolas, que refletem as expectativas do agronegócio, pior ainda: queda de 5,9% na mesma comparação, redução puxada pelas máquinas voltadas para a cultura de grãos, como soja e milho.
E o problema aí não é a China. Em parte é a Argentina, nosso maior importador nestes setores.
Problemas com a China, sim, já estamos tendo em outras áreas da indústria. O Valor noticia hoje que uma montadora de celulares da Motorola em São Paulo, vai parar dez dias por falta de placas importadas, o que está afetando também a filial da Samsung e outras empresas.
No Valor, prevê-se que dentro de poucas semanas a falta de insumos, em geral, e de componentes eletrônicos vai ser fortemente sentida por nossas indústrias. Os navios, diz o jornal, têm saído de lá com carga abaixo do normal, por falta de produção.
Em outro sinal preocupante, a China National Offshore Oil Corporation, petroleira chinesa parceira da Petrobras, suspendeu seus contratos de compra de gás natural. Como o gás alimenta fábricas, é de se supor que a demanda deste setor murchou acentuadamente.

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