sábado, 8 de fevereiro de 2020

Guedes elege o novo inimigo da Nação: o servidor público

Diz o G1 que o ministro da Economia, Paulo Guedes, comparou funcionários públicos a “parasitas” ao comentar, hoje, as reformas administrativas pretendidas pelo governo federal. em palestra na Fundação Getúlio Vargas, em São Paulo.
Segundo ele, seria absurdo o reajuste anual dos salários dos servidores que, segundo ele, já têm como privilégio a estabilidade no emprego e “aposentadoria generosa”.
Como todo autoritário, apela para estratégia de criar um “inimigo interno”, aquele que deve aparecer como causador de todos males.
Os “parasitas”, certamente, não incluem os servidores militares, única categoria com aumento de vencimentos que, este ano, importará numa despesa extra de R$ 4,7 bilhões, mais R$ 7 bi em 2021 e R$ 9 bilhões em 2022.
Nem acha que a “aposentadoria generosa” é a do capitão Jair Bolsonaro, aos 33 anos de idade.
Claro que há maus servidores públicos, daqueles que querem que “o mundo se acabe em barranco para morrerem encostados”. Mas há também, em muitísimo maior escala, o caso do servidor malvisto porque é que personifica “a cara” do serviço público deficiente.
Ou será que você vai achar eficiente o sujeito que, depois de você esperar horas na fila, diz que seu benefício previdenciário, pedido há seis ou sete meses, não tem data para sair? Ou que o exame que você precisa, no hospital, vai demorar três meses?
Além disso, como seria ilegal – e Bolsonaro já afirmou que não se proporá isso – que a reforma valha para os atuais servidores, o impacto sobre as despesas com pessoal da União será, do ponto e vista prático, nenhum.
Como só valerá para novos servidores e os concursos estão suspensos, será zero.
Mas serve para a campanha de ódios.

Nenhum comentário:

Postar um comentário