sábado, 8 de fevereiro de 2020

O “excludente” de ilicitude já existe quando o morto é pobre

A Corregedoria da PM paulista já decretou.
Os nove jovens que morreram do baile funk de Paraisópolis cometeram suicídio.
Ninguém mais, além deles próprios, foi responsável por suas mortes.
Os policiais agiram “em legitima defesa” ao encurralarem-nos num brete onde a única saída era pisotearem-se uns aos outros.
Ainda que possa não ter sido deliberado, foi o emprego abusivo da força.
Afinal, eles não são gente como eu ou você, não é?
A turma do “prende e arrebenta” ou do, atualmente,”nem prende, vai matando logo, cancela o CPF” está radiante.
O excludente de ilicitude já está, como há tempos, implantado.
E mais amplo do que queria Sergio Moro. Nem medo, nem surpresa, nem violenta emoção.
Basta que o morto seja pobre, quer maior prova de que era um criminoso?

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