sábado, 5 de maio de 2018

Gandra quer matar a Justiça do Trabalho que presidiu

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O reacionaríssimo Ives Gandra Martins Filho, que deixou faz pouco a presidência do Tribunal Superior do Trabalho, acena hoje, na Folha, com um prato saboroso para a elite brasileira: acabar com a Justiça do Trabalho.
“Para Ives Gandra Martins Filho, ministro do Tribunal Superior do Trabalho (TST), a insegurança jurídica após a reforma trabalhista é criada por juízes que não aceitaram a nova lei.
“Se esses magistrados continuarem se opondo à modernização das leis trabalhistas, eu temo pela Justiça do Trabalho. De hoje para amanhã, podem acabar com [a instituição]”, disse Ives Gandra em um evento em São Paulo, nesta quinta-feira”.
O evento, claro, era um convescote patronal, onde todos estão muito felizes com a amputação dos direitos trabalhistas promovida por Michel Temer, com o apoio de Gandra.
Gandra, para quem não se recorda, foi aquele que disse que a retomada do emprego dependeria do corte dos direitos do trabalhador. Cortaram e o desemprego segue em forte escalada.
Agora, o argumento é que “os juízes não aceitam a lei”, pelo fato de as mudanças feitas pela “reforma” conterem  imensas contradições com a Constituição.
Falta pouco para os “economizadores” sugerirem que, junto com os privilégios dos magistrados, jogue-se fora a única garantia dos trabalhadores.
Afinal, Justiça do Trabalho para quê? Só precisamos de Justiça Criminal, para botar na cadeia os pobres e aqueles que ousarem defendê-los.

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