sábado, 5 de maio de 2018

Delegado depredador foi grevista e candidato de partido metido na Lava Jato

nervosinho
O delegado da Polícia Federal Gastão Schefer Netto, que  quebrou, na manhã de hoje, o equipamento de som usado por apoiadores do ex-presidente Lula, em Curitiba, está longe de ser um cidadão que não suporta manifestações políticas.
Ele já liderou uma greve de policiais federais no Paraná, onde era diretor da Associação de Delegados Federais e foi candidato a deputado federal pelo PR, partido comandado pelo ínclito Waldemar Costa Neto.
Tem, portanto, intimidade com manifestações (no caso da greve, para ganhar próximo do que ganha um juiz) e com política.
Curioso é que publicou na internet uma recomendação aos “nervosinhos” que querem impor sua vontade à força, na base do chilique:
Em tempos difíceis, com altos índices de violência, sermos educados e gentis nas situações do dia a dia podem, sim, fazer com que nos mantenhamos seguros, além de que ser educado é algo básico para a convivência de todos.
O texto, aliás, chama-se “cuidado com os nervosinhos“. Mais curioso é que o delegado é defensor do armamento amplo, geral e irrestrito, como Bolsonaro.
Nervosinho armado é um perigo e um pouco mais, no seu “dia de fúria”, quem sabe o doutor tivesse disparado uns tirinhos?
O comando do acampamento divulgou nota em que narra a agressão e que o delegado, mesmo depois de contido pela Polícia Militar continuava tentando intimidar os militantes, registrando seus rostos com um telefone celular e pedindo que, além do processo criminal que Gastão Schefer responder a Polícia Federal tome as medidas disciplinares em relação ao funcionário. Do contrário, a instituição se tornará cúmplice de mais este atentado. Graças à atuação dos militantes que voluntariamente cuidam da segurança da esquina Olga Benário, Neto foi contido sem que nada de mais grave acontecesse com sua integridade física ou da dos presentes. A deputada federal Ana Perugini (PT-SP) e as deputadas estaduais Márcia Lia (PT-SP) e Rosangela Zeidan (PT-RJ) foram à corregedoria da PF pedir providências.

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