sábado, 23 de julho de 2016

Helena Chagas: estratégia é tornar Lula inelegível

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A jornalista Helena Chagas publica hoje, no site Os Divergentes, artigo onde diz que “A estratégia dos acusadores de Lula agora é outra. Querem julgá-lo, condená-lo e torná-lo inelegível antes das eleições de 2018”.
Ela avalia que, em razão da reação à “condução coercitiva” de Lula pela Polícia Federal e pelo fato de o ex-presidente se considerar à frente das pesquisas eleitorais, ” são mínimas, a esta altura, as chances de o ex-presidente Lula ser levado à prisão preventiva ou temporária pelos investigadores da Lava Jato”.
A ideia seria, então, arranjar um julgamento rápido e uma condenação que tornasse o líder petista inelegível. “Se vão conseguir,  aí são outros quinhentos”, diz ela.
A denúncia mais avançada que existe hoje contra Lula é a do Ministério Público do DF, por tentativa de comprar o silêncio de Nestor Cerveró e atrapalhar as investigações da Lava Jato. Mas ela ainda não foi aceita pela Justiça e seu julgamento poderá levar algum tempo, sobretudo até chegar à segunda instância, tornar o ex-presidente inelegível e condená-lo, quem sabe, a cumprir pena preso.
Chagas afirma que “a turma de Curitiba, liderada por Sérgio Moro”, até agora, não tem elementos suficientes para uma condenação do ex-presidente porque  casos como o do sítio de Atibaia, o apartamento do Guarujá e a guarda do acervo presidencial só poderiam “servir para outras acusações menores”.
Mas ela crê que “em algum momento, Lula será condenado e, possivelmente, terá contra ele um pedido de prisão , ainda que de poucos anos e atenuado por medidas alternativas de cumprimento da pena.”, apesar de ter dúvidas de que isso possa ser confirmado após recursos e, com isso, torná-lo inelegível.
Apenas uma coisa é certa: nunca antes neste país um sujeito desarmado provocou tanto medo.
Como se vê, a Justiça tornou-se um aparelho político. E, com “sorte”, também eleitoral.

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