quinta-feira, 26 de maio de 2016

Para o curso de línguas da Ministra Rosa Weber: “jeitão de golpe”, em francês

allures
Mais um jornal estrangeiro arranja um jeito, como se mostrou ontem aqui, explicar à Ministra Rosa Weber, como ela determinou a Dilma Rousseff, por que usou a palavra golpe para definir o que se passa no Brasil.
Primeiro em inglês, com o “complô” usado pelo New York Times e pelo The Guardian.
Agora em francês, no tradicional jornal LibérationBrésil : un impeachment aux allures de putsch – Brasil: um impeachment  com jeito de golpe – reportagem do Liberation, da França, em parte reproduzida pela Folha:
Em um país em recessão, a revolta popular foi instrumentalizada por políticos corrompidos para depor a presidente Dilma Rousseff, escreve a correspondente do jornal francês “Libération” Chantal Reyes. “Sabemos agora que as motivações para destituí-la não tinham nada de nobre”, diz, antes de resumir as conversas reveladas pela Folhanas quais Romero Jucá (PMDB-RR) defende uma “mudança de governo para parar tudo”, ou seja, frear as investigações do gigantesco escândalo de desvio de recursos da Petrobras.
A conversa entre Jucá e Sérgio Machado, ex-diretor da Petrobras, traz para dentro do escândalo o PSDB, partido de oposição, de centro-direita. Mas o que é pior, segundo o “Libération”, é que o Supremo Tribunal Federal, de acordo com a conversa registrada, pensava que destituir a chefe de Estado reduziria a pressão popular sobre a Lava Jato.
Para a publicação, “a legitimidade do governo interino está mais comprometida do que nunca” e a única “caução” deste governo é o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, respeitado pelos mercados.
E com aquele “putsch”, Ecelência, ainda vai um pouquinho de alemão. Mas pode ficar tranquila que, daqui a pouco, a gente fica sabendo como é golpe em qualquer língua deste mundo, vasto mundo.
Embora isso não seja uma solução, não é?

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