Sr. Promotor, o senhor sabe como é “pagar mico” em inglês?
Assalta-me uma dúvida.
Como será que se traduz “vá catar coquinho” em inglês?
Porque, como foi esta a resposta do promotor José Carlos Blat, um dos autores do aloprado pedido de prisão de Lula ao repórter Ricardo Senra, da BBC, o pobre do coleguinha deve ter ficado embaralhado na hora de produzir o despacho lá para Londres.
Achei de “drop dead” (morra) até “kiss my ass” (tradução não exibível neste horário), o que certamente vai gerar um “disgusting” lá na velha metrópole.
O promotor disse que, lógico, sabe a diferença entre Hegel e Engels, , assim como deve saber que comeu um “s” nas duas citações que fez a Nietzsche.
Mas poderia saber a diferença entre bons modos, dever de urbanidade e grosseria.
Compreende-se o nervosismo, porém.
É a hora de provar do lado B da notoriedade.
Agora não tem mais o pressuroso copydesk da Veja.
É o “escreveu não leu, cambuí bateu”, como dizem os gaúchos.
Assalta-me a segunda dúvida: porque será que – certamente sabendo dissertar por horas sobre as diferenças da dialética hegeliana e o materialismo dialético de Engels – “suas promotências” não tiveram tempo de revisar o texto e sanar erro tão caricato?
Estavam apressados?
Tinha hora, a encomenda?
O processo, como se sabe, vem de 2009.
Sete anos.
Mas a correria para soltá-lo antes do dia 13 e fazer dele panfleto convocatório para os atos coxinhas dá nisso.
Assalta-me outra, a terceira, dúvida.
Como será que se diz “pagar mico” em inglês?
Cartas para a Redação.
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