Crônica do dia. Nosso Caro Amigo,
Renato Leite
Para homenageá-lo no dia de seu aniversário, tive que iniciar por um referencial que na minha concepção, norteia seus sentimentos, suas paixões, e sempre trás muitas alegrias para nosso amigo. Estou falando da MÚSICA. Como diz o poeta Vinícius de Moraes: “quem já passou por esta vida e não viveu, pode ser mais, mas sabe menos do que eu, porque a vida só se dá pra quem se deu”. Viver intensamente, significa muito pra Renato, principalmente pela importância que ele deposita em seus finais de semana, tempo valioso para discutir, debater, filosofar, polemizar e conversar com os amigos, conversar sobre tudo, inclusive: desejos, angústias, mulheres, música, projetos de vida, coisas que sempre pensamos em realizar durante a próxima semana, dando mais sentido aos sábados. Mas para concretizar tudo isso, primeiramente Renato não deixa à “peteca cair”, e ele tem sustentado esta “peteca” no ar, mesmo sabendo que, na condição de aposentado, poderia relaxar e a “peteca poderia cair. Mas não foi isso que aconteceu. outros projetos surgiram na sua vida, projeto de realização pessoal, como: o sítio, a ONG, AABB, Faculdade, que deram uma nova dinâmica na sua vida, ficando ele atento ao tempo gasto pela “peteca” no ar, até chegar ao chão, segurando-a com decisão e firmeza, sem deixá-la cair.
O seu jeito polêmico de ser, causa de muitas discussões entre seus amigos. É seu jeito, ele é assim mesmo, diferente, e são essas diferenças que muitas vezes chocam as pessoas, suas provocações diante de tudo e de todos. Enfim, é sua maneira de enxergar as relações, enxergar o mundo. Gostamos de você assim, como você é. Nem sempre concordamos com tudo que você pensa, que você fala, que você imagina, respeitamos, e temos certeza que sua afinidade com o grupo, reflete também este conceito. Pensando assim, acredito que estamos contribuindo para o enriquecimento dos diálogos, como também, desenvolvendo o”bom senso” para o entendimento coletivo. As pessoas são diferentes, e são essas diferenças que movem o mundo, tornando-as dinâmicas e alimentando o “motor” de nossas vidas:
Parabéns, não somente pelo aniversário, mas também pelas suas atitudes de reconhecimento de seus erros, quando literalmente “pisa na bola.”atitude essa, de reconhecimento, temos que propagar em nosso meio.Como você mesmo diz: reconhecer seus próprios erros e tentar corrigi-lo, é um ato grandioso.
Suas ferrenhas críticas contra tudo e todos, sempre foi uma constante. Mas desde que conhecemos você observamos essas suas características, e tudo isso, tem contribuído também para o despertar em todos nós o “senso crítico”, base para a compreensão do mundo musical, do mundo político, do mundo social e cultural. Sua exigência pela qualidade musical é louvável, não mede palavras para tanta descaracterização cultural, não suporta, nem admite pessoas aceitarem esta febre de aculturação espalhado pela mídia, deformando assim, os valores éticos, que você acredita ser essencial para os humanos.
Renato, o tempo passa e nossos cabelos começam a pratear, mas você insiste para que estes mesmos cabelos não ultrapassarem a idade cronológica, por isso, não ver vantagem alguma em deixar a “peteca” cair. Exaltar as novas tecnologias, desenvolvidas para melhorar cada vez mais nossa aparência, torna sendo um discurso, um argumento, no intuito de convencer os amigos à pintar os cabelos, e com isso, reafirmar que a idade está na cabeça de cada um, não no sentido estético, mas no pensamento. Segundo Renato, para aqueles que ainda restam alguns cabelos, não acreditem que cabelos” grisalhos”ou brancos é sinônimo de beleza, isso é criação das mulheres, se fossem tão bonitos assim, as mulheres não pintavam os seus.
Para terminar, gostaria de agradecer pela oportunidade de expressar nossa alegria em escrever um pouco sobre o amigo, e falar também da sua contribuição dada ao grupo, não somente pelas belas descobertas musicais, que vai desde as baladas dos Beathes ao mais refinado som da MPB, mas pelo seu jeito, solidário, honesto, brincalhão e companheiro para com seus amigos.
Um Abraço, são os votos de todos nós.
Professor Fernando, 29/08/2009
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