Caro Amigo, Marco Crato
Escrever uma crônica em homenagem ao seu aniversário, foi um prazer muito grande, argumentos tenho de sobra, já que nossa amizade está chegando a três décadas, e como diz Milton Nascimento “ amigos é coisa pra se guardar do lado esquerdo, mesmo que o tempo e a distância e o digam “não”
Esta homenagem vai andar por trilhos de lembranças e nostalgias que marcaram nossa convivência e enceram períodos de nossas vidas. Fomos contemporâneos de colégio e, nesse período, vivíamos aquele sonho de estudar na capital, com todas as dificuldades, mais da minha parte, chegamos até lá. Na capital cearense dividíamos a saudade do interior, saudade de tudo e de todos. Quando nos encontrávamos, muitas vezes por acaso, já que morávamos muito distante um do outro, era sempre pra falar e viver o Crato em Fortaleza.Lembra do “caldo de cana” acompanhado daquele delicioso pastel, da praça José de Alencar? era lanche favorito dos estudantes da época, sem nenhuma preocupação com o colesterol. Lembra também da sua pisada na ponta da saia daquela senhora, que descia as escadas do coletivo, que constrangimento para a madame, ficou com a saia na mão, e ao mesmo tempo, um show de risadas para quem estava assistindo, coisas que ficam na lembrança. As férias e os finais de semana prolongados só tinham um destino, O Crato, o transporte não importava: trem, ônibus, o importante era está por aqui, e matar a saudade com as namoradas, com os amigos, nesse período já existia um grupo coeso de amigos, que por sinal, foi o embrião deste grupo, que hoje se encontra aqui reunidos.Uns moravam em Fortaleza outros em Recife e nesses feriados não faltavam brincadeiras, ao som de uma bela música, que embalava nossos sonhos de objetivos comuns.
Marco mesmo morando em Fortaleza, nunca esqueceu suas raízes interioranas, sempre lutou pra viver aqui, sempre “brigou” pela valorização da nossa terra, de nossa gente. O “Direito fez Marco retornar ao Crato, chegando à advogar por aqui, dando sua contribuição em projetos sociais. Mas o destino preferiu colocar você noutro lugar e assim dá continuidade ao seu projeto. A Bahia tirou você da nossa convivência diária, mas não do contato. “Paulo Afonso” ganhou um grande sujeito,um grande amigo com valores imprescindíveis: humano, solidário, companheiro e com um senso de humor invejável.Sabemos que por onde você passa, deixa saudade, tanta é sua facilidade de fazer sinceras amizades e construindo um enorme ciclo de boa vizinhança.
Para que não conhece Marco, juntamente com nosso presidente Geilson, foram os primeiros a ocupar este território. Quando adolescentes, já visitavam o Belmonte no intuito dos famosos namoricos que geraram paixões e marcaram gerações, onde deliciavam das águas do Pajé saboreando o refrigerante da moda, Grapette.
Parabéns, Marco por valorizar tanto nossa cultura, nossa identidade, nossa música tão “massacrada” pela mídia. Ninguém é mais cratense que você, temos conhecimento de sua divulgação e sua luta em defesa da limpidez das águas que banham este “sopé” da Chapada do Araripe, como também, do brilho deste verde que enche de esperança nossas vidas e encanta as tardes do Pajé.
Um abraço, em nome de todos os amigos que gostam muito de você.
Professor Fernando, 29/08/2009
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