sábado, 4 de maio de 2019

Os R$ 500 mil do Ministro da Educação não foram um erro, mas uma aberração

Tales Faria, em seu blog, publica o vídeo – que reproduzo ao final do post  – onde o ministro da Educação, Abraham Weintraub, e seu presidente do Inep, o delegado de polícia (!!!) Elmer Vicenzi discorrem, longa e laudatoriamente, sobre a grande proeza de gastar apenas R$ 500 mil para avaliar sete milhões de alunos do ensino funadamental.
Não é possível que aos dois, por tanto tempo, faltasse a percepção de que o numero estava errado (são R$ 500 milhões).
Agfinal, bastava saber fazer uma divisão simples para saber que R$ 500 mil para sete milhões dá 7 centavos por prova, o que não paga um pacote de figurinhas, aliás nem mesmo uma só delas.
A razão era outra, como aponta Tales:
Alguém lhes falou dos R$ 500 mil e eles resolveram usar rapidamente como instrumento de marketing sem se questionar: como era possível? O indicativo de impossibilidade era tão grande que imediatamente os repórteres, durante a entrevista, já questionaram a quantia. Como puderam um ministro e o presidente do Inep, cercados de técnicos, não terem desconfiado? Só a pressa em demonstrar devoção pelo imperador pode explicar. Aliada, é claro, ao ódio guerreiro pelos “inimigos” que criticavam a retenção de recursos para instituições de ensino e pesquisa.
Mas não se culpe em demasia a dupla de palermas.
Afinal, eles fazem parte de um governo que se ocupa de quinquilharias como se estas fossem a redenção nacional: os cabelos tingidos do comercial do Banco do Brasil, as bananas do Equador, os pintos mal lavados, a condecoração do Olavo de Carvalho…
A economia, o emprego, a produção afundando enquanto Bolsonaro toca a harpa de suas bobagens.
Em matéria de avaliar o aprendizado do público infantil, a depender dele, gastar sete centavos é um desperdício…

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