sábado, 11 de maio de 2019

Mais um banco rebaixa previsão do PIB: Bradesco estima só 1,1% de expansão

Depois do Itaú e do Citibank terem reduzido para 1,4% sua projeção de expansão do Produto Interno Bruto brasileiro paraeste ano, agora à tarde o Bradesco seguiu e avançou neste “caminho para trás”: diminuiu quase à metade, de 1,9% para 1,1%,  a expansão anual e sugeriu uma queda de 0,2% na produção de bens e serviços no primeiro trimestre.
Como é de praxe o otimismo nas previsões de bancos – quem prevê desastre não faz negócio – e considerando a história recente da economia brasileira, onde sucessivas estimativas de atividade econômica se corroem ao longo do tempo, cada vez é maior a certeza de que vamos rumo ao PIB zero até o final do ano.
No relatório, publicado pelo Poder360, os economistas do comando do Bradesco reconhecem que não há nada que sinalize a recuperação da economia, sobretudo sob a ótica da demanda:
Até o momento, não há vetores de demanda na economia. Não há impulso externo capaz de acelerar o crescimento, especialmente em uma economia fechada como a brasileira, apesar da depreciação do câmbio real desde 2018. Do lado dos investimentos, a elevada ociosidade e as incertezas quanto às reformas impedem que eles ganhem tração. O consumo tem crescido apenas em linha com a geração de empregos, que tem sido fraca e, portanto, sem vetores de aceleração. Por fim, os gastos do governo seguem limitados pelo teto, com estados e municípios sem condições de retomarem investimentos.
O banco também revisou, para cima, a taxa de inflação e o câmbio do final de 2018, para 4% e R$ 3,80 por dólar. Mas estes, tal como o PIB, ainda são números que dependem de alguma melhoria no cenário atual e, ainda, de que a economia mundial não sofra abalos significativos.
Portanto, wishful thinking.

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