sábado, 11 de maio de 2019

Câmara terá “batalha das armas”. E Maia é quem tem o “trabuco legislativo”

Caiu de presente no colo de Rodrigo Maia.
O parecer da assessoria técnica da Câmara afirmando que vários artigos do decreto que liberou o porte de armas para milhões de pessoas, em potencial, são flagrantemente inconstitucionais é, para o presiente da Câmara,  a chance de aplicar um duplo constrangimento: a Jair Bolsonaro e a Sérgio Moro.
Ao primeiro, óbvio, porque é o homem da “arminha”, do “metralhar os petralhas” sujeitar-se a perder uma votação no parlamento de maneira acachapante, sem o apoio que tem da imprensa e do “mercado” que tem em temas como a reforma da Previdência.
Ao segundo, porque coloca-o no dilema de expressar sua discordância do presidente, perder seus apoiadores na extrema-direita e sofrer o que não lhe foi feito desde o início da Lava Jato: ser criticado direta e abertamente, sob a aprovação quase total da opinião pública.
Maia não poderia querer melhor. Quem tem o tempo do duelo, quem determina a hora de sacar, quem tem a chance de somar centro, esquerda e até parte da bancada evangélica é ele.
A reação da Câmara não vai demorar, pode apostar. E Moro será o primeiro a ser levado ao espeto.

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