sábado, 9 de junho de 2018

Economista diz que golpe foi ds “ladrões, plutocratas e imperialistas”

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josealvaro
A contribuição ao Tijolaço e ao leitor do colega Nicolas Gael, de Florianópolis, que ouviu o economista José Álvaro de Lima Cardoso tem peregrinado de de cidade em cidade, com o apoio de sindicatos e movimentos sociais, para fazer lançamentos de seu livro “Golpe de Estado e imposição da política de guerra no Brasil”.
 José Álvaro tem peregrinado de de cidade em cidade, com o apoio de sindicatos e movimentos sociais, para fazer lançamentos de seu livro “Golpe de Estado e imposição da política de guerra no Brasil”, que reúne uma coletânea de artigos publicados no período de 2013 a fevereiro de 2018 e apresenta, em sua narrativa, a construção e consolidação do golpe de estado em curso no país, especialmente dos pontos de vistas econômico e político. “Além de ser referência no aspecto da formação, o livro é uma síntese do processo golpista”, diz Cardoso, que é também supervisor técnico do Dieese/SC (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos)
Por que foi tão fácil, com tão pouca resistência, dar o golpe no Brasil?
José Álvaro Cardoso – O fenômeno tem inúmeras causas, difíceis de descrever em curto espaço. Mas a esquerda brasileira que estava no poder acreditou no “republicanismo” da direita. Mas, de fato, o Brasil não estava preparado para enfrentar um golpe de tão elevada magnitude e sofisticação.  Em 2013 a imprensa independente já havia denunciado que o Brasil era o grande alvo das ações de espionagem dos Estados Unidos. Segundo informações o governo dos EUA espionou inclusive mensagens de emails da Presidenta Dilma Roussef e de seus assessores mais próximos, além da Petrobrás. O objetivo da Agência  de Segurança Nacional dos EUA (NSA, na sigla em inglês), era, como foi divulgado, buscar detalhes da comunicação da presidenta com sua equipe.Neste mesmo ano tanto Dilma quanto o ex-presidente Lula foram alertados pelos presidentes da Rússia, Vladimir Putin, e da Turquia, Recep Erdogan, sobre a grande possibilidade de que os protestos estivessem sendo patrocinados por grandes corporações que sequer estavam no Brasil. O que se percebia era uma movimentação na rede social com um padrão e um alcance que por geração espontânea dificilmente teria tido o êxito obtido. Apesar de inúmeros avisos, o governo brasileiro não tomou nenhuma iniciativa mais importante, para enfrentar o problema.  

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