sábado, 13 de agosto de 2016

Os pobres porcos do mato

cateto
O governo Temer é uma espécie de volta no tempo que não sei quanto tempo poderá conviver com o Brasil que, apesar de tudo o que lhe fazem, não pode ser forçado a viver no passado, se houver um mínimo de liberdade.
Estamos diante de um regime que precisa recolher, para compor-se, o que há de mais medíocre, picareta e imbecil para compor uma burocracia estatal.
Hoje, tivemos dois exemplos da inteligência ao rés do chão dos novos donos da burocracia.
O ministro (dos planos) da Saúde disse que os homens vão menos ao médico porque “trabalham mais” e são os “provedores do lar”.
O imbecil não sabe que há dados bastante detalhados sobre o que faz haver esta prevalência nas consultas feminina. Uma pesquisa do IBGE em todo o país, em 2013 – que mostra que esta diferença ( 78% das mulheres haviam se consultado nos últimos 12 meses, contra 64% dos homens) se deve em boa parte à persistência, na última década, do Programa de Assistência Integral à Saúde da Mulher.
O outro foi o superintendente do Ibama, nomeado por Sarney Filho, que se vangloria de um churrasco de porco do mato, animal silvestre de caça proibida. Um advogado, provinciano, que debocha do órgão que o colocaram para dirigir, dizendo que que saboreia um pernil de caititu é só um retrato da mixórdia que ascende aos cargos de governo com essa turma do Brasil do século 19.
Felizmente, podemos nos tranquilizar. Estamos numa temporada de proliferação de porcos do mato.
Mas eles  não chegam a ser tão perigosos quanto os javalis do passado.

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