sábado, 2 de abril de 2016

Ex-marqueteiro de Cabral, de Aécio e da Fetransport pariu o pato milionário da Fiesp

prole
Nestes tempos em que marqueteiro virou objeto de interesse político, é bom juntar as informações que já deu, nos tempos de sua coluna na Veja,  o insuspeitíssimo Lauro Jardim sobre a Agência Prole, de Renato Pereira, que pariu o milionário pato plagiado da campanha pró-golpe da Fiesp.
Em março de 2010, Jardim noticia que a “PPR (Prole, que trabalhou na campanha de Sergio Cabral em 2006)” foi uma das vencedoras na escolha das agências que atenderiam o Governo de Sérgio Cabral.
E também de Eduardo Paes.
De novo, transcrevo Jardim:
Eduardo Paes acaba de nomear como coordenador de Comunicação Social da Prefeitura do Rio de Janeiro um diretor da agência de publicidade que tem a conta do seu próprio governo.
Fabiano Leal deixou a Prole para administrar, entre outras coisas, pagamentos à sua antiga empresa. A Prole foi a responsável pela campanha à reeleição de Paes no ano passado.
A assessoria do prefeito informa que não vê conflito de interesses na nomeação e que Fabiano foi escolhido pelo seu “reconhecido trabalho em importantes agências de publicidade”.
E trabalhava também para – expressão de Jardim – “a notória Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Rio (Fetranspor).”. Até que o episódio do casamento luxuoso da filha do empresário Jacob Barata, “rei dos ônibus”, em plena onda de manifestações contra o aumento dado por Paes e Carbral às passagens, acabou em tragicomé diante do Copacabana Palace. Com direito a PM, tiros, bombas e notas de R$ 20 lançadas sobre os manifestantes que foram acabar com a festa…
Enquanto isso acontecia, a Prole proliferava em sua primeira experiência “aviária”: fechou contrato, em março de 2013, com os tucanos para fazer a campanha de Aécio Neves. Que durou até dezembro, quando – sempre segundo Jardim – odono da Prole, Ricardo Pereira tentou “cabralizar” Aécio Neves.
Assim como João Santana, a Prole de Pereira também lançou-se em ousadias internacionais. Na Venezuela, com Henrique Caprilles, o candidato que perdeu a eleição para Nicolás Maduro. Pereira estava lá quando Aécio e a sua diplomacia trapalhona estiveram em Caracas,diz Jardim.
E, finalmente, o grande momento, aquele em que a Fiesp comprou o pato da Prole: ganhou a conta da instituição, em
A Fiesp tem uma nova agência de propaganda para cuidar da conta do Sesi/Senai em São Paulo – uma conta, aliás, gorda, de 38 milhões de reais por ano. Quebrando uma tradição, a agência não será paulista. A vencedora da concorrência é a carioca Prole.
Assim, Paulo Skaf junta a fome com a vontade de comer. Vai repetir o que fez nos últimos anos, quando Duda Mendonça foi o seu marqueteiro político e dono da conta da Fiesp.
Agora, Skaf contrata a Prole, cujo dono, Renato Pereira, é um marqueteiro de vasto currículo  – já fez as campanhas de Sergio Cabral, Eduardo Paes e Henrique Caprilles, na Venezuela, por exemplo.
Pereira e Skaf já tiveram várias conversas preliminares nas últimas semanas. O anúncio oficial de que Pereira será o seu marqueteiro, porém, ainda demora um pouco.
Como se vê, o pato é político desde o ovo.

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