sábado, 5 de março de 2016

A “República do Galeão” e a de “Congonhas”. Em lugar de coronéis, só meganhas golpistas

galeao
Agosto de 1954.
Todo mundo sabe o que se passou ao final.
O crime contra o major Rubens Vaz aconteceu. E, sim, havia culpados dentro do Governo.
E não havia uma prova sequer contra Getúlio Vargas, inocente e golpeado pelas costas.
Mas tudo era feito para levá-lo – e muitos foram levados antes – à “República do Galeão”, onde oficiais udenistas tudo podiam e tudo faziam.
Não conseguiram, porque antes que o fizessem, Vargas usou a arma que ninguém poderia lhe tomar: a própria vida.
A ironia histórica de terem conduzido Lula a depor em Congonhas, outro aeroporto, termina por aí suas semelhanças.
É obra de civis, covardes, simples meganhagem que é apenas a caricatura das Forças Armadas,  como caricatura é do Judiciário.
Se havia contra Lula o suficiente para ouvi-lo como investigado, bastaria chamá-lo.
E tiveram medo de prendê-lo, porque sabem que nada têm que o justifique. (Aliás, a esta altura, vasculha-se todo o recolhido em sua casa e escritório para ver se “arranjam” algo).
É a atitude típica dos covardes: agir com espalhafato.
Mesmo as pessoas com mais restrições ao PT e a Lula perceberam, nesta atitude de Moro, do MP e da PF um grau de arbítrio e exploração inadmissível.
Mais do que qualquer um poderia fazê-lo, vão despertar uma onda de simpatia ao ex-presidente que vai se avolumar como se avolumou, à época, a ressurreição política de Getúlio.
Se, e parece que vai ser assim, Lula continuar no tom que, agora, está autorizado a usar contra esta gente.
Há meses o querem fazer de criminoso.
Hoje, porém, revelaram que ele é vítima.

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