sábado, 9 de janeiro de 2016

SEÇÃO: POLÍTICA

Sem política, começa tudo outra vez

blackbloc
Acho que a inteligência dos leitores me desobriga de comentar os incidentes de ontem no Rio e em São Paulo.
Os blackblocs, hibernados há dois anos, quase, ressurgem miraculosamente. Estavam em outra dimensão, materializaram-se por mágica.
Não se tinha notícias dele nem mesmo no protesto de jovens em São Paulo contra o fechamento de escolas pelo governo tucano.
A ultraesquerda, aquela que dá a volta ao mundo e se junta, prazeirosamente, à ultradireita.
A mídia faz sua parte, investindo com base em “até agora, nada” sobre o único elemento do governo Dilma que demonstra eficiência política. E que, de quebra, tem o respeito das Forças Armadas, por sua passagem no Ministério da Defesa.
Servem-se do clima criado pela República do Paraná e mais alguns Procuradores, segundo o qual já não é sequer necessário ser acusado, mas apenas ter seu nome mencionado ou ter falado ao telefone com algum suspeito para, imediatamente, ser exposto como “corrupto”.
É o infeliz 2016  da direita que começou.
E a Presidente Dilma discutindo – ninguém nega que seja tema a discutir, mas não o essencial, agora – a reforma da Previdência.
E o José Eduardo Cardozo dizendo que o problema da quase insurreição da Polícia Federal é “sindical”, salarial, o de “querer aumento”. Ora, Ministro, aumento de salário todo mundo quer e ninguém faz sabotagem por isso.
Não haverá sucesso político sem enfrentamento político, embora o único enfrentamento que se veja – e brutal, como sempre –  é o da Polícia Militar, aquela em com que os ativistas de direita tiram orgulhosos selfies.
Não eram, em 2013, já se deveria ter visto, “apenas vinte centavos”.
Nem “apenas 30 centavos”, hoje.
É muito mais, é com nossa liberdade e com a democracia que desejam que o povo brasileiro pague.

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