sábado, 15 de agosto de 2015

SEÇÃO: POLÍTICA

Andrade, presidente da CNI: “Foi eleita, tem de respeitar”

15 de agosto de 2015 | 11:29 Autor: Miguel do Rosário
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Aí está a razão do golpe ter minguado.
A indústria, os movimentos sociais e, por fim, a Globo (acuada), decidiram se alinhar contra o impeachment.
A indústria não é boba. Sabe que um golpe geraria mais instabilidade e, portanto, mais prejuízo para suas empresas.
Os movimentos sociais também não são bobos. Tem mil críticas à Dilma, ao ajuste do Levy, à Agenda Brasil de Renan, mas querem exercer o seu direito de criticar e lutar por mudanças dentro do marco da democracia.
Por fim a Globo, isolada, com medo de repetir o erro histórico de ter apoiado o golpe de 64, decidiu recuar, deixando seus próprios colunistas e editores, como Merval, com a brocha na mão.
Abaixo, um breve histórico sobre os movimentos do empresariado contra o impeachment.
Primeiro foi a nota contundente da Fiesp/Firjan, as duas federações patronais mais poderosas do país, em favor da “governabilidade”, ou seja, contra o impeachment.
Ontem, o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), em entrevista à Folha, reforçou a mensagem.
Indagado se apoiava o impeachment, Andrade responde enfaticamente, sem titubear: “Não sou a favor.”
Em vários trechos da entrevista, Andrade deixa bem claro que defende o respeito ao voto, à presidente, às instituições e à governabilidade.
Destaco um trecho:
“Escolhemos em outubro a liderança que gostaríamos de ter, mas escolhemos em cima de um programa de governo em que acreditávamos, de gestão, de crescimento. (…) Temos agora de ajudar a construir um país diferente. As instituições têm de ser respeitadas. Foi eleita, tem de respeitar e ajudar a construir o país dentro do sistema político que temos, com a liderança que escolhemos. ”
Para quem souber espanhol, vale a pena ler matéria do jornal argentino Página 12, mencionando o apoio empresarial e sindical à presidenta Dilma.

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