sábado, 11 de janeiro de 2020

Petrobras vai ser demolida para pagar R$ 10 bi a estrangeiros em dividendos até 2024


10/01/2020 - 21h59

Com esta composição acionária e os planos da Petrobras, os estrangeiros vão levar R$ 10 bi  dos R$ 28 bi em dividendos que a empresa pretende distribuir
Petrobrás pretende distribuir R$ 28 bilhões por ano em dividendo nos próximos cinco anos
 Direção quer vender ativos para pagar dividendos a acionistas
A Petrobras, cujo presidente Castello Branco, diz que está em recuperação financeira, pretende distribuir cerca de R$ 28 bilhões (US$ 6,8 bilhões) por ano em dividendos entre 2020 e 2024. 
Em 28 de novembro de 2019, a empresa divulgou em seu site o novo Plano de Negócios e Gestão – PNG para o período 2020/2024.
Muito suscinto, o documento apresentado tinha apenas quatro páginas.
Em 04 de dezembro de 2019, em apresentação em Nova Iorque, o quadro de Usos e Fontes foi apresentado conforme abaixo:
Petro
Notem que existe a previsão de distribuição de US$ 34 bilhões no período (2020/2024) em dividendos, uma media de US$ 6,8 bilhões por ano.

Mas notem também que para pagar estes US$ 34 bilhões em dividendos (Usos) vão ser vendidos US$ 30 bilhões de ativos da empresa.

Qual o motivo do esconde-esconde ?

Por que tanta falta de transparência ?

Vejam também que a Geração de Caixa apresentada é após pagamento de impostos e depósitos judiciais.

Portanto, provavelmente, temos ali ocultos gastos com a RMNR e compensações para a Petros.

Em julho de 2018 o ministro do STF Dias Toffoli suspendeu a tramitação do processo da RMNR no TST alegando:
“ São notórios os efeitos econômicos que a decisão do TST poderá acarretar aos cofres da Petrobras
Agora podemos demonstrar ao ministro que a Companhia dispõe dos recursos necessários.
O ministro pode questionar quais os valores e os processos estão incluídos na Geração de Caixa (depósitos judiciais).

Caso haja exigência de algum recurso “extra”, basta reduzir um pouco o pagamento de dividendos.

O processo continua parado aguardando decisão colegiada do STF.
Vamos continuar acompanhando (se possível).
*Cláudio da Costa Oliveira é economista da Petrobras aposentado

Nenhum comentário:

Postar um comentário