sábado, 25 de maio de 2019

Lupi faz visita a Lula que era dever de Ciro

O presidente do PDT, Carlos Lupi, na saída de sua visita a Lula, na sede da Polícia Federal em Curitiba, deu uma demonstração do quanto falta a Ciro Gomes para encarar a política como algo que não deve envenenar as relações pessoais.
Deu a sua solidariedade pessoal a, como disse ele, “um amigo de 35 anos”, reconheceu sua importância na história das lutas sociais do povo brasileiro, seu desejo de ver Lula solto e participando da vida política.
Nada que Ciro não pudesse fazer, mesmo com todas as divergências que tem com o PT, o que é legítimo e até natural.
Para lembrar o ditado gaúcho que aprendi com Leonel Brizola, mostrando que “a luta não quita a fidalguia”.
Ditado do qual Lupi foi capaz de lembrar-se.
Fica-se sem saber se o pedido de visita feito no inicio do ano passado para visitar Lula foi um ato sincero do ex-candidato do PDT ou um pedido que foi, apenas politicamente, feito em seu nome.
Ciro, infelizmente, não ganha nada com isso.
Sua imagem de homem honesto, corajoso, franco, construída com tantos méritos de sua trajetória não precisa de rompantes para afirmar sua independência.
Brizola, na volta ao Brasil, encontrou um Lula hostil em 1978. Era – e o PT mostrou ser, mesmo – o grande obstáculo à refundação do trabalhismo. Isso, porém, não o impediu de visitá-lo quando ele foi preso pelas greves no ABC.
A vida pública – quem sou eu para dar lições a Ciro Gomes? – não é o exercício de paixões pessoais, porque o interesse público a isso se sobrepõe.
Do primeiro turno das eleições para cá, infelizmente, Ciro só tem conseguido dissolver o capital político que demonstrou ter nas eleições.

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