sábado, 16 de março de 2019

De novo, cortar sem dizer de onde. Para destruir o Estado

Paulo Guedes disse hoje que “metade dos servidores públicos federais vai se aposentar nos próximos cinco anos” e que sua intenção é não preencher as vagas, “apostando na digitalização” dos serviços.
É uma soma de burrice com mistificação que não tem amparo nos números da administração, me política econômica e nem mesmo na qualidade dos serviços prestados.
O Brasil tem hoje menos funcionários públicos federais do que tinha no governo Collor: no final de 2018, 626 mil ativos, contra 662 mil em 1991.
O que cresceu, como é óbvio, é o número de aposentados e pensionistas o que, com a reforma de Guedes, crescerá mais rapidamente.
A população, então, era de 150 milhões de pessoas; hoje são 210 milhões, um crescimento de 40%, o que quer dizer, portanto, uma redução de  mais de 40% no número de funcionários federais por habitante.
Quais são os funcionários que o Dr. Guedes quer “digitalizar”?
Os 70 mil professores do ensino superior de universidades federais, quase 10% do total de servidores?
Os milhares de médicos, enfermeiros e agentes de saúde dos serviços federais ou do “Mais Médicos”?
Os fiscais de meio-ambiente, vigilância sanitária, agropecuários, de trabalho, da receita?
Ou será que parte dos 13 mil policiais federais pode ser cancelada?
Mesmo os funcionários, é claro, pretender cortar a metade dos funcionários não quer dizer economia, mas a contratação de terceirizados, com imensos lucros para os agenciadores de mão de obra.
O desmonte do Estado e a privatização dos serviços públicos nem mais são camuflados.
E como sem estado não há nação, a liquidação do Brasil.

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