247 – A âncora do interino Michel Temer até agora se chama Henrique Meirelles, diz o colunista André Singer, no artigo A velha magia.
"As graves acusações da Lava Jato que assombravam Temer antes da posse deram em nada. Para completar, Sergio Machado afirmou, na sua delação premiada, que, em 2012, Temer teria pedido propina de R$ 1,5 milhão para financiar a campanha de Gabriel Chalita, então candidato a prefeito de São Paulo pelo PMDB. Por que nada, até aqui, cola no vice em exercício? Porque tem o apoio derivado do motor em dois tempos ligado por Meirelles", diz ele.
Singer, no entanto, afirma que Meirelles não produziu nada de concreto até agora. "Em relação à economia, o ministro Henrique Meirelles teve a habilidade de não praticar nada, com a aparência de estar realizando tudo. Explico. O nó górdio consistia em aprofundar o ajuste fiscal sem com isso deprimir ainda mais uma economia que caminha para o terceiro ano de estagnação/recessão. Meirelles cortou o nó, atuando em dois tempos", diz ele. "De imediato, não houve redução de despesas. Pelo contrário, abriu-se espaço para gastos extras, que contentaram o Congresso, setores do funcionalismo e governadores. Em compensação, se enviou ao Parlamento um plano de longo prazo que, se passar, será 'a primeira mudança estrutural na questão da despesa pública desde a Constituição de 1988."
Nenhum comentário:
Postar um comentário