sábado, 25 de junho de 2016

A justiça promove o Estado Policial ao blindar a PF

delenda
Marcelo Auler, em seu blog, ataca de frente um tema que, infelizmente, está se tornando tabu no Brasil.
O de “criminalizar” qualquer crítica ao excesso e ao arbítrio da Polícia e da Justiça em defesa da impunidade.
O processo começou lá atrás, em nome da “violência urbana”.
O uso de armamento pesado – absolutamente justificável em situações que o exijam, mas apenas nelas – banalizou-se e passou a ter o sentido de exibição de força e, pior, de razões incontestáveis e incriticáveis.
A exibição de “marines” fortemente armados à porta da sede do PT, para cumprir um mandado de busca que poderia ter sido feito apenas com um “bom dia, temos aqui um mandado para recolher isso, isso e aquilo” é apenas a transposição para o mundo da política do que já é feito, sem pudores, com o famoso “pé na porta” das comunidades pobres.
Poucos foram os que não se calaram diante disso e o que era “privilégio” das polícias estaduais, sem contaminar a elite do sistema policial brasileiro, a Polícia Federal, acabou por atingi-la.
E contaminá-la.
Infelizmente, um processo que atinge também parte do Judiciário e do Ministério Público.
Tornou-se praxe fazer pela força o mesmo que se poderia fazer pela simples ordem.
É preciso humilhar e expor as pessoas pela prisão ou condução coercitiva.
A estratégia político-midiática de construir “heróis”  parece ter sido a forma mais eficiente de blindar os vilões.
O “Japonês da Federal”, condenado, “tornozelado” e ainda badalando como “subcelebridade” é o maior exemplo desta tragédia que repugna a qualquer pessoa com o sentido de Justiça.
Não deixe de ler o post de Auler.
E ver, espantado, ao tipo de “bravataria” a que se presta o próprio Procurador Geral da República.

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