sábado, 7 de novembro de 2015

SEÇÃO: POLÍTICA

Os “trocados” de FHC não interessam à mídia. É só “notinha”

notinha
Quase R$ 1 milhão de uma “maldita empreiteira”, em um ano, em troca de “nada”, transferidos para Fernando Henrique Cardoso não dá mais que uma pequena notinha nas capas dos jornais de hoje.
Não fosse ele o “decano da direita” e não seria demais imaginar títulos assim:
“Odebrecht pagou mesada por 13 meses a FHC”
“Doação de R$ 975 mil envolve FHC com empreiteira”
“FHC não explica R$ 975 mil da Odebrecht”
Até porque os pagamentos ao Instituto Lula já eram conhecidos e justificados com a realização de palestras, enquanto os a Fernando Henrique não tiveram contrapartida.
Não foi a única, sabe-se, mas Fernando Henrique jamais foi instado a apresentar a lista de suas palestras e seus contratantes, como se obrigou Lula a fazer.
É obvio que ninguém, por isso, pode dizer que os pagamentos são saldos dos benefícios que a Odebrecht e outras empresas tiveram com a privatização de estatais em seu Governo, ou que FHC esteja fazendo “lobby” por obras das empreiteiras. E não se diga que ele não está no Governo – Lula também não estava – e que não tinha influência, porque tinha sobre as duas maiores administrações estaduais do país, a de São Paulo e a de Minas.
O fato é que a hipocrisia nacional não consegue assumir que, no Brasil, com a até agora legal capacidade de que empresas doassem a partidos políticos e candidatos, nenhum líder político que pretenda sobreviver iria deixar de manter estas relações com grandes empresas.
O que, com Lula, é crime não é o mesmo para Fernando Henrique. Aí, é prestígio e respeito com alguém que saiu escorraçado da Presidência e faliu por três vezes o país.

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