quinta-feira, 8 de maio de 2014

"CRÔNICA DE UMA PERSEGUIÇÃO CONTINUADA"

TEXTO ESCRITO POR: ,EM 07/05/2014 – 7:38 pmk
A podridão da imprensa linchadora continua exalando seu cheiro insuportável, com apoio, infelizmente, de elementos importantes do Ministério Público e do Judiciário.
Publico abaixo duas notícias desalentadoras. O PGR chancela mais uma farsa midiática, ao dizer que “vê indicativos bastante claros” de que os condenados da Ação Penal 470 recebem “tratamento diferenciado”. Sim, doutor, recebem. Dirceu foi condenado a semi-aberto e está em regime fechado. O senhor mesmo já deu parecer em favor do trabalho de Dirceu, e Barbosa continua adiando.
Para agradar a mídia, contudo, Janot solta essa nota, com observações ridiculamente subjetivas, porque baseada em “indícios” que na verdade não existem. Janot chancela a história da “feijoada”, que nada mais era do que uma latinha de feijão que Delúbio comprou na cantina da Papuda, para comemorar seu aniversário ou coisa assim.
Será que Janot não viu que foram divulgadas fotos de Dirceu na Veja, o que violou sua privacidade? Que um assessor do PPS filmou o deputado, novamente violando sua privacidade? Isso não lhe diz nada sobre a situação de Dirceu na cadeia, exposto a todo o tipo de riscos inerentes a uma pessoa pública que continua sendo massacrada diuturnamente pela grande mídia? Que raios de regalias são essas?
E agora Dirceu terá a companhia de um homem com estado grave de cardiopatia, porque Barbosa escolheu 4 médicos violentamente antipetistas para escrever um relatório sobre a saúde do ex-deputado. Que regalias são essas? Não fosse a pressão midiática, qualquer médico recomendaria a prisão domiciliar para Genoíno.
É triste ainda ver o procurador tomando posição contra o governador do DF, num embate em que o governador foi o agredido, tanto pelo juiz Bruno Ribeiro, quanto por Joaquim Barbosa. O PGR tinha que se manter neutro nessa disputa, até porque não tem nada a ver com ele.
Vale a pena ler o segundo texto, um desabafo de Luis Nassif, cheio de indignação e revolta contra Joaquim Barbosa, que a cada dia se revela uma pessoa menor, um espírito mesquinho e vingativo, que vem alimentando um sentimento de justiçamento e truculência que só fazem mal ao Brasil.
O único ponto positivo que se pode tirar de notícias tão desanimadoras é que a truculência antipolítica patrocinada por mídia, STF e PGR, tem sido tão flagrante que agora estamos bem mais conscientes dos perigos de um golpe. E por estarmos mais conscientes sabemos que o campo progressista deve continuar pressionando o governo e o congresso para criarem instrumentos que reforcem o poder popular, para freiarmos o avanço de instituições não-democráticas aqui representadas por MP e Judiciário. Uma comunicação pública de qualidade, por exemplo, seria fundamental para fazer um contraponto à imprensa corporativa cada vez mais indiferente a qualquer escrúpulo ético relativo à isenção, à imparcialidade e à objetividade jornalística.
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